Capítulo 5

—Sara, sairei do palácio por algumas horas do dia, você terá que cuidar dos pequenos, para que ninguém suspeite, não sairemos e ficaremos no quarto alguns dias, se alguém perguntar, diga que os bebês não estão em condições de sair. Entendeu?—

—Sim, Majestade, farei como a senhora ordenar.—

Tendo em mente o que tinham que fazer, Alana começou com o que estava planejando. Roubou uma muda de roupa de um guarda e se disfarçou de homem, utilizando alguns de seus muitos conhecimentos para realmente parecer um homem, pois ela era linda e sua transformação não foi nada fácil. Quando estava pronta, saiu do palácio sorrateiramente para que ninguém percebesse, percorreu a primeira vila em busca de informações, ela precisava descobrir mais sobre o império onde estava o homem que matava seus inimigos sem piedade.

—Jovem, aquele homem na esquina vem do Império do Norte, talvez ele possa te dar informações.— disse um homem em um restaurante, onde Alana havia parado para comer alguma coisa.

—Bom dia, amigo.— cumprimentou engrossando a voz. —Ouvi dizer que você vem do Império do Norte, a verdade é que estou pensando em me mudar para lá, mas antes gostaria de saber como está a situação por lá, você poderia me dizer algo relevante?— indagou.

—Para começar, não sou seu amigo e, para terminar, você não fala como um homem de verdade, não serviria para trabalhar naquele lugar.— respondeu o homem sério e continuou a comer.

—As aparências enganam, você tem toda razão, porém posso ser muito melhor do que você em qualquer coisa, eu aposto.— falou fazendo um comentário sobre poder masculino.

—Você não deve desafiar um veterano de guerra, você deve conhecer muito bem seu oponente antes de provocá-lo.— mencionou o homem.

—Se eu não pudesse vencê-lo, não estaria dizendo.—

Alana se levantou e bateu na beira da mesa, chamando a atenção, assim talvez aquele homem não pudesse recusar um confronto.

—Garoto, você deve respeitar os mais velhos, e mais ainda quando eles estão comendo.— criando uma faísca de fogo do nada, o homem a arremessou contra Alana, mas ela foi muito rápida e desviou.

Todos os clientes saíram correndo do local e o dono, muito assustado, pediu que não brigassem dentro do estabelecimento, então Alana, disfarçada de garoto, saiu e foi seguida por aquele homem e, já estando em um beco deserto, ela conseguiu usar sua magia de fogo para contra-atacar.

O homem ficou surpreso ao ver que alguém do Império Nala era capaz de usar magia de fogo.

—Você não é daqui, você vem do mesmo lugar que eu, não é? Você também foi enviado para investigar suas forças?— questionou o homem sem baixar a guarda.

—Sempre vivi neste lugar, embora tenha acabado de perceber que não sabia nada sobre o mundo exterior, recentemente descobri que podia usar magia e que era de fogo, o que realmente me surpreendeu foi que em Nala só se usa magia de ar, isso me fez questionar muitas coisas, por isso quero ir ao império, mas preciso saber como as coisas estão por lá.— contou Alana.

—Se você está pensando em ir, deve ir agora, apenas mostrando sua magia você será aceito. O imperador planeja invadir em breve, ele descobriu a verdade sobre o que aconteceu dezesseis anos atrás e busca vingança.— explicou o homem.

—Perdoe minha ignorância, mas o que aconteceu há tanto tempo?— questionou intrigada.

—Vou te dizer para que você não se sinta perdido e sem explicação quando tiver que morrer ou quando estiver lá. Há muito tempo o imperador foi traído e alguém entregou sua filha para outra pessoa, ele acabou de descobrir que foi alguém deste império, por isso ele vai matar todos.—

Ao terminar de contar essa história, Alana estava mais do que surpresa, o mundo virou e no final acabou sendo tão pequeno.

—Vou sair deste império agora mesmo, até mais.— despediu-se do homem para quem não se importou muito em contar tudo isso, pois o exército do Norte chegaria em breve e, mesmo que tentasse, ele também acabaria morto.

Alana voltou ao palácio e começou alguns preparativos, mas não para ir embora, mas sim para mandar chamar seu pai, embora não devesse, ela tinha que fazer isso.

Enviou um guarda para entregar a mensagem, um herdeiro havia nascido. Sua filha precisava do apoio de seu pai para que não corressem perigo, pois as concubinas do imperador têm tentado machucá-la e a seus filhos.

—“Assim como eu te servi, espero que você também me sirva, 'pai'”.— disse a si mesma.

Ela fez tudo para que seus filhos não corressem perigo, já que seus planos iam além, tudo para manter aqueles pequeninos seguros.

Ao saber, o arquiduque preparou uma comitiva para cuidar do herdeiro, mais ninguém, porém, estando lá gente, nenhum guarda ou assassino do imperador se aproximaria, Alana precisava dele, pois se ausentaria por algum tempo.

—Sara, eles ficarão encarregados da proteção enquanto eu estiver fora. Cuide dos meus filhos, principalmente da princesa, infelizmente a prioridade desses soldados é o príncipe, então ele não correrá nenhum perigo.— pediu.

—Majestade, o que pretende fazer?— perguntou triste.

—Vou fazer com que todos fiquem bem, você precisa ter certeza de que voltarei, não se preocupe com nada. Você deve dizer a todos que estou gravemente doente e que o que eu tenho é contagioso, por isso ninguém pode me ver.— explicou ela.

—Boa sorte, Majestade, espero que tudo corra como esperado.— despediu-se de sua senhora e, depois de um tempo, Alana desapareceu nas sombras.

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