Como estava escurecendo, informou que sairiam ao amanhecer, por essa razão prepararam todas as coisas que necessitariam em sua estadia com o arquiduque, no final todo o povo de seu pai, estava emocionado pela melhora da imperatriz, pois isso dava a oportunidade ao seu senhor de ter mais poder, já que ele só queria o herdeiro consigo.
—Sara, aconteça o que acontecer amanhã, você tem que ficar com meus filhos, não os abandone, apenas lembre-se que eu preparei tudo para que nada de mal aconteça aos meus filhos, prometa—
Sua expressão mostrava preocupação, mas também confiava naquela garota que não passava dos vinte anos, via nela a capacidade de ajudá-la com o cuidado de seus filhos, havia presenciado e sua intuição dizia isso.
—Majestade não deve duvidar que assim será, protegerei os príncipes com minha vida se for necessário— voltou a afirmar
No rosto da garota podia-se ver segurança e firmeza, o que deixou Alana um pouco mais tranquila.
Quando tudo esteve pronto, as duas foram descansar e esperaram com certa incerteza o amanhecer, esperando que tudo o que foi planejado saísse como a imperatriz queria.
Durante a noite, Alana começou a ter sonhos, imagens apareciam em sua mente sobre a vida da antiga dona do corpo.
»Que diabos significa isto?«
Perguntava-se, pois as imagens mostradas eram de uma mulher totalmente diferente da Alana que havia visto em suas lembranças, mas no final pareciam ser a mesma pessoa.
»Não se surpreenda muito, sou a outra metade de Alana e por culpa dela eu também morri, ela só precisava me dar tempo para completar os planos que tinha, mas foi muito tola«
A voz de uma mulher prepotente e frívola era ouvida, e era ela, Alana, embora parecesse ser alguém diferente, outra pessoa no mesmo corpo.
»Você é irmã da Alana, sua gêmea por acaso?« questionou incrédula, pois se fosse algo assim, seria quase impossível diferenciar uma da outra.
»Eu sou Alana, vivi durante um ano com ela. Meu dever era defendê-la dos malvados, mas a tola nunca deixou de esperar que o maldito imperador a amasse e nos deixou morrer, as duas« desabafava.
»Já entendi, o que você quer de mim?« por motivos de intuição, sabia que ela não a procuraria apenas para conversar.
»Não posso voltar a ocupar o corpo onde a alma foi trocada, por isso peço que cuide da minha filha, ela é uma mulher e correrá mais perigo do que ninguém. Não queria que ela fosse fraca como a minha outra parte, ensine-a a ser forte e a se defender, além disso, não deixe ninguém saber sobre sua verdadeira origem, eu nunca amei o pai dela, mas ele me amou, não queria que ele sofresse pela estupidez da Alana original« dava a sensação de que ela realmente se importava com a filhinha.
Algo que deixou a atual Alana desconcertada foi o fato de ela ter dito “minha filha” e nunca ter mencionado o príncipe. Cada palavra se unia à outra e uma história ia se formando.
»Agora preciso que você me confirme uma coisa. Você e a Alana são a mesma pessoa? Você a defendia em momentos ruins ou que ela não suportava, ao dizer que a princesa é sua filha e não mencionar o príncipe, devo supor que ele é filho da sua outra parte, certo?«
Suas dúvidas já haviam sido esclarecidas ao ver a expressão no rosto de sua contraparte, mas não custava nada ouvir.
»Exatamente, o príncipe é filho da original e a princesa é minha, você vai entender com isso que os dois são filhos de pais diferentes e embora no mesmo corpo, também de mães diferentes« corroborou o que foi dito.
»Cuidarei de ambos, prometo« afirmou e imediatamente acordou.
—«Caramba, eu não esperava por isso. Como é possível que Alana sofresse de múltiplas personalidades, e que as crianças fossem de pais diferentes? Eu só ouvi isso em estudos divulgados por universidades no meu mundo. Seja como for, meus filhos não serão diferentes, os dois estarão sob minha proteção, não importa se são homens ou mulheres»—
Clareando sua mente e pensamentos, ao seguir seus planos iguais, ela tinha que descansar, então adormeceu.
Ao amanhecer, os mais interessados em sair do pequeno Palácio eram as pessoas que compunham o cortejo, ansiosas para demonstrar ao seu senhor o bom desempenho que tiveram no que lhes foi confiado.
—Estamos prontos, vamos— ordenou Alana, terminando de subir na carruagem principal, junto com os pequenos e Sara.
Começaram a avançar para o arqueducado de Vorgues, que ficava a meio dia de viagem, as primeiras horas foram sem nenhum contratempo, porém, quando já havia passado algum tempo, os pequenos começaram a chorar, aproveitando isso, Alana pediu que parassem para descansar um pouco, pois se os bebês não se acalmassem, poderiam até ficar doentes.
Ao ouvir isso, claro que ficaram preocupados, um dos bebês era o herdeiro, não podiam colocá-lo em perigo, por isso aceitaram o pedido de Alana.
Desceram da carruagem e os guardas armaram uma tenda para que as mulheres e os bebês pudessem descansar, assim também tomavam um pouco de ar fresco.
—Temos que ir, um grupo de homens está vindo para cá— gritou um dos soldados que estavam na comitiva.
—Protejam o príncipe, é ele quem não deve ser ferido— exigiu o líder.
—E quanto à princesa e minha senhora?— Sara questionou furiosa.
—Elas não são tão importantes, nossa prioridade é o príncipe— esclareceu um deles e começou a se dirigir a Alana, para tirar o bebê.
Seus planos foram frustrados quando uma flecha atravessou o soldado que tentaria tirar o bebê de Alana.
—Ouça Sara, este é o momento de que falei, planejei o sequestro dos meus filhos, você terá que ir com essas pessoas e cuidar deles por mim, irei em breve com vocês. Cuide deles, eu os confio muito a você— ela sussurrou para a jovem e a fez ficar atrás dela.
Logo chegou o grupo de homens que se dirigia à sua localização, estavam mascarados e todos vestidos de preto, isso para que ninguém soubesse quem havia sido o autor.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 48
Comments
Enaicaj.
será q eles vão brigar entre eles? se for é um ótimo plano
2025-01-28
0
Ruby
mas o que ? 🤨
2025-01-26
1