Capítulo 4

MARISOL

Estava-me sentindo tão sozinha, a dor era enorme naquele quarto de hospital sem ninguém, eu percebi que eu era a pessoa mais azarada da terra, agora sinceramente estou com medo de apegar-me alguém é perdê-la também, só me resta mesmo lágrimas para chorar.

O médico entrou eu ainda estava a chorar tento disfarçar, ele faz algumas perguntas pessoais, perguntou se estou sozinha, porque não tinha ninguém nem para fazer a minha ficha.

Agora entra o mesmo homem do local do acidente, o amigo do papai, ele adentrou as portas, imponente, autoritário.

 — ela não está só, eu estou aqui sou o seu noivo.

Eu não consigo disfarçar o meu susto, o médico pela cara, também ficou surpreso, creio que pela diferença de idade, eu tenho 18 anos, mas pareço ter menos, o meu rosto é bem jovial, porém o meu corpo é de mulher e aquele homem, parece ter uns 33 anos.

Eu sair dos meus pensamentos, com a pergunta que o homem fez para o médico.

— doutor como está a Marisol? Tem alguma lesão grave?

— ela está bem não se preocupe, hoje mesmo será liberada.

O médico olhou para o prontuário na sua mão e creio que ainda desacreditado.

— eu não tenho muita informação sua Marisol, qual a sua idade?

— tenho 18 anos,

 o Gustavo interrompe o interrogatório do médico com um tom de arrogância.

— essas perguntas são irrelevantes, qual serventia tem para a saúde da Marisol?

— eu preciso saber tudo sobre o paciente senhor é o protocolo.

-Doutor que horas ela irá receber alta?

— Daqui a pouco só espera o medicamento acabar, vou deixá-los a sós, com licença.

Então o homem arrastou uma cadeira para perto da cama eu estava tensa e pensando será que este hom vai mesmo cumprir o desejo do papai?

— Marisol eu sou o Gustavo Rangel amigo do seu pai, ele confiou-lhe a mim, pediu para eu me casar com você, para proteger dos ataques da sua madrasta, farei um contrato de casamento, e assim que estiver pronto nos casaremos.

— Senhor Gustavo, eu agradeço pelo que faz por mim, mas eu não vou casar-me com o senhor, eu não vou brigar por herança nenhuma, eu sempre sobrevivi com pouco, não é agora que vou mudar a minha vida drasticamente devido a uma herança, se ela quiser pode ficar com tudo, hoje mesmo estarei a voltar para minha cidade.

— Marisol, não é assim que funciona, agora o mundo conhece-te, a filha ilegítima do milionário Ricardo Fabrine, ainda que você, não queira esta herança tem foto sua, em todos os jornais, a Virgínia vai perseguir-te...

Antes que ele terminasse de falar eu interrompo-o.

— Virgínia Telles Fabrine.

— Sim, ela mesmo.

— a nossa ela é linda eu gosto dela!

— quando você a conhecer mudará de ideia ripidinho. Aquela imagem da mulher perfeita que é apresentada na midia esta longe de ser verdade. Ela fica longe de erros que possa afetar a sua imagem que todos veneram, e se ela negar dividir a herança do Ricardo com a única filha dele, esta imagem que ela demorou tanto anos para conseguir irar por água a baixo, ela vai preferir lidar com você no oculto, ainda que abra mão da herança, a sua existência é uma ameaça para ela.

Assim que ela acabou de falar, entra a Virgínia no meu, quarto gritando

— maldita! Matou o meu marido! Mas vai se arrepender de ter cruzado o nosso caminho.

Fui totalmente surpreendida ela pegou o meu braço com força Quando iria me arrastar o senhor Gustavo tirou as suas mãos de mim.

— para com isso! Ficou louca Virgínia? Ela não tem culpa de nada se afaste da garota agora mesmo.

Não deixarei você tocar na filha do Ricardo, entendeu?

— se você pensa pilantra, que ficará com um centavo do que é meu está enganada.

Eu não consegui pronunciar palavra nenhuma só chorava, o medo tomou o meu ser e me fez ficar paralisada.

— você que está enganada Virgínia, tudo que o Ricardo possui ela tem direito como a sua única filha e Herdeira, e você sabe disso como ninguém.

 — não compre uma briga que não é sua, Gustavo ou eu vou esmagar-lhe também. Sabe muito bem que posso pisar nesta garota como um inseto.

— Tem certeza que está-me a ameaçar Virgínia? E saiba que a garota esta muito bem protegida, está garota agora é minha, se tocar nela, enfrentará a minha fúria e garanto-lhe que não será nada bom.

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