— O senhor não está sendo nada formal — digo, quase em um gemido.
— E agora? — ele pergunta, retirando seus dedos da minha intimidade e levando-os à boca, chupando-os de maneira provocativa. — Você tem um sabor delicioso — ele murmura, com a voz cheia de desejo.
Ele se levanta, tira a calça e a cueca, e eu observo seu membro rígido, implorando para estar dentro de mim. Mas, em um gesto ousado, levanto-me e o empurro de volta para o sofá. Ajoelho-me entre suas pernas e envolvo seu membro com a boca. Ele agarra meus cabelos com força, soltando um gemido intenso.
— Que boca deliciosa, meu amor — ele diz, empurrando minha cabeça para que eu aumente o ritmo. Obedeço, acelerando o movimento. Olho para cima e vejo como ele joga a cabeça para trás, completamente entregue ao prazer que estou proporcionando, o que me deixa ainda mais ousada. Paro por um momento, subo no colo dele e começo a rebolar devagar. Seus olhos estão cheios de desejo, e suas mãos apertam minha bunda, aproveitando cada movimento meu.
— É assim que gosta de ser tratado, senhor Ramon? — murmuro no ouvido dele, provocando-o.
Um sorriso malicioso aparece em seus lábios antes de ele dar um tapa em minha bunda. Embora me surpreenda, gosto da sensação.
— Você gostou, não foi? — ele pergunta, dando outro tapa, e um gemido escapa dos meus lábios.
— Sim, eu gostei — respondo, ainda mais provocante.
Três meses depois...
A cada dia que passa, me sinto mais apaixonada por Ramon. Ele é atencioso, carinhoso, sempre preocupado comigo e com o meu bem-estar. Já fazem três meses que estou morando com ele. Quando mencionei que iria embora, que só ficaria aqui até encontrar um lugar mais barato, ele fez o maior drama, dizendo que eu era cruel por acostumá-lo a dormir comigo para depois ir embora. Alegou que, sem mim, nunca mais conseguiria dormir. E, na verdade, acho que ele não dorme mesmo. Sempre que acordo no meio da madrugada, lá está ele, me observando, como se velasse meu sono.
Ramon é um mistério. Embora estejamos juntos o tempo todo, sinto que existe uma parte dele que ainda não conheço. Agora, ele está trancado no escritório há mais de uma hora, discutindo com Cristovão ao telefone. Cristovão sempre me pareceu esquisito. Nunca me encara diretamente e, quando apareço, ele encontra uma desculpa para sair.
Fico tentada a escutar atrás da porta, mas percebo que nem é preciso. Conforme me aproximo, os gritos de Ramon, cheios de raiva, são perfeitamente audíveis.
— Seu desgraçado, filho da puta! Vou matar você e a sua corja! Vai ver que comigo não se brinca! — ele esbraveja, sua voz carregada de ódio.
Um arrepio percorre meu corpo. Nunca o vi assim antes. Em todos esses meses, é a primeira vez que o vejo perder o controle dessa forma.
— Calma, chefe! Fica tranquilo, vamos encontrá-lo antes que ele chegue até vocês — ouço Cristovão tentar apaziguá-lo.
Saio rapidamente dali, com o coração acelerado, e vou para o quarto, minha mente fervilhando de perguntas. Com quem Ramon estava falando para deixá-lo tão furioso? O que está acontecendo? A forma ameaçadora como ele falou... parecia até um mafioso.
Começo a me lembrar de certos detalhes: as armas que já vi, as visitas repentinas, as reuniões sem horário fixo. Tudo isso me faz pensar que talvez Ramon seja, de fato, um mafioso. Fui criada por um, e algumas das suas atitudes despertam esse tipo de suspeita. Talvez eu esteja exagerando, criando essas paranoias por causa do meu passado. Mas... e se for verdade?
Fico ali sentada, encarando a janela, com todos esses pensamentos se agitando em minha mente. Será que eu ficaria com ele, sabendo que representa exatamente o que um dia eu tentei tanto evitar?
De repente, carros luxuosos passam pelos portões. Os vidros são escuros, impossíveis de ver quem está lá dentro. Três carros estacionam, e uma bela mulher sai do primeiro, segurando uma maleta. Dos outros dois veículos saem dois homens, gêmeos. Um veste um terno preto, o outro, um terno bege. Eles cumprimentam a mulher e trocam algumas palavras.
Então, vejo Ramon se aproximar do grupo, como se sentisse meus olhos sobre ele. De repente, ele levanta o olhar em direção à janela e, por um instante, nossos olhos se encontram de forma disfarçada. Sinto uma pontada de desconforto no peito.
Nesse momento, batidas na porta me fazem sobressaltar.
— Entre — peço, tentando parecer calma. Carmen entra no quarto com uma expressão preocupada, seus movimentos revelando nervosismo.
— Está tudo bem, Carmen? — pergunto, tentando analisar o que está se passando.
— Sim, sim, senhora. O senhor Ramon pediu que você fizesse as malas. Vamos viajar — diz ela, hesitante.
— Como assim? O que está acontecendo? Não vou arrumar mala nenhuma até que me diga o que de fato está acontecendo — falo firme, segurando seu braço para impedir que comece a mexer nas minhas coisas.
— Eu não posso dizer... Me perdoe. Mas, por favor, faça o que ele pediu — implora ela, seus olhos suplicantes me desarmando por um momento.
— Tudo bem, eu mesma arrumo minhas malas — digo, resignada, e ela apenas acena, aliviada, antes de sair do quarto.
Arrumo as malas, e as lembranças do passado começam a me invadir. Era como se estivesse revivendo tudo de novo, aqueles momentos tão assombrosos para mim. Lembro de como eu ficava aterrorizada, do som do meu próprio coração disparado pelo medo. A imagem da minha mãe, com a roupa ensanguentada, tirando-me de dentro do armário, vem à tona. Eu quase consigo ouvi-la dizendo: "Vem, querida, o pior já passou, agora precisamos ir. O papai nos espera."
Termino de colocar a última peça de roupa na mala enquanto uma lágrima quente rola pelo meu rosto.
— Já está tudo pronto, senhora? — Carmen pergunta.
— Sim, Carmen — respondo com a voz embargada.
— Então pegue seus documentos e vamos — ela diz, visivelmente apreensiva.
— Vamos para onde, Carmen? Onde está o Ramon? — pergunto, tentando controlar a impaciência crescente.
— Ele vai nos encontrar na pista de pouso, mas precisamos ir rápido — ela responde.
Querendo respostas, saio do quarto apressada e vou à procura de Ramon. Ao chegar do lado de fora do escritório dele, dois homens armados estão de guarda. Dou um passo à frente para bater na porta, mas eles se colocam no meu caminho.
— Quero falar com o Ramon — digo, já sem paciência.
— Não podemos interromper, senhora — respondem em uníssono, impassíveis.
— Ramon! Ramon! — começo a gritar, o desespero crescendo dentro de mim, trazendo de volta memórias que pensei ter enterrado.
A porta se abre de repente, e lá está ele, com o rosto frio, sem nenhuma emoção aparente. Mas então ele vem até mim, me puxando para um canto mais afastado.
— O que está acontecendo? — pergunto, sentindo um nó se formar na minha garganta.
— Meu amor, apenas confie em mim. Vá com a Carmen e o Cristóvão. Eu vou te encontrar na pista de pouso, tudo bem? Você confia em mim? — ele pede, e apesar das lembranças do passado me apavorarem, eu confio nele.
— Tudo bem — respondo, antes que ele me beije.
— Tudo vai ficar bem, confie em mim — ele repete, me beijando mais uma vez antes de voltar para o escritório.
Mesmo com o coração apertado, sigo as instruções dele. Algo maior está acontecendo, e preciso confiar.
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Atualizado até capítulo 49
Comments
Ana Lúcia De Oliveira
Parece que a mãe dela era casada com um mafioso, o tal Santiago deve ter matado o pai dela e tentado ficar com elas
2025-02-16
8
Fatima Maria
A CONFUSÃO ESTÁ FORMADA E ACHO QUE A MÃE ERA CASADA COM MAFIOSO E ESTE OUTRO MAFIOSO SANTIAGO DEVE SER O INIMIGO DO PAI DELA.
2025-02-22
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Marli Batista
Eu tinha certeza que ela é filha de mafioso e ela sabe se defender a bicha é treinada adoroooo uma mulher forte empoderada 👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼
2025-02-22
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