CAPÍTULO 8

O caos se desenrolava diante de meus olhos, um turbilhão de violência e desespero que ameaçava me engolir por completo. Os gritos das minhas irmãs ecoavam pelo salão, misturados aos sons de espadas se chocando e dos corpos sendo brutalmente golpeados. Meu coração batia descompassado em meu peito, enquanto eu observava horrorizada a cena diante de mim.

A rainha, minha mãe, foi brutalmente golpeada, e sua coroa caiu no chão com um som oco. Eu queria correr até ela, protegê-la, mas um instinto primal de sobrevivência me paralisava no lugar. Os homens invasores avançaram impiedosamente, agarrando minhas irmãs uma a uma, arrancando-as de meus braços com uma força cruel e desumana.

Eu gritava, implorava por misericórdia que não vinha, enquanto o medo e a impotência me dominavam por completo. Quando chegou minha vez, um homem se aproximou, seus olhos cheios de malícia e crueldade. Senti meu corpo tremer de pavor, minhas mãos tremiam e meu coração batia descontroladamente em meu peito.

— Por favor, não! — gritei, minha voz misturando-se ao coro de desespero ao meu redor. Mas minhas súplicas caíram em ouvidos surdos, enquanto ele se aproximava cada vez mais, sua presença sinistra preenchendo todo o meu ser com um terror indescritível.

Então, algo dentro de mim começou a borbulhar ainda mais, a energia primordial que fluía através de minhas veias e irradiava para fora de mim em um fogo fátuo. Eu me debatia, tentando me libertar daquele agarramento impiedoso, mas era como se estivesse presa em um pesadelo sem fim, sem esperança de escape.

Os gritos se intensificaram, o caos se tornou ainda mais palpável, e eu me vi envolta em uma espiral de desespero e agonia. Era como se o mundo estivesse desmoronando ao meu redor, e eu não pudesse fazer nada para detê-lo.

O toque repugnante do homem em meu pescoço me deixava nauseada, enquanto meus olhos fixavam-se horrorizados na cena devastadora diante de mim. Minhas irmãs, tão inocentes e indefesas, eram subjugadas por mãos cruéis, suas roupas rasgadas e suas vozes abafadas pelos gritos de agonia que ecoavam pelo salão.

O desespero crescia dentro de mim, uma sensação avassaladora que me consumia por completo. Cada beijo, cada toque, era como uma faca afiada perfurando minha alma, até que finalmente, não pude mais conter a torrente de emoções que transbordava dentro de mim.

O vulcão dentro de mim acordou.

O fogo, uma energia primal que se agitava em minhas entranhas, explodiu em chamas vivas, envolvendo-me em um manto ardente e feroz. O calor abrasador consumia tudo ao meu redor, enquanto eu me debatia em meio ao caos, minha mente turva pelo pânico e pela dor.

Os homens recuaram com horror diante do espetáculo de fogo que se erguia diante deles, mas sua surpresa logo deu lugar à crueldade. Em vez de libertar minhas irmãs, eles selaram seus destinos com um gesto impiedoso, ceifando suas vidas sem piedade.

As chamas dançavam ao meu redor, alimentadas pela dor e pelo desespero, até que minhas lágrimas se tornaram brasas incandescentes, consumidas pelo mesmo fogo que agora ardia dentro de mim. Em meio ao turbilhão de emoções e à dor avassaladora, eu me vi envolta por uma tempestade de chamas.

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