Capítulo 5

Gustavo Rangel

Ao ver a Virgínia arrastar a garota da cama e tentar agredi-la, ela ainda era medicada, fiquei furioso.

— tira a mão dela, ficou louca! Ela não tem culpa de nada, não deixarei que a machuque, ela é filha do Ricardo! E tem total direito a herança do pai.

Então ela olhando-me totalmente fora de si, gritando para eu compre uma briga que não é minha e teve a coragem de ameaçar-me. Sinceramente pergunto-me como o meu amigo aguentou ficar alo lado dessa psicopata por este tempo?

Quando ele teve Certeza que não ia conseguir nada no grito como uma louca então mudou de estratégia.

— Já que é mesmo filha do meu marido queridinha, e ele não está mais entre nós, agora é minha responsabilidade, está resolvido vai morar com a sua madrasta.

— nunca! O Ricardo implorou-me para que em hipótese alguma deixasse ela a mercê de você.

— Mas como a garota é de maior pode responder por si só, então ela decide, querida eu sou a esposa do seu pai, quer morar comigo ou quer ficar com o Gustavo?

— Virgínia você é muito sem noção! Acha mesmos que depois desse ‘show’ que deu a garota vai com você?

— Gustavo por favor fica em silêncio e deixa a garota escolher! Querida considera que eu estou nervosa com tantos acontecimentos inesperados.

A garota com um pânico visível no olhar, olhou para mim, parece pedir aprovação para falar.

— Eu irei com o senhor Gustavo.

— miserável! Filhote de rato, nunca lhe darei nada, não terá uma mísera mo3da desta herança.

— isso mesmo mostra quem você é, nós veremos se a garota terá ou não a parte dela, na herança.

— o que quer com ela? Quer o dinheiro do meu marido?

— eu penso que está a ser pouco idiota, pois o meu património é mil vezes maior do que o património do Ricardo.

— então diga-me porque tanto interesse nessa maltrapilha?

— quer mesmo saber? Eu vou casar-me com ela, foi o último desejo do meu amigo, e eu vou cumpri-lo.

Ela rir descontroladamente parecendo uma louca e começou a falar algumas palavras ao meu respeito para amedrontar a garota.

— pobre de você garota, antes tivesse vindo morar comigo, seria menos cruel para você, com esta cara de sonsa, indefesa ele vai fazer você se apaixonar, tenho certeza que é imatura, inexperiente e boba, um dia ele vai enjoar de você, como ele sempre faz.

— Isso não desrespeito a você Virgínia.

— Tem mais garotinha mulher para ele é um brinquedo, quando aparece um lançamento novo, ele joga o antigo fora, e eu estarei aqui lhe esperando para esmagar você, como se fosse um inseto, eu nunca pude ser feliz com o meu marido devido a você e da sua maldita mãe.

— não ofenda a minha mãe!

— Sinceramente irá pagar com este homem tudo que a sua mãe fez comigo, vai chorar muito, vai sofrer.

Eu pego a Virgínia pelo braço e a coloco para fora do quarto ao abrir a porta e expulsá-la percebi que havia algumas pessos escutando do lado de fora.

Olho para a garota que já estava em pânico e com os olhos cheios de lágrimas.

— este é o motivo garota que terá que se casar comigo. E por favor não dê ouvidos as palavras da Virgínia, eu me casarei com você por contrato, não será um casamento de verdade, não vou tocá—la.

— Não se preocupe senhor não irei cobrar nada.

— Só peço que enquanto estivermos casados não fique com outra pessoa, eu sou uma pessoa pública, não quero o meu nome em fofocas, mesmo que não revelaremos para o público arrespeito do casamento, mas as pessoas próximas vão saber, é inevitável.

— está tudo bem, eu não tenho nenhuma pessoa na minha vida, e também será por pouco tempo, três anos passam rápido.

Encerramos o assunto quando o médico entra na sala.

— está liberada Marisol, tem alguma irmã ou mãe sua, para te ajudar?

— não tem, mas não precisa eu posso fazer tudo sozinha.

Eu olhei para o médico, mas já estava com muita raiva dele.

— eu posso ajudá-la doutor não se preocupe.

— é para ajudá-la se vestir senhor.

— eu a ajudo! Como eu disse é a minha noiva, nada que eu não tenha visto antes.

Ela olhou-me rapidamente, um pouco assustada.

— é só isso? Ou tem algo mais Doutor?

— é só isso, boa sorte! Marisol.

— Obrigado doutor, foi muito gentil.

Para tirar aquela tenção e medo dela, faço ela ficar confortável.

— não se preocupe não vou olhar, lhe ajudarei com os olhos fechados.

Eu pego as roupas que ela irá vestir e coloco na cama, ela está com a mão machucada por isso não pode se vestir sozinha, eu encosto na cama, desato o laço da roupa que ela estava, ela fica vermelha de vergonha.

— relaxa ficar calma.

Pego o vestido que ela irá vestir e colocar no meu ombro, viro o meu rosto para o lado e puxo a roupa hospitalar, depois pego o vestido abro os botões, não tive como não olhar, ela estava sentada e eu em pé na sua frente, olhando de cima do meu ângulo, vir um pouco dos seus seios que era lindo.

Viro o rosto novamente para o lado e coloco o seu braço no vestido, depois coloco o outro braço ainda com o rosto para o lado junto as duas partes do vestido para los abotoa.

Ela segura-os com a mão, eu abaixo na sua direção para fechar os botões. Agora o silêncio predomina, eu olhei para o seu rosto, e vir a beleza do seus olhos bem azuis ela tira o seu olhar do meu rapidamente, eu termino de abotoar o seu vestido a coloco na cadeira de rodas.

Levo em direção ao meu carro o motorista nos espera com alguns pertences na mão.

— senhor os pertences da garota foram recuperados, e o juiz seu amigo estará a fazer o seu casamento pela manhã bem cedo e o contrato está aqui já pronto o seu advogado pediu para lo entrega.

— Obrigado Lourenço!

A garota tenta levantar para entrar no carro mas ainda está fraca e não consegue.

— não tente em vão! Está fraca.

Pego no colo e a coloco no banco de trás, ela agradece em lágrimas.

— está tudo bem?

— Está sim, eu lamento muito, não quero ser peso para ninguém.

— limpe estas lágrimas, garota, não seja fraca! E todos tem um dia mal, hoje é você, amanhã pode ser eu, o importante é não deixar as circunstâncias de derrubar, seja forte, pare de chorar.

Chegamos na mansão onde moro peço ao motorista para levar as coisas dela, para o quarto próximo ao meu, eu a pego no colo novamente, entro com ela, a mesma olha para todo o lugar com curiosidade, eu a levo para o quarto e peço que durma e que esteja pronta para amanhã acordar bem cedo, ela concorda me agradece.

Vou para o meu quarto tomo um banho e penso que dia longo, olho no relógio e já marcava duas horas da madrugada, deito-me, pois, logo cedo vamos assinar os papéis do contrato de casamento e depois vamos para o velório do meu amigo.

Amanhece eu mal consigo dormir, penso no meu amigo Ricardo que se foi tão cedo, lembro da sua filha, então levanto, arrumo-me e desço. Todos já me esperava, dou um bom dia a todos e os agradeço pela presença, o advogado, o meu amigo o juiz de paz, dois chefes da minha equipe de segurança, para ser testemunhas.

A minha segunda mãe a Nana não havia chegado, eu agradeço, eu sei que ela irá fazer um grande interrogatório.

Subo para ver se a Marisol estava pronta, bato na porta e abro em seguida, ela estava sentada na cama, der repente fica de pé.

Se parece com uma boneca, com um vestido, simples que a deixava linda, mas muito infantil tem rosto de menina e corpo de mulher.

-—Esta bem garota?

— estou bem senhor, obrigada.

— se vamos nos casar não precisa ser tão formal comigo, chame-me Gustavo, pode ser garota?

— Sim, Gustavo.

Eu vou pegá-la no colo para descer as escadas ela recusa.

— não precisa Gustavo eu estou bem, posso andar não se preocupe.

Chegamos na sala todos a olha, e eu sei, que é devido à sua imagem de menina, sentamos na mesa o juiz começou a falar.

— Gustavo qual a idade da garota?

— Não se preocupe ela tem dezoito anos.

Fizemos todos os trâmites legais e assinamos o contrato e o juiz confirmou a união civil.

Todos se vão, a garota fica sentada.

Eu digo para ela sentir-se em casa, então ela se levanta e vai para a cozinha, creio que está a fazer algo para comer, ontem foi o dia de folga da Nana e de todos os empregados, não tinha comida pronta.

Depois de um tempo ela vem até mim.

— Gustavo quer tomar café?

Quando eu ia responder, às mulheres que trabalham na mansão estava a chegar, a Nana também, ela vem na minha direção olha para a garota, e abraça-me e beija o meu rosto.

— como vai meu filho?

— Estou bem Nana.

Ela olha a garota novamente.

— tudo bem criança?

— estou bem! E a senhora como esta?

— estou muito bem criança, quem é ela Gustavo?

— é minha esposa Nana.

— o quê! Ficou doido? Casou com uma menina? Você está a brincar comigo.

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