A comitiva do arquiduque pôs-se em guarda, protegendo a imperatriz junto aos seus filhos, já não lhes restava outra opção. A luta iniciou, logo perceberam que os homens mascarados não eram simples soldados ou mercenários, estes estavam muito bem treinados, pois mesmo sem superá-los em número, metade da comitiva Vorgues, havia sido paralisada. Os poucos homens que restavam começaram a sentir medo e incerteza por morrer. As espadas de seus opositores atravessavam os corpos sem piedade, apesar de não ser em um lugar fatal, o veneno que continha a lâmina era tão potente que os matava em seguida.
Não passou muito tempo para que todos de Nala estivessem sem vida.
—Alteza, lamento muito o que vou fazer, no entanto, foi uma ordem de sua majestade— falou o líder dos homens de negro, quem se ajoelhava em frente à Alana.
—Estou de acordo e consciente. Adiante— confirmou.
No momento, o homem se levantou e golpeou a imperatriz em lugares precisos de seu corpo, também com uma espada limpa lhe fez alguns cortes nos braços, pernas e um a mais no abdômen.
—Levem-nos!— o líder gritou.
Então tiraram os bebês de Sara, cada um a levaram em um cavalo e a Sara em um a mais, cobrindo os três com uma capa. A Sara tiveram que amarrar as mãos e pés, assim como tapar a boca, pois apesar de que Alana havia lhe dito sobre seu plano, ela não deixava de gritar que voltassem por sua senhora, já que ao deixá-la naquele lugar, ela já se encontrava inconsciente.
—Por favor, regressemos por minha senhora— soluçando suplicava Sara.
O grupo dos homens de negro haviam chegado a uma casa no meio do nada, a moça não deixava de chorar, sua voz se escutava rouca e muito cortada.
—Ainda te falta muito para poder confiar em um Saif. A princesa planejou tudo isso para pôr a salvo os príncipes, é o único que deveria ter em conta, menina tola—
Essa pessoa era uma mulher de ao menos uns trinta anos, se via forte, imponente e dava medo na realidade. Sua expressão era séria.
—Eu… de verdade sinto muito. Sei que prometi à minha senhora que aceitaria ajudá-la, mas não quero que lhe aconteça nada— soluçando, respondeu. A pobre moça fungava e suspirava, depois de tanto chorar.
—O importante é que precisamos que você se encarregue dos príncipes, você melhor que ninguém sabe como alimentá-los e estar atenta a eles, nosso caminho será longo e preciso de você alerta, disposta a fazer o que sua alteza lhe confiou. Poderá fazê-lo?—
Sua voz firme, grave e forte, fizeram com que Sara se levantasse de imediato e afirmasse que ela podia, pois não ia decepcionar sua senhora. Em seguida foi com os bebês e começou a cuidar deles como de costume.
—Descansaremos todas as noites nas casas que nos conseguiu nossa gente, assim que teremos que avançar todo o caminho possível durante o dia, sua majestade espera boas notícias passando a fronteira, ele conta conosco e não o defraudaremos— informou aquela mulher.
—Sim, general— se escutou ao uníssono, da parte dos vinte e cinco homens e mulheres sob seu comando, “Elite negro”. Era parte fundamental do império Norten, os que sabiam e resolviam problemas que nem qualquer um era capaz. O mais destacável do império, era seu favoritismo pelas mulheres, já que elas podiam estar em altos cargos por suas grandes capacidades e aptidões, a general Norm era um claro exemplo disso.
Enquanto isso, uma carruagem que ia passando pelo caminho no qual havia ido Alana, se deteve. O cocheiro ficou horrorizado pelo que viam seus olhos. Um punhado de trinta homens, mortos, sangue por todas as partes; seu susto aumentou quando na carruagem abandonada estava o emblema real, temeu o pior nesse momento e mais ainda quando ao longe, viu jogada a uma mulher, formosa com uma tiara, mas o que mais chamou a atenção foi o anel em sua mão, aí se deu conta que aquela mulher, era a imperatriz.
—Chamem a guarda real agora e também ao arquiduque Vorgues!— pediu aos guardas que acompanhavam a carruagem.
—Como se atreve a me deixar sem guardas?— a voz feminina de uma mulher, reclamava.
—Lady sinto muito, mas isto é muito importante. A pessoa que jaz aqui, é a imperatriz— reverenciando a sua senhorita, o pobre homem contestou.
A jovem desceu da carruagem e só por morbidez se aproximou do corpo de Alana.
—Inclusive morta, segue parecendo bonita. Maldita!, tomara que tivessem desfigurado o rosto— expressando seu ódio hacia a imperatriz, sorria feliz.
—Não diga isso senhorita, ainda que estivesse morta, é a imperatriz e devemos respeito— incomodado, pedia o cocheiro.
A moça decidiu voltar a sua carruagem enquanto chegava alguma guarda real e poder ir-se a sua casa.
Não tardou muito tempo para que a gente do arquiduque chegasse ao lugar e logo revisaram Alana, ainda que deram prioridade à busca do príncipe.
—Como está?— o arquiduque havia chegado e perguntou pelo estado de Alana.
—Senhoria está muito débil e não temos encontrado o príncipe por nenhuma parte— curvado, informava seu subordinado.
—Não importa o que tenham que fazer. Quero que a salvem, ela é a única que pode nos dar alguma pista sobre o paradeiro do príncipe— exigiu o homem, expressando desprezo hacia sua própria filha.
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Atualizado até capítulo 48
Comments
Nilza Maia
tem que matar esse bando de cobras
2025-02-20
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