Em outro lugar, muito perto da fronteira entre Nala e Norten, encontrava-se o maior exército de todo o continente. O imperador esperava ansiosamente por notícias de sua filha e netos, pois enviar outra pessoa para realizar o trabalho não o deixava tranquilo, mesmo que essas pessoas fossem as melhores no que faziam.
— Majestade, o mensageiro chegou — informou um soldado.
— Mande-o entrar imediatamente — pediu.
— Majestade, a princesa está bem, está em segurança. Ela informou que o plano será executado amanhã de manhã, quando o arquiduque Vorgues se dirigir ao palácio.
— Isso é algo que não tínhamos previsto. Lutar contra esse homem será mais difícil do que podemos imaginar. Chamem o comandante Nerón! Sua missão será resgatar minha filha! — ordenou.
Aquele comandante era o melhor de todo o império, apelidado de fantasma, pois nunca falhava em suas missões e seus inimigos jamais percebiam que ele os espreitava até darem seu último suspiro. Não havia ninguém mais apto do que ele para realizar aquele trabalho.
As ordens do imperador foram cumpridas e, em questão de horas, o comandante já tinha novas ordens. Ele não sabia os detalhes, bastava saber que eram ordens diretas de seu imperador, o que o fazia cumpri-las sem dizer uma palavra.
"Salvar a filha de Sua Majestade é algo diferente, espero que seja divertido", pensou, enquanto colocava armadilhas no local por onde a caravana do arquiduque passaria, a caminho do palácio.
A manhã chegou e tudo estava pronto para iniciar a viagem para ver o imperador. O arquiduque precisava de explicações e confirmar se o príncipe estava realmente com ele. A caravana de mil soldados e duas carruagens avançou em direção ao seu destino. Já estavam na metade do caminho quando, de repente, uma série de explosões começou, causando confusão entre os soldados. As carruagens pararam e uma batalha campal teve início. Havia fogo por toda parte, ninguém sabia de onde vinha, os homens queimavam vivos e apenas seus gritos podiam ser ouvidos. Eles acreditavam estar sendo atacados por outras pessoas, mas sua surpresa foi que, na verdade, era apenas produto de sua imaginação. O que estava atacando os homens não eram humanos, mas sombras negras de diferentes formas e tamanhos, capazes de causar danos consideráveis aos soldados. Tudo seguia seu curso e então as carruagens começaram a balançar.
— Tirem-nos daqui! — gritou o arquiduque.
Sua carruagem foi liberada, mas a de Alana foi detida pelas sombras, era como um pequeno poço negro. A moça não sabia se realmente se tratava do povo de seu verdadeiro pai, pois não lhe disseram nada sobre sombras negras e muito menos que a atacariam diretamente. O plano era que lutassem entre si e, em algum momento da batalha, ela seria ferida.
— Vamos em frente! — pediu.
— Sinto muito, Majestade, mas não podemos, estamos presos — informou o cocheiro e, em seguida, saiu correndo.
"Droga, então terei que fingir que quero fugir. Se não for o povo do imperador, então sim estarei em perigo", disse a si mesma.
Ela estava prestes a abrir as portas da carruagem quando ouviu uma voz vindo de fora.
— Alteza, sei que está aí dentro. Farei o que me pediram, peço desculpas antecipadamente — ouviu-se uma voz masculina e, com um puxão, ele abriu as portas, carregando uma adaga na mão. No entanto, ao contrário do que se esperava, ao ver Alana, ele ficou petrificado.
— O que está esperando? Faça logo! — disse ela, um tanto irritada e decepcionada. — Não! Por favor, me ajude! Por favor! — gritou para dar mais realismo à situação.
Depois disso, ainda nada aconteceu. Foi aí que ela tomou uma decisão. Com a adaga na mão daquele homem, ela a puxou para seu corpo e acabou apunhalando seu abdômen, causando-lhe grande dor e perda de sangue. Só então o homem reagiu, pois Alana já vomitava sangue e sua respiração se tornava cada vez mais lenta.
— Ana, o que você fez? Por que tinha que ser você? — lamentava o homem com uma expressão triste e dolorosa, mas não podia fazer muito naquele momento.
Voltando à realidade, o homem ordenou que as sombras os cobrissem, ele e Alana, para que fossem levados para um lugar seguro, não sem antes deixar os soldados do arquiduque verem uma imperatriz sem vida sendo raptada pelo inimigo.
Logo chegaram a uma pequena cabana onde pessoas que poderiam curar Alana já os esperavam e começaram a trabalhar.
— Como é possível que esta mulher seja a princesa, filha do imperador? — questionou o comandante a um dos responsáveis pelo local.
— Como você leu na carta de Sua Majestade, ela é a filha perdida de anos atrás. Foi ela quem encontrou Sua Majestade e provou ser sua verdadeira filha. Além disso, tudo isso foi plano dela. Por que o senhor está tão surpreso, comandante? — explicou ele, e a dúvida surgiu em sua mente.
— De todas as tarefas que me deram para cumprir em Nala, ela foi uma delas. Eu a conheci há algum tempo — contou, pois percebeu a mudança na expressão de seu companheiro.
— Agradecemos pelo seu ótimo trabalho, comandante. Agora já pode se retirar e continuar com o que lhe foi pedido anteriormente — disseram de forma educada, dispensando-o do local.
— Fui designado para a proteção pessoal de Sua Alteza, o próprio imperador quem o pediu, por isso não me afastarei do seu lado. Com licença. — informou e saiu do quarto.
"Por que tinha que ser você, Ana? Pensei que nunca mais a veria e agora tenho que cuidar de você todos os dias. Talvez neste momento você me odeie pelo que eu fiz, mas eu não tinha escolha, espero que você possa entender."
Sua mente não parava de pensar no que havia acontecido anteriormente.
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Atualizado até capítulo 48
Comments
Nilza Maia
tbm acho que ele é o pai da menina com a outra parte da Alana
2025-02-20
0
Edna César
ele deve ser o pai da menina
2025-02-13
2