A morte de Nora e Kate e a profunda dor de Tereza

Algum tempo depois de receber a carta tranquilizadora de minha amiga Nora, onde ela assegurava que tudo estava bem e que logo nós nos veríamos novamente e ela me contaria cada detalhe do que aconteceu, eu fui atingido por uma notícia que abalou o meu mundo de uma forma inimaginável. Nora e Kate, minhas amigas mais próximas, foram mortas em uma batalha feroz contra Rony, o líder temido do clã dos lobisomens. A notícia, como uma lâmina afiada, penetrou fundo em meu coração, deixando-me atordoado, imerso em um oceano de desespero, dor e incerteza sobre como seguir em frente sem elas ao meu lado.

Eu gritava e chorava desesperadamente, incapaz de aceitar a realidade brutal que acabava de se desenrolar diante de mim. Nora e Kate não eram apenas amigas; eram como irmãs para mim. Nora, especialmente, era como uma extensão de mim mesma, pois havíamos passado séculos juntas, compartilhando a imortalidade e todas as nuances da existência vampírica. Agora, eu estava mergulhada na tristeza avassaladora de perder as duas, enquanto as lembranças de nosso passado juntas, desde os dias humildes em que nos conhecemos naquele varejo até os momentos gloriosos em que ganhamos fama como vampiras sedutoras, ecoavam em minha mente. Lembrei-me vividamente de como conhecemos Jeferson, como construímos tantas memórias juntas, e agora, tudo o que restava era o vazio de sua ausência. A perda delas foi um golpe cruel e injusto, arrancando-as de mim de uma maneira que parecia insuportável.

Sem pestanejar, eu e os membros da família original, que consideravam Nora como uma irmãzinha, nos reunimos em um só propósito, entrelaçados pelo luto que nos abraçava e pelo fogo da vingança que queimava em nossos corações. Decidimos embarcar em uma jornada incerta em direção ao covil dos vampiros, onde presumíamos que Nora poderia ser encontrada, se ainda restasse um fio de vida em seu corpo. O tempo se tornara um inimigo implacável; cada segundo era precioso demais para ser desperdiçado. Rony, o vil assassino das nossas queridas amigas, tinha que enfrentar as consequências de seus atos hediondos, e estávamos determinados a fazer com que ele pagasse por cada gota de sangue derramada.

A viagem era longa e eu estava com medo de que, ao chegar no clã onde minha amiga Nora residia, encontrasse apenas ruínas e desolação, temendo que as vidas de todos no clã já tivessem sido ceifadas pela terrível batalha que assolara aquele lugar. Contudo, apesar da angústia que me consumia, uma determinação feroz ardia dentro de mim. Eu sabia que meu único propósito ao alcançar aquele clã era buscar vingança por Kate e Nora, não importasse o custo. A imagem de Rony, o cruel líder dos lobisomens, atormentava meus pensamentos, alimentando meu desejo de justiça. Eu jurara a mim mesma que suas mãos seriam manchadas com o sangue daquele que tirara a vida de minhas preciosas amigas.

Ao chegarmos lá, nos deparamos com uma cena caótica: uma luta insensível entre os lobisomens e os vampiros do clã. Avistei Arthur de longe, seu rosto marcado pelas histórias contadas por Nora. Sem hesitar, entrei na batalha, lutando contra os lobisomens para auxiliar o clã. Sabia que se Nora e Kate ainda estivessem entre nós, estariam liderando a defesa com toda a determinação para proteger sua linhagem e sua família vampírica.

Então, testemunhei o momento em que Victoria atravessou a multidão e adentrou o palácio. Decidi segui-la de perto, curioso com o que estava por vir. Ao cruzar o limiar, deparei-me com uma cena surpreendente: Nora e Kate não estavam mortas; estavam vivas. Contudo, algo havia mudado nelas. As suas feições eram as mesmas, mas seus cabelos exibiam algumas mechas esbranquiçadas, revelando algum APAGAR transformação relacionada à magia que sempre as caracterizou. Aquele momento de espanto só aumentou o mistério que envolvia a verdadeira natureza das duas e o que estava por trás da sua aparente morte.

Enquanto eu observava Victoria à distância, algo chamou a minha atenção de imediato: a sua mão parecia segurar algo peculiar. Intrigado, aproximei-me para uma análise mais minuciosa e então me deparei com uma cena surreal: ali, na sua palma, estava o coração ainda pulsante de Rony. No entanto, para minha surpresa, não fiquei tão abalado quanto poderia esperar diante de tal visão macabra. Afinal, no nosso mundo, era comum testemunhar cenas similares, onde os originais combatiam seres sobrenaturais arrancando-lhes corações ou decapitando vampiros e lobisomens que se atreviam a desafiá-los.

Eu sorri ao abraçar minhas amigas, sentindo o calor reconfortante de sua presença após a batalha árdua que enfrentamos. Perguntei a elas como estavam vivas, surpresa com a miraculosa recuperação delas. Suas respostas ecoaram como um sussurro ancestral: fora a magia dos seus antepassados foi o que as curara. Suas mechas brancas nos cabelos eram testemunhas silenciosas desse enorme poder. Juntas, eu, Victoria ,Nora e Kate ,levamos a cabeça do líder dos lobisomens, Rony, para fora de nossa fortaleza e ordenamos que os lobisomens restantes se retirassem, agora que seu líder estava derrotado.

Enquanto reconstruíamos nosso clã, a atmosfera exalava júbilo e celebração, envolvendo cada membro em um véu de esperança renovada. Kate, Nora e Arthur emergiram como os pilares de nossa comunidade, erguendo-se como os novos anciãos, cujas raízes ancestrais se entrelaçavam profundamente com a história de nosso povo. Descendentes diretos de Michael e Mia, antigos e respeitados anciãos do clã, Kate, Nora e Arthur aceitaram com humildade e determinação o chamado para liderar em tempos de paz, prometendo guiar-nos com sabedoria e visão para um futuro próspero e harmonioso.

Em meio à assembleia, fui testemunha de um momento sublime de amor e compromisso quando Arthur, movido por uma profunda devoção, ajoelhou-se diante de Nora, propondo-lhe em casamento com o emblemático anel que outrora adornara o dedo de sua mãe, Mia. Enquanto o brilho do anel refletia a história e o legado de sua família, Kate também encontrava seu próprio caminho para a felicidade. Reunindo-se novamente com seu amado Serkan, e abraçando o filho perdido, Jerry, num gesto de perdão e reconciliação, Kate testemunhava o renascimento de sua família, enquanto o filho de Jerry se redimia, pedindo desculpas por palavras passadas. Sob os auspícios do destino, nossas vidas eram entrelaçadas em um intricado padrão de harmonia e amor, delineando um novo capítulo de esperança e união para nosso clã.

E assim, entre sorrisos e abraços, começamos um novo capítulo em nossas vidas, deixando para trás as sombras da guerra e abraçando a luz do futuro que nos aguardava.

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