Sedutoras da Noite: O Trágico Legado de Tereza e Nora

À medida que o embate se desenrolava, Luna via seu domínio da batalha escorrendo por entre seus dedos. A determinação em seus olhos, porém, permanecia inabalável. Foi então que, em um momento crucial, seus olhos fixaram-se em um detalhe peculiar: um pedaço de ferro, adornado com uma ponta de madeira que outrora fora um charme suntuoso do palácio.

Sem hesitar, Luna canalizou suas últimas reservas de força, envolvendo-se em uma aura de determinação que parecia emanar de cada poro de sua pele, e com um impulso impetuoso, lançou Gelda na direção daquele objeto imponente. O impacto que se seguiu foi quase poético, como se o universo estivesse tecendo uma narrativa épica, uma fusão de destinos selada pelo choque entre o ferro e a madeira. Ambas as guerreiras, unidas em um último ato de bravura, foram empaladas pela estrutura, e o campo de batalha, silenciado pela magnitude do momento, testemunhou o sacrifício mútuo, marcando para sempre a memória daqueles que ali estiveram presentes.

Enquanto Luna e Gelda trocavam um olhar derradeiro, o suspiro final ecoou como um epílogo trágico, reverberando através do cenário que testemunhou a intensa confrontação. Naquele momento solene, o derradeiro suspiro pairou no ar, transformando-se em uma melodia melancólica que selou o destino das duas guerreiras. O campo de batalha, agora silencioso, guardava as lembranças marcantes da luta, onde pedaços de ferro e madeira testemunhavam a crueza do confronto que culminou em sua dolorosa conclusão.

Determinado a assegurar que nunca mais voltariam a enfrentar aquele lugar sombrio, tomei Lara e Lúcia sob minha proteção, guiando-as para longe da escuridão que ameaçava engolfá-las novamente. Lúcia, agora minha mentora vampira, desvelou-me os mistérios da vida noturna, compartilhando comigo os segredos milenares que moldavam nossa existência sombria, enquanto me alertava sobre os perigos inerentes à luz solar que poderiam nos consumir se não tomássemos cuidado. Curioso, questionei-a sobre Rick, aquele que desafiava impavidamente os raios solares. Com sabedoria ancestral, Lúcia explicou que ele possuía uma peculiaridade única que o protegia daquele fogo celestial, uma característica que eu, lamentavelmente, não compartilhava, deixando-me ciente da fragilidade que nos cercava quando expostos aos primeiros raios da alvorada.

Vaguei sem rumo por anos, talvez séculos, encontrando vilarejos que se tornavam presas do meu apetite insaciável por sangue humano. Percebi o crescente medo nos olhos das pessoas quando saía apenas durante a noite, alimentando-me e causando temor por onde passava. Era uma existência solitária, manchada pelo rastro de morte que eu deixava para trás.

Um dia, em um vilarejo, ouvi falar de uma figura temida chamada "a sangrenta". Contavam histórias sobre ela, uma vampira que havia devorado e destruído inúmeros vilarejos em um frenesi descontrolado. Intrigado, decidi procurá-la, reconhecendo uma semelhança inegável entre nós.

Na minha incursão investigativa sobre os vilarejos que, a misteriosa moça, sangrava, descobri que o próximo alvo estava iminente. No momento do confronto, ela não revelou qualquer traço de empatia, mas, para minha surpresa, uma estranha conexão se formou entre nós, compartilhando a carga única de sermos vampiras. Nora, detentora de uma experiência mais vasta, assumiu a liderança em nossos ataques.

Juntas, moldamos um vilarejo como nosso refúgio, mas a sombra da intolerância ressurgiu. Nora, alimentada pela fúria, desencadeou seu poder, e eu, incapaz de resistir, a acompanhei. Vilarejo após vilarejo foi consumido pela nossa reputação crescente como as temíveis "vampiras sedutoras". A paisagem marcada pelos destroços das comunidades que ousaram nos rejeitar, enquanto nossa dupla se tornava lendária nas histórias noturnas.

Num certo dia, quando já estávamos encharcadas de sangue após alimentarmos de mais de 30 pessoas, manipulei a nora, explorando a solidão dela e aprofundando nossos conhecimentos sobre vampiros.

Com um misto de hesitação e resignação, a nora compartilhou que a maioria dos vampiros preferia viver em grupos, estruturados como reinos, com anciões como líderes. Em nossa comunidade, meu pai Michael, a anciã Mia e o ancião Nick desempenhavam esse papel crucial.

Contudo, a atmosfera mudou quando ela começou a relatar a sua própria história, uma narrativa permeada por tragédias. A sua solidão, explicou ela, era resultado de uma profunda desconfiança que a assolava, uma sombra persistente que se estendia desde a infância. Tudo começou quando a sua irmã mais nova, Kate, veio ao mundo, acompanhada pela partida precoce da sua mãe, Diane, deixando para trás um vazio que parecia insuperável, como se o destino tivesse traçado um caminho sombrio desde o início da sua jornada.

O tom sombrio continuou a crescer à medida que a nora desvelava os eventos seguintes. A irmã do meio, Bela, apaixonou-se por um lobisomem, desafiando as leis do conselho e enfrentando uma condenação à morte cruel. A narrativa culminou em uma épica e sangrenta batalha entre o clã e o lobisomem, cujas consequências reverberariam por muito tempo.

Ao revelar sua escolha de abandonar o clã, deixando para trás os escombros da comunidade que havia conseguido escapar, a nora descreveu um vazio emocional que persistia desde aquele dia fatídico. A ausência de sua irmã caçula, Kate, e do amado Arthur, tornou-se uma cicatriz emocional que nunca conseguiu curar, mesmo nas sombras da eternidade que compartilhávamos como vampiras. O passado, repleto de dor e perda, se manifestava como um fardo que ela carregava silenciosamente nas noites intermináveis.

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Comments

Jaqueline Morares Moraes

Jaqueline Morares Moraes

no fim ela matou o Rick e ficou vampira . devia então ficar com ele

2024-03-31

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