capítulo 16

Marisol

Chegamos em casa um pouco cansado da viagem, cumprimentamos a todos, a mãe do Gustavo muito carinhosa e educada como sempre, o seu pai é mais reservado, chegamos de mãos dadas para mostrar um pouco de afeto entre o casal.

Antes de chegarmos em casa eu agradeci-o muitíssimo, pois está a fazer tudo por mim, jamais imaginei que uma pessoa que conheci a tão pouco tempo poderia ser tão especial e amigo a ponto de defender-me como se fosse um verdadeiro irmão de sangue.

Diante de tanto cuidado e proteção eu pedi-lo para sermos amigos, disse que ele poderia contar comigo sempre que precisar, assim como eu estou a contar com ele, também quero ser útil para ele.

Mas já estou arrependida porque que eu pedi para sermos amigos ele mudou completamente comigo quer fazer tudo o que amigos fazem e eu sou um pouco tímida.

Creio que não posso ajudá-lo em nada, em que ária eu seria útil para ele? Pois, tem tudo que precisar e todos que possa ajudar-lhe. Não importa simplesmente deixei claro que sou grata a ele por tudo.

Chegamos já estava escuro, a sua mãe brincou.

— o dia foi longo para vocês, mas divertiram-se?

— Sim,dia foi perfeito.

— foi ótimo, mas estamos um pouco cansados vamos subir tomamos um banho e depois descemos para jantar.

— claro, meus amores vai lá, fica a vontade eu e o seu pai estávamos a assistir filme até o jantar ficar pronto, depois terminar o banho junte-se a nós.

—obrigada! Mas o filme Nós deixamos para vocês dois vamos descer na hora do jantar.

Eu subir as escadas com ele, chegamos na porta do seu quarto eu parei, ele olhou-me.

— não vai entrar?

— Gustavo eu vou tirar toda a sua privacidade, será que se eu tomar banho em outro lugar os seus pais vão desconfiar de algo?

—Marisol entre por favor!

Não questionei entrei vir que as minhas coisas não estava, mas espalhadas no seu quarto, com certeza a Fábir já havia arrumado todas.

— Marisol acha mesmo que a mamãe não perceberia se você tomar banho e se arrumar em outro quarto? Por que pensa que eles estão aqui na nossa casa? Eles vinheram conhecer-te e ter certeza se realmente eu estou casado.

— Tem razão.

— o meu pai esperou que eu me casasse desde que eu entrei na idade adulta, eu sempre lutei contra esta ideia com unhas e dentes, e do nada eles descobriram que eu estou casado. Nós temos que passar mais verdade possível, se eles descobrirem ser falso o nosso casamento vão ficar magoados.

— vou me empenhar não quero magoar seus pais.

— este é o sonho da vida deles, eu embarquei nesta ideia para te ajudar e também ver se eles param de me importunar para casar‐me e se eu me lembro bem, me pediu para ser seu amigo. Amigo são para estas coisas, e já que somos amigos vamos deixar de formalidade não concorda?

Não sei o que lhe responder agora, mas sei que ele tem toda a razão.

— desculpe-me, tem toda a razão.

Ele agora tira a camisa e tirar a sua calça eu assustada tampo os meus olhos e o interrompir.

— o que está a fazer?

— vai dizer que nunca viu um amigo seu de cueca?

Eu nunca fui de gaguejar, mas agora eu gaguejei pela primeira vez, Mas para ficar pior ele fez mansão de tirar a sua cueca.

— aí não! Ver o amigo de cueca tudo bem, mas pelado!

Ele rir descontroladamente com aquela situação.

— eu amo ver a sua cara de assustada.

— para com isso Gustavo entra logo neste banheiro.

 Enquanto isso, eu entro no closet fiquei maravilhada com tamanha perfeição, as minhas roupas, sapatos, bolsas, acessórios estavam todas catalogadas e arrumadas de um lado e o do outro lado estava as coisas Gustavo.

Sinto um cheiro gostoso que exalava dentro do closet, é o cheiro do Gustavo o seu cheiro é inconfundível, pense no homem cheiroso! Eu não sei nem como descrever é refrescante e, ao mesmo tempo forte e um pouco madeirado.

Saio do meu devaneio pego o look que irei vestir esta noite, pego tudo que irei precisar. Para não encomendar o Gustavo irei arrumar-me no banheiro mesmo, viro-me para sair do closet choquei-me com ele.

—me desculpas!

Sair dali rapidamente, só ouço o barulho da sua risada.

Tomei um belo banho, arrumei-me, passei uma maquiagem bem leve, basicamente a base e o pó e fiz um leve contorno. Ao sair já pronta do banheiro, o Gustavo esperava-me com na sua cama e com o computador portátil na sua mão, creio que trabalhava, ele tira a atenção do que estava fazendo, olhou-me.

— está linda.

Eu fico um pouco sem graça pois, não sou boa com elogios.

— vai ter que se acostumar, eu sou assim com as minhas amigas, elogio todo o tempo.

— não é isso, é que eu não sou boa para receber elogios, fico sem graça e não sei como reagir.

— terá que se acostumar com elogios, tem um rosto único, lindo a maioria das pessoas vão elogiar-te.

— eu gosto de ser elogiada, eu só não sei reagir.

— é só olhar com confiança para a pessoa com um sorriso no rosto e diz obrigado.

—falar é fácil, mas vou tentar obrigado, vamos descer.

Descemos e quando estávamos perto da sala de jantar, ele simplesmente abraça a minha cintura eu não questionei, chegamos e sentamos. Dona Sarah e o senhor Estêvão ja estavam na mesa.

Começamos a jantar eu sempre conversando e rindo, o Senhor Estêvão e dona Sarah seguram as mãos um do outro.

— temos um pedido sério para fazer ao casal.

O Gustavo demonstrou certa preocupação

— pode falar se podemos ajudar

O senhor Estêvão tomou a palavra, então muito sério ele começou a discursar.

— filhos já estamos com a idade avançada, podemos morrer a qualquer hora, e você Gustavo é o nosso único filho, antes de morrer temos um único objetivo que não foi alcançado, eles pegaram a minha mão que estava na mesa e começou a falar:

— filha promete algo para nós?

— eu estava supercomovido como eu poderia negar e não prometer.

— pode falar dona Sarah.

— mas tem que me prometer filha.

— mãe eu conheço-te, eu sei como é o seu drama, o que foi?

— Gustavo deixa ela falar.

— obrigada filha, mas promete para mim.

Então eu totalmente comovida com aquela situação vendo Dona Sara ali praticamente implorando por uma promessa é óbvio que eu não ia negar.

— eu prometo dona Sarah, o que foi?

— dá um neto para nós antes de morremos.

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