Capítulo 10

Pouco tempo depois, chegou uma caravana com várias carruagens. O imperador, depois de muito tempo, tinha chegado.

— É assim que cuidas da minha filha? — Gritava Vorgues, furioso, enquanto colocavam Alana em uma carruagem.

— Não é culpa minha que ela tenha desobedecido às minhas ordens, ela estava proibida de sair do palácio, na verdade, não é ela quem me importa agora. Onde estão meus filhos? — Questionou o imperador.

— Majestade, não havia mais ninguém aqui além dos homens mortos e da imperatriz, foi o que vimos quando passamos por este local — informou aquela jovenzinha descaradamente, fazendo uma reverência.

— Procurem por todos os lados, devem encontrar os príncipes — ordenou.

— Não vai adiantar, nem mesmo meus homens conseguiram enfrentar quem os atacou. Além disso, já procuramos os príncipes e não há nenhum vestígio deles, apenas a minha filha poderá nos dar algum tipo de informação, se é que ela sobreviver — disse o arquiduque.

O imperador acreditou nele, pois não havia outra pessoa que se beneficiasse mais em ter o príncipe e ele realmente parecia preocupado por não encontrá-lo.

— Eu cuidarei da saúde da imperatriz, ela é minha esposa, então eu a levarei — informou.

— Está enganado, eu serei quem cuidará da minha filha, eu sou o pai dela e tenho esse direito, além disso, não acredito que se importe com a saúde dela, pelo que sei, durante todo esse tempo você a manteve afastada, você nem conhece os seus filhos sendo o pai — contestou.

Um debate começou entre os dois homens, cada um apenas via por sua própria conveniência. Nenhum dos dois se importava com Alana, eles só queriam encontrar o príncipe primeiro, então a disputa deles estava se prolongando. Tudo isso continuou até que a pessoa que estava cuidando de Alana começou a gritar.

— Majestade, estamos perdendo a imperatriz. O que devemos fazer? — Perguntou preocupado.

Ambos os homens se olharam e finalmente a decisão foi tomada.

— Tudo bem, arquiduque, sendo sua filha, ela tem mais direito do que eu. Leve-a, só peço que assim que ela acorde você me informe imediatamente.

Finalmente, tendo decidido, Alana foi transferida para a mansão do arquiduque. Lá vários curandeiros já a esperavam, pois a prioridade naquele momento era salvar sua vida apenas para que ela falasse.

Os curandeiros fizeram o que puderam, apesar do planejado, os ferimentos de Alana eram profundos e demorariam mais do que o esperado para sarar. Os cortes eram precisos, mas não levaram em consideração o tempo que levaria para que alguém encontrasse o corpo da imperatriz, por essa razão, a perda de sangue era considerável.

— Ela vai sobreviver? — Perguntou Vorgues, irritado.

— Senhor, os ferimentos dela são profundos, talvez se a tivéssemos encontrado antes. Agora não posso garantir o bem-estar dela — assegurou o líder dos curandeiros, preocupado.

— Façam o possível, é melhor que consigam salvá-la, se não o fizerem, serão vocês que pagarão por isso — ordenou, intimidando-os com o olhar, antes de se retirar.

Cada ato dos curandeiros era feito com medo, pois temiam não conseguir salvar a filha do segundo homem mais poderoso do império, sem se importar que na verdade ela era a imperatriz, a esposa do homem mais poderoso do lugar.

Levaram várias horas para que Alana finalmente pudesse respirar normalmente, foram necessários muitos curandeiros para que isso acontecesse, pois eles esgotavam sua magia muito facilmente, algo que realmente os incomodava, pois pelo que sabiam, Alana não tinha magia e eles não conseguiam entender porque aquela mulher drenava tanto poder deles.

— Onde estou? — Perguntou fraca e atordoada. — Não, por favor, meus filhos não, digam a Sua Majestade que farei o que for preciso, mas que ele não leve meus filhos — ela começou a gritar, eufórica.

Aquilo surpreendeu a todos os que estavam ali, eles imediatamente mandaram chamar o senhor deles para informá-lo, alguém que não esperou e foi naquele mesmo momento.

— O que aconteceu? Onde estão os seus filhos? Onde está o herdeiro? — Sem dar tempo para processar pelo menos uma das perguntas, o homem disparou três de uma vez.

— Sinto muito, fomos interceptados no caminho, não pudemos fazer nada, mesmo os homens que nos acompanhavam não foram páreo para os atacantes, eles acabaram com eles imediatamente e levaram meus filhos.

As lágrimas começaram a descer por aqueles olhos cor de mel, atravessando aquele rosto lindo, macio e branco.

— Eu não quero as suas lágrimas, chega de tolices, só preciso saber quem eles eram ou pelo menos como eles eram — gritou furioso.

— Eles tinham o rosto coberto, todos estavam vestidos de preto e usavam espadas com uma bainha roxa, aparentemente tinham veneno — ela contou a história.

— Só assim eles poderiam acabar com meus homens, eles eram os melhores do império — orgulhoso de si mesmo, ele se alegrava que eles tivessem matado seus homens com veneno.

— Sinto muito, tentei me defender, mas como podem ver, não adiantou, sou uma inútil que nem consegue defender os próprios filhos — as lágrimas que mal haviam começado a secar, voltaram a cair.

— Já chega, com os detalhes que você nos deu, começaremos a busca, mas me disseram que você mencionou algo sobre Sua Majestade — acrescentou o homem.

— Sim, os homens que nos atacaram disseram que tinham ordens de Sua Majestade, não sei a que se referiam, porém posso concluir que se trata do imperador — com o rosto abaixado e triste, ela disse o que tinha acontecido.

O rosto do arquiduque parecia que ia explodir de fúria que sentia naquele instante, agora ele entendia porque ele deixou que ele levasse sua filha tão facilmente, ele não podia acreditar como tinha sido fácil ser enganado pelo imperador.

— Preparem tudo, deixem Alana descansar, pela manhã iremos para o palácio, ninguém se mete comigo e sai impune. Aquele maldito vai me pagar — ele gritou, cheio de fúria e raiva.

Foi assim que finalmente deixaram Alana sozinha no quarto para onde a haviam levado, já era noite e ela precisava descansar.

— Você está aí? — Ela perguntou.

— Alteza, a seu dispor — falou um homem que saía das sombras da sala.

— Será pela manhã, informe a Sua Majestade que esse será o momento exato para eu desaparecer, que ele prepare tudo, eu farei a minha parte. Informe também que se algo não correr bem, ele terá que cuidar dos meus filhos, eu confio nele — ela falou e, estalando os dedos, o homem desapareceu da mesma forma que tinha aparecido.

Mais populares

Comments

Leandra Lima

Leandra Lima

Estou amando esse livro.

2025-02-14

1

Carmem Guedes

Carmem Guedes

muito boa
amando

2025-01-28

1

Ver todos

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!