Capítulo 4

Dito e feito, a mulher, sendo uma concubina do imperador e acusando a imperatriz por supostos maus-tratos, fez com que a guarda real fosse buscar Alana em seu pequeno palácio, o imperador exigia sua presença no palácio principal.

Sem se opor, Alana foi com a guarda e ao chegar, lá estava aquele homem, que de forma alguma era bonito, aos olhos da imperatriz, mas cuja presença impunha respeito.

—A seu serviço, majestade— fazendo uma reverência, Alana o cumprimentou.

—Como ousa atacar uma das minhas favoritas? Não tem o direito, não importa que seja a imperatriz— vermelho de raiva, o homem se expressou.

—Não o fiz por mim, majestade. Como deve saber, temos dois filhos, se é que já lhe informaram, um deles é um menino com um Pégaso no ombro direito, estou ciente de que aquele com a marca será o herdeiro da coroa e, portanto, um imperador desde o nascimento, a mulher que me acusa chamou meu filho de aberração, não posso permitir que ninguém o desrespeite dessa maneira, sendo ele o legítimo herdeiro, claro que se quiser me castigar e defender sua rameira, pode fazê-lo, desde que a comitiva ministerial esteja presente, a eles permitirei que me castiguem por defender um herdeiro, a ninguém mais—

Terminando de dar sua explicação, ela se virou e se preparou para se retirar.

—Pouco me importa o que pensa, pagará pelo que fez com Rose— gritou irritado e deu a ordem para deter Alana.

Ninguém percebeu o que aconteceu, pois assim que tentaram atacar a imperatriz, ela os subjugou e os homens caíram no chão do salão, ela se moveu tão rápido que chegou à parte traseira do trono.

—Não deveria me fazer perder a paciência, imperador de araque, agora há quem possa substituí-lo em seu posto, por essa razão deveria cuidar muito melhor de suas ações e palavras, não sou a mesma idiota que implorava por seu amor. Estou disposta a usar meu poder se você se meter comigo, espero que tenha ficado claro— ela sussurrou em seu ouvido, ninguém percebeu pois ela usou apenas um pouco de sua magia negra para criar névoa por alguns segundos.

Quando a névoa se dissipou completamente, o imperador estava pasmo com tudo o que tinha ouvido de Alana, mas sobretudo por um pequeno corte feito em seu pescoço, a prova de que aquela mulher seria capaz de tudo.

—Majestade, realmente não vai castigar aquela maldita?— queixou-se a concubina atacada.

—Proíbo-a de cruzar o caminho dela novamente, agora ela é a mãe dos príncipes e meu herdeiro, farei o mesmo e a evitarei o máximo que puder—

Essas foram as últimas palavras do imperador, antes de sair do salão. Ele estava relutante em acreditar que aquela mulher era a mesma que havia aceitado tudo o que ele lhe fizera anteriormente. Não podia ficar de braços cruzados e procuraria uma maneira de separar seu filho da mãe, para que pudesse se livrar dela.

—Majestade, como foi?— Sara perguntou temerosa.

—Mal, muito mal. "Merda! Eu deveria ter me controlado, agora meu pequeno príncipe e até a princesa correm perigo, tenho que fazer algo o mais rápido possível"—

Ela sabia que havia cometido um erro grave e deu motivos ao imperador para querer separá-la de seus filhos ou pelo menos do herdeiro.

—Sara, você conhece alguém que possa lidar com o imperador e que ele dê ouvidos?— questionou.

—Bem, o pai dele, o arquiduque Vorgues. Tenho visto que o imperador sempre leva em consideração a opinião dele, não sei porquê, embora talvez seja devido à linha de sucessão, já que se o imperador morresse, quem assumiria seu lugar seria o arquiduque, por não ter um herdeiro— explicou.

Alana começou a rir alto, suas suspeitas finalmente faziam sentido. Pelo que ela estava investigando, quem tinha o apoio do povo e da maioria dos nobres era o imperador, por essa razão o arquiduque se esforçou tanto para casar sua única filha com aquele homem. Ele sempre buscou poder, mas matar o imperador não era uma opção, criaria muitas dúvidas e não o aceitariam, casar Alana com o imperador foi sua melhor jogada, pois ela, tendo um herdeiro e sendo manipulada por seu pai, seria mais fácil se livrar do imperador, já que haveria um herdeiro.

—Que jogada a do velho— disse ela, ainda rindo. —Sara, faça com que um guarda leve um bilhete ao imperador— disse ela, enquanto escrevia em um pedaço de papel.

A moça assim o fez e continuaram com o que tinham que fazer.

O guarda chegou ao palácio principal e entregou o bilhete ao secretário-geral, este se encarregou de entregar o bilhete ao imperador e ao lê-lo começou a socar as paredes.

“Sua vida está nas mãos do meu pai, mas ele ainda não sabe que um herdeiro nasceu e não pretendo informá-lo, contanto que você se mantenha longe de mim e de meus filhos, sua vida depende de não fazer nenhuma estupidez. Majestade”

O bilhete era específico, Alana não estava disposta a deixar ninguém separá-la de seus filhos e usaria essa carta para manter o imperador sob controle, porém sabia perfeitamente que o fato de seu pai saber sobre o príncipe, faria de tudo para ficar com ele e manipulá-lo à sua maneira, Alana também era uma ferramenta da qual poderiam se livrar a qualquer momento.

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