Nem dente você tem

BEL: Que desculpa que nada, você já viu que horas são Giorgio? Você acordou mais cedo, a Cris não está atrasada

GIORGIO: Você tá muito petulante Bel, vou te levar pro porão pra termos uma pequena conversa

BEL: Só tente, hum, uma hora dessa (ele me encara e sai irritado)

AYLA: Menina, como você tem coragem?

BEL: Ele tem que me respeitar, eu vi esse menino crescer, apois viu

CRIS: Mas também ele só respeita você e os sogros mesmo, porque o resto

BEL: Um dia ele muda e volta a ser o menino que era antes da morte dos pais

AYLA: Tomara

CRIS: Tomara

AYLA: Ih, minha criança acordou, vou lá (saio passando pelo chefe que está na mesa esperando o café com uma cara de cão, nem digo nada e sigo direto) Oi meu tesouro, como faz pra acordar linda assim em? Vamos trocar essa fralda e tomar um leitinho bem gostoso? Sim? Aí meu Deus que sorrisinho tão gostoso, você já me ouve conversando com você não é? Com certeza sua mamãe ia ser derretida por você assim como eu sou.

GIORGIO: Do lado de fora eu escuto aquela doida conversando com a menina, parece uma débil mental, como uma criança daquele tamanho pode entender alguma coisa? Continuo lá ouvindo as maluquices daquela criatura até ela sair de repente e me pegar no flagra na porta

AYLA: Ai Cristo, que susto senhor

GIORGIO: Eu... É... estava passando pro meu quarto

AYLA: Oh meu Deus... por favor pegue ela aqui (falo já entregando a menina)

GIORGIO: O que? Não... eu não sei (tento afastar)

AYLA: Por favor senhor, é urgente, eu preciso ir ao banheiro

GIORGIO: E porque essa urgência? (pego a menina sem jeito todo torto)

AYLA: TPM... preciso entrar em detalhes?

GIORGIO: Não... se apresse e desça pro café e pra alimentar a criança

AYLA: Vida, o nome dela é VI-DA... E ajeite aqui a cabecinha dela (ajeito a menina) Cuidado com as escadas (entro no quarto correndo)

GIORGIO: Hum... É mesmo uma insolente... E você (sorrio) É a cara de sua mãe... mas tem os meus olhos, como eram os do meu pai... que foi, porque esse risinho? Você não vai me comprar sorrindo assim... nem dente você tem (desço as escadas)

BEL: Ora, ora

GIORGIO: Tome ela (tento entregar)

BEL: Estou trabalhando querido, segure a menina

GIORGIO: Você não tá fazendo nada Bel

CRIS: Me ajuda a por a mesa Bel?

BEL: Viu, estou trabalhando... A propósito, porque está com ela?

GIORGIO: A babá me obrigou

BEL: A Ayla merece uma prêmio... obrigando o grande Bianchi a fazer alguma coisa

GIORGIO: Foi uma emergência, ela precisava ir ao banheiro

BEL: Tá bom, seja como for... olha, até que você sabe segurar... Minha linda, porque está olhando com tanta admiração pra um chato como esse? (acaricio o rostinho da bebe)

GIORGIO: Olhando com admiração? Ela nem sabe o que é isso

BEL: Assim como ela não sabe que a mãe morreu, por isso não tem culpa nenhuma (falo e saio, o deixando constrangido)

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