Capítulo 20

Marisol

 Com as emoções a flor da pele, após o beijo do Gustavo que foi maravilhoso, eu nunca havia sido beijada daquela forma, eu sentir verdade naquele momento, parecia haver entrega da parte dele também, logo após havermos encerrado, ele olhou-me e havia sede nos seus olhos, então novamente tomou-me para outro beijo intenso que quase me deixa sem ar.

A música parou, eu sem palavras, ainda não entendendo a sua atitude, o questionei: o que foi isso Gustavo? A sua justificativa foi plausível e coerente, segundo ele os seus amigos nos julgava um casal frio, sem química.

Eu questiono e disse que não pode acontecer de novo, pois pode gerar sentimentos e alguém sairia magoado E é claro que esse alguém sou eu .

Eu penso um pouco, julgando o seu histórico e a sua recusa a relacionamento sério, para mim, seria péssimo, eu seria a próxima mulher a ser descartada da sua vida, lembrei das palavras da Virgínia, seria um brinquedo que ele enjoou e jogou fora.

Fomos para mesa e para tirar este momento de vez da minha mente, decidi beber.

Peço um coquetel de morango que segundo as garotas era delicioso, e elas tinham razão é uma delícia.

Penso que já estava no terceiro coquetel, sentir estranha e falando mais do que o normal, bebi outro só me lembro até este ponto, parece que eu bati a cabeça em algo e perdi a memória.

Acordo no dia seguinte com a cabeça explodindo e com colapso de memória da noite passada. Sempre acordo um pouco sonolento as vezes começo a rir levemente, lembro que a minha mãe sempre falava com carinho do modo que eu despertava ao amanhecer, parece que o meu cérebro não quer acordar e se recusa a vir para a realidade.

Naquela manhã o meu corpo doía, acordo totalmente e sinto que não estou de fato com a cabeça no meu travesseiro, levanto o pescoço tentando abrir os olhos e reconhecer o lugar olho para um rosto lindo a minha frente, pisco os olhos com força e vejo o Gustavo.

O susto foi tão grande que eu pulei para fora da cama gritando:

— meu Deus! O que aconteceu? Eu nunca mais vou beber.

Mas quando olho para mim, vejo que estou vestida a mesma roupa de ontem vem um alívio imediato. O Gustavo com o olhar ríspido, confuso com o grito que eu acabara de dar.

—calma Marisol! Não aconteceu nada, simplesmente dormimos juntos.

—Chegou e jogou-se na cama e eu não ia dormir no sofá! Fui para o outro lado da cama. Agora ao acordar estava em cima de mim, a culpa não é minhas.

Eu envergonhada peço desculpas e mudo de assunto rapidamente:

— tenho algo para lhe falar.

—fale, então toquei no assunto da faculdade: preciso ir na faculdade, como eu te disse ganhei uma bolsa de estudo e tenho que me apresentar antes que comece o primeiro semestre.

Ele com um olhar ainda desacreditado disse:

— parabéns é muito inteligente é uma das melhores faculdades do país.

—Obrigado,

— vou pedir para o seu Mauro levar-lhe.

— não precisa eu posso conseguir um ônibus vou procurar um ponto aqui perto.

Ele interrompe-me dizendo:

— tem noção que aqui é uma mansão afastada da cidade, e para conseguir um ponto de ônibus é necessário andar meia hora? Não posso deixar a minha esposa ir de ônibus para faculdade.

— Mas...

— mas nada, Marisol agora tem que entender que carrega o meu sobrenome todas as suas ações podem me afetar.

Fiquei em silêncio, pois sei que ele tem razão, reparo que ainda estou com a mesma roupa de ontem, as minhas botas estavam estavam jogadas do quarto, eu pego-as para guardá-las no closet. Enquanto isso o Gustavo foi para o banho.

Eu estava realmente feliz, a faculdade é um sonho meu e da minha mãe, lembro-me sonharmos juntas, a tristeza é que agora não a tenho comigo para ver esta tão sonhada conquista sendo realidaza.

Perdida em pensamentos, não percebi o Gustavo saio do banho, quando volto a realidade ele já estava no closet pronto para tirar a sua toalha, eu praticamente sair dali correndo, entro para o banheiro para me preparar para a faculdade.

Sair do banho ele estava ali, com um terno preto perfeitamente alinhado no seu corpo, deixando a sua figura masculina completamente atraente, pensei comigo: que homem bonito! Mas não ousei olhá-lo por muito tempo não queria ser mal interpretada, não tenho ilusão nenhuma com ele, sei que não é para mim.

 Eu não sou ingénua em pensar que o Gustavo me levaria a sério, por ele acha-me bonita, seria somente uma distração, como as outras.

Entrei para o closet me arrumei muito bem, pois estava indo para o meu sonho tudo tem que ser perfeito, sair e para a minha surpresa o Gustavo ainda estava ali olhando para mim.

Não sei descrever o seu rosto, parece um misto de emoções, Com um tom serio me disse:

— está muito linda, eu vou te levar na faculdade hoje.

— para quê? Não precisa se preocupar, eu posso ir com o senhor Mauro.

— não se preocupe, a minha secretaria adiou as reuniões para a tarde, tenho a manhã livre, vamos!

Pegou em minha mão, eu simplesmente olho os seus dedos entrelaçando os meus e descemos em silêncio.

Na sala de jantar o café estava servido. A senhora Sarah e o senhor Estêvão já estava a mesa se servindo, eu cumprimento-os, ela com um beijo e ele com um aperto de mão.

Nos sentamos e começamos a tomar café, o Gustavo olhava-me em silêncio, a senhora Sarah lançou um olhar sobre nós e pergunta:

–estão bem?

Respondemos juntos:

— sim.

Ela então muito simpática elogiou-me muitíssimo e pergunta para onde eu irei com tanta beleza, eu a explico que farei faculdade, ambos parabeniza-me.

Vou até à cozinha, pois sinto falta da Nana na sala. De longe a vejo, vou até ela e a abraço, cumprimento também a Fábir que sai imediatamente ao ouvir a campainha tocar.

Der repente gritos são ouvidos, saímos a correr para a sala, ao chegar na sala a ex-namorada do Gustavo vem diretamente na minha direção dizendo:

— é com você que eu quero falar!

Botou o dedo no meu peito dizendo:

— eu exijo que termine com o Gustavo agora mesmo!

— porque eu faria isso?

—Porque eu estou a esperar um filho dele!

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