Raquel passou a tarde com Elisa, como não havia mais empregados na casa, elas resolveram fazer algo para comer, cozinhar não era muito a praia de Elisa, só sabia fazer o básico. Ambas fizeram uns sanduíches de presunto com queijo e um suco natural de manga, depois foram comer na sala vendo televisão.
Estava um clima bom e descontraído entre as primas, por um tempo Elisa conseguiu sorrir e se distrair um pouco. As primas se davam muito bem, sempre compartilhavam tudo sobre as suas vidas uma com a outra, não escondiam nada.
Raquel — Lisa, já teve notícias da tia Gisele?
Elisa — Ainda não, acho que ela trocou de número!
Raquel — Prima me perdoe, mas essa atitude da tia Gisele é imperdoável, como te abandona numa situação dessas?
— Eu tento entender mas não consigo, tudo bem querer se divorciar, mais ir embora desse jeito.... é demais pra mim!
Raquel — Bom, mudando de assunto, tava pensando, e se nós procurarmos pelo seu noivo nas redes sociais? Não tá curiosa para ver o rosto dele?
Elisa — Ele não é o meu noivo e não, não tenho nenhuma curiosidade!
Raquel - Sério prima, você é muito calminha, se fosse eu já estaria surtando!
Elisa — Quanto menos eu pensar, menos eu fico nervosa!
Raquel tira o celular do bolso e começa a pesquisar.
— Hum!? parece que o senhor mistério não tem rede social!
Elisa da de ombros e volta a comer o seu sanduíche, assim a tarde das primas da procedimento, no finalzinho da tarde Raquel foi embora, insistiu para Elisa ir junto, mas ela achou melhor não deixar o pai sozinho.
…
Por volta das 20 horas da noite, Eduardo chega em casa, o seu semblante era de cansaço e tristeza, Elisa estava na sala vendo televisão.
Eduardo — Filha?
Elisa — pai!
Eduardo - Querida, o advogado do seu futuro marido ligou, faça as suas malas, amanhã você se muda para a sua casa nova!
Elisa toma um susto e leva as mãos à boca
— Amanhã? Mas...
Eduardo a interrompe
Eduardo — A união será oficializada apenas no civil, não haverá cerimônia, só vai assinar uns documentos oficializando a união.
Elisa — Mas, papai eu....
Eduardo — Será melhor assim, minha filha, olhe ao seu redor, estamos sozinhos, a sua mãe nos deixou, eu estou na ruína, coloquei a casa a venda, e com o dinheiro vou comprar um pequeno apartamento e pagar os funcionários antes que me processem na justiça, se casando com esse homem pelo menos você estará amparada, ele vai te dar tudo que você precisa, não vai te faltar nada!
Elisa — Que situação, pai, veja até onde chegamos!
Eduardo — Eu sei, e não sabe como me arrependo, se eu pudesse voltar no tempo eu jamais teria entrado naquele clube! Agora vá fazer as suas malas, amanhã bem cedo o advogado e o juíz vem trazer os documentos para você assinar!
Elisa fica em silêncio e sobe para o quarto, se tranca e se permite chorar, ela entra em baixo do chuveiro de roupa e tudo, fica um bom tempo lá até Raquel aparecer..
Raquel — Prima, venha você vai ficar doente desse jeito!
Ela estava tão angustiada que acabou ligando na água gelada.
Elisa — O que você tá fazendo aqui?
Raquel — O tio Eduardo ligou pro meu pai, a minha mãe supôs que você estaria precisando de uma amiga!
Elisa — Raquel eu.... (chora)
Raquel — Eu já sei de tudo, Lisa, mas tenha fé, tudo vai se resolver! Agora saia desse chuveiro gelado, por favor!
Elisa se levanta e desliga o chuveiro, o seu cabelo e roupas estavam encharcados, ela tremia igual vara verde, Raquel ajudou ela a se despir e ligou o chuveiro com água quente, Elisa tomou banho, enrolou uma toalha no corpo e outra no cabelo.
Raquel — Está mais calma?
Elisa — Sim, obrigada prima!
Raquel — Então amanhã você se torna uma mulher casada?
Raquel falava em tom de brincadeira para descontrair um pouco e tentar tirar aquela tristeza de Elisa.
Elisa — Parece que sim, obrigada por vir, estou me sentindo tão sozinha!
Raquel — Você não está sua boba, eu estarei sempre aqui, além de primas, nós somos irmãs, esqueceu?
Elisa — E se esse homem me proibir de concluir os meus estudos? Me fazer de prisioneira dentro de casa...
Raquel — Se ele fizer isso eu resgato você!
Elisa da, um sorriso de canto e abraça a prima.
— Me ajuda com a mala?
Raquel — Claro!
Elisa pegou duas malas, e começaram a guardar as roupas, os sapatos, acessórios, e noutra mala guardou os livros, se fosse se tornar prisioneira de um homem, ao menos não morreria de tédio, leria e relia todos os livros.
Após guardarem tudo, Raquel ajudou ela a secar os cabelos com o secador, também fez uma chapinha, trocou de roupa e ficaram na cama conversando.
Elisa — Quel, queria te pedir uma coisa?
Raquel — Pode pedir o que quiser!
Elisa — Pode manter isso em segredo? Eu não quero que a Filipa e o Anderson descubram...
Raquel — Fique tranquila, eu não vou falar sobre isso com ninguém!
Elisa — Obrigada!
…
Na manhã seguinte Elisa acordou cedo, para dizer a verdade, ela quase não pregou o olho, passou horas observando o céu da janela do seu quarto, de certa forma isso a ajudou se tranquilizar um pouco mais.
Logo cedo ela tentou contato com Gisele, mas sem sucesso outra vez, decidiu então dar um tempo.
Elisa tomou banho, se arrumou, e resolveu fazer uma make, por conta das longas horas de choro, os seus olhos estavam um pouco inchados e vermelhos, talvez a maquiagem disfarça um pouco!
Raquel acordou logo depois e a ajudou com o cabelo, fez uma trança embutida, ela também se arrumou e desceram para o café, porém não tinha nada pronto, pois não tinha mais empregados.
Eduardo — Bom dia, meninas! Eu pedi um café para vocês, daqui a pouco chega!
Elisa — Pai?
Eduardo não conseguia olhar nos olhos de Elisa, ele estava triste e cabisbaixo.
— O que vai acontecer agora?
Eduardo — Eu não sei, filha, mas espero que esse homem cumpra com a palavra! Elisa, quero que me prometa, se ele fizer algo a você, eu quero saber de tudo, não me esconda nada!
Elisa — Não vou esconder!
A campainha tocou, e Elisa já ficou tensa, mas era apenas o pessoal da padaria com o café que Eduardo havia pedido. Raquel e Eduardo comem, porém, Elisa não tinha fome, tomou só o café.
Após o café, Eduardo foi para o escritório e as meninas voltaram para o quarto, Elisa pediu que Raquel ficasse ao seu lado, ela estava muito nervosa e trémula, as suas mãos suavam e ela não conseguia ficar quieta.
Raquel — Calma, Lisa, vai dar tudo certo!
(…)
As nove em ponto, o advogado e o juiz de Paz chegam, Eduardo os recebe na sala.
Eduardo — Onde está o Christian? Desistiu do nosso acordo?
Thompson — Claro que não, ele já assinou, só falta a sua filha.
Eduardo sobe e chama Elisa, ela e Raquel descem as escadas abraçadas.
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Atualizado até capítulo 127
Comments
Cissa Neves
essa leitura tá excitante vontade de devorar esse livro rsrs
2024-12-04
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Anonymous
Incrível que ainda em pleno século XXI ainda existem tantos preconceitos, tabus, crenças limitantes e o diabo que o parta sobre questões de diferenças de idade. Meu pai tinha 26 anos de diferença de idade a minha mãe. E foram extremamente felizes por 54 anos juntos. Tanto que quando os dois faleceram a diferença foram de 5 meses de um para o outro. Se anarqm tanto que não puderam passar mais tempo separados. Uma lição a muita gente hipócrita nesta vida.
2024-07-25
83
Daiana
eu meu esposo temos 15 anos de diferença e nós amamos a idade é apenas número estamos juntos a 23 anos
2024-11-06
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