CAPÍTULO 17

Sobre os protestos da filha, Joana aceitou ir numa loja e fazer um passeio pela cidade, e Gabriela aproveitou para fazer umas compras comprando do bom e do melhor para sua mãe, deixando ela linda e elegante. E aproveitou, levando ela para um salão de beleza, fez um novo corte de cabelo. E limpeza de pele, deixando Joana feliz e encantada ao mesmo tempo. Agora Gabriela podia fazer isso pela sua mãe, deixando alguém de sua confiança como um guia turístico.

Enquanto isso, ela voltaria para a capital e ficaria à frente da empresa da qual foi confiado o cargo de executiva.

Havia muitos desafios pela frente de manter a empresa no topo como sempre foi e melhorar ainda mais se fosse possível.

Chegando segunda-feira ela voltava ao trabalho disposta a seguir adiante com todo vapor. Joana era um pouco tímida, não estava acostumada a sair sozinha, mas com as maravilhas da cidade deu coragem para ela conhecer os melhores pontos turísticos de Gramado, mesmo no meio da multidão, mas que sabia bem como voltar para o hotel onde estava hospedada.

Saiu segunda e terça, e tornou hábito de sair todos os dias, estava ansiosa estando sozinha hospedada num luxuoso hotel sem presença da filha para conversar, já queria voltar para a capital, mas ia magoar muito sua filha caso fizesse isso, seria uma desfeita que Gabriela não perdoaria. E para não ficar sozinha, saia todos os dias para conhecer melhor os pontos turísticos. E estava se adaptando com a sua estadia e não queria nem mais voltar pra capital. Se sua filha pedisse para ela ficar mais uma semana, ficaria. E com uma semana Joana já estava adaptada a uma nova realidade, já conhecia todos os pontos turísticos da cidade, o restaurante. Os melhores lugares até que algo aconteceu que jamais poderia imaginar. No restaurante sentada esperando que algum garçom viesse a servir enquanto ela falava com sua filha por telefone dizendo que tudo estava bem até que alguém chamou atenção! Um homem sentado em uma mesa aproximadamente 5 metros de distância dela.

E ele não parava de olhar para ela como se conhecesse de algum lugar, deixando ela perturbada como se já tivesse visto ele de algum lugar do passado, que foi marcante na sua vida.

Joana sempre soube fugir do assédio masculino que não se deixava levar facilmente por qualquer um. Conhecia bem a vida e os homens também, mas desta vez estava hipnotizada pelo charme do misterioso homem, seu corpo estava suando e um calor inexplicavelmente subiu pelas suas pernas deixando paralisada sem força para fugir daquele lugar. Querendo fugir da tentação, ela não queria cometer o mesmo erro do passado quando era jovem inexperiente que se deixou levar pelos encantos daquele rapaz que marcou a sua vida.

E 25 anos depois, esse desejo por um homem voltou com toda força. E seu maior desafio era tentar fugir, ela não tinha mais idade para bancar a mocinha apaixonada, quando ainda pensava, o homem estava na sua mesa cumprimentando.

— Oi!

— Oi! Posso ajudar em alguma coisa? — Perguntou Joana nervosa querendo fugir, aquela voz não era estranha.

— Perdoa - me, não costumo conversar com pessoas estranhas, mas quando te vi tive a certeza que já lhe conhecia de algum, só não sei da onde desde que coloquei o meu olho em cima de ti, tenho certeza que você não é estranha? — Deixando Jonas aflita. Aquela voz suave de alguém que ela conheceu trouxe ela de volta ao passado. Ela lembrou bem daquela noite. E não existe coincidência, podia ser a mesma pessoa que ela estava pensando.

E ela não sabia se fugia ou enfrentava aquele homem maduro e charmoso ao mesmo tempo, como esconder o que ela sentia? Ele sendo um cavaleiro gentil como poucos que conheceu. Fugir não era da natureza dela, ser mal educada também não, o que ela tinha a perder?

— O senhor também não é estranho, de onde eu conheço? — Perguntou ela sem ter certeza se devia dar confiança para um desconhecido, mas que parecia bem familiar. Agora ela não tinha como fugir, estava sozinha livre e desimpedida, sua filha estava crescida e não tinha mais que dar satisfação para ninguém. E não ia tirar pedaço só para conversar com um homem.

— Posso te fazer companhia?

— É claro que sim, e porque não!

— Deixe-me apresentar, eu me chamo Rafael, pegando a mão de Joana e beijando com suavidade, deixando Joana mais perturbada e muito mais do que já estava.

— Rafael? — Perguntou ela curiosa pensando em silêncio. Será que é o mesmo Rafael patrão da minha filha? Não pode ser, o nome e a descrição é igual ao homem que Gabriela descreveu. Mas ele está na Europa em lua de mel, é apenas uma coincidência.