O comandante Nerón tinha conhecido Alana como uma de suas muitas missões, pois o plano era extrair dela o máximo de informações possível sobre a imperatriz, para descobrir os pontos fracos do império Nala, porém, ao se deparar com Alana pela primeira vez, percebeu que ela não sabia de nada. No entanto, naquele mesmo dia, ela foi atacada e ele tentou defendê-la, mas quando quis puxar conversa com ela, percebeu que ela era diferente, a maneira de se mover, de agir e até de falar eram diferentes, por isso tentou novamente e foi aí que ela começou a contar tudo o que o comandante queria saber. Ele se apresentou como um homem comum, um simples soldado, e a partir daí começaram a se encontrar em algumas ocasiões, não demorou muito para que a forte Alana o fizesse parte de sua vida, aproximando-se dele e, claro, ele não ia deixar passar, aproveitou o suposto afeto e o relacionamento deles deu um passo adiante, os encontros não eram mais apenas para conversar, mas também para demonstrar "carinho e amor". Claro que Nerón acreditava que era apenas da parte de Alana, já que o comandante estava apenas fazendo seu trabalho, pelo menos era o que ele pensava. Depois de saber que estava grávida, Alana quis informá-lo, mas a decadência da Alana fraca a impediu, por isso o comandante começou a sentir falta da imperatriz e percebeu que também havia se apaixonado, sem mais o que fazer e pensando que ela havia descoberto tudo, ele se afastou e não tentou mais procurá-la, mas na realidade sua falta de interesse não a afetou em nada. Agora ela estava lá, deitada em uma cama e em perigo, sem ele saber de nada da verdade.
— Comandante, recebi ordens de Sua Majestade, o senhor ficará encarregado dos cuidados e proteção de Sua Alteza. Eu sei perfeitamente como são as missões que o senhor realiza, por isso vou lhe pedir que não ouse olhar para Sua Alteza de outra forma que não seja com respeito, lealdade e obediência, não me importa o que sente ou o que pensa sentir, somos apenas súditos, não se esqueça do seu lugar — Aquelas palavras soaram amargas para o comandante, pois era mais do que claro tudo o que ele tinha feito, ele mesmo não sabia como agir diante da mulher que tanto amava.
As horas se passaram e Alana estava segura novamente, o simples fato de ser do império Norten fazia com que o poder de cura fosse mais eficaz, pois eles tinham poder suficiente e compatível para curar seu povo mais rápido. Logo ela pôde se levantar e perceber o que havia acontecido.
— Alteza, a senhora está bem? — perguntou o capitão responsável.
— Excelente, obrigada por tudo — respondeu ela séria.
— Conseguimos realizar tudo como a senhora disse, além disso, Sua Majestade enviou o melhor de seus homens para cuidar de sua segurança — informou.
— Quem é? Quero conhecê-lo — pediu ela, pondo-se de pé para se alongar e relaxar os músculos, haviam lhe dado um traje usado pela guarda real e que lhe caía espetacularmente bem.
— Já o trago, Alteza — disse o capitão e saiu em busca do comandante. Não demoraram muito e logo voltaram.
— Alteza, apresento-lhe o comandante Nerón Suar, o melhor homem do império — disse o capitão, feliz e com um pequeno sorriso de orgulho, enquanto apresentava o homem.
Alana se aproximou do comandante e deu-lhe um soco forte na boca do estômago, fazendo com que o homem quase perdesse o ar e caísse de joelhos no chão.
— Comandante, se lhe for dada uma ordem, cumpra-a, não deve parar para pensar ou se distrair com mais nada. Eu tive que enfiar aquela adaga em mim mesma porque você foi um inútil e não conseguiu, tudo estava planejado, não deveria haver falhas e você quase fez meu plano fracassar — reclamou ela furiosa.
Nerón não sabia como reagir, primeiro porque a mulher à sua frente era muito mais maravilhosa do que ele se lembrava, segundo porque parecia que ele era o único com lembranças, já que Alana não mostrava sinais de conhecê-lo, também havia o fato de que era verdade o que ela estava dizendo, ele realmente falhou na missão.
— Alteza, não tenho desculpas. Aceitarei a punição que decidirem me dar — disse o homem, arrependido, ainda no chão e com o rosto cabisbaixo.
— Não me interessa punir o povo do imperador, o que preciso agora é partir imediatamente para onde meus filhos estão, preciso saber se eles estão bem.
Dito isso, todos começaram os preparativos para a partida, porém, o comandante parecia ter ficado perplexo com o que Alana havia dito.
— Alteza, me desculpe a pergunta, quantos anos têm seus filhos? — ele perguntou.
— Não tenho que responder à sua pergunta, limite-se a fazer o que lhe é ordenado — respondeu ela, indiferente.
Esta resposta fez o comandante pensar que Alana se lembrava dele, mas que estava zangada com ele pela forma como as coisas tinham acontecido, além disso, ele sabia que ela não tinha filhos quando a conheceu, mas tendo em conta o tempo que eles tinham passado separados, era possível que os filhos fossem dele, já que ela nunca tinha mencionado nada sobre estar cumprindo com seus deveres conjugais como imperatriz.
— Entendo, Alteza, me desculpe — disse ele.
Depois disso, ele continuou a ajudar no que fosse preciso, visto que a noite já estava próxima, recomendaram a Alana que viajassem pela manhã, mas ela não aceitou e eles tiveram que obedecê-la.
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Atualizado até capítulo 48
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