capítulo 17

Ângela.

"Senhor Smit",ele é daquele tipo que finge ser o que não é,porque na verdade quando conheci ele a primeira vez,eu pensei ele é só um idiota burro! Mais ele é educado,charmoso e também cuidadoso ,pois a forma que ele cuidou do meu pé com delicadeza me fez enxergar ele com outro olhar.

O olhar dele ainda tem segredos,mais eu sei que logo vou descobrir,afinal vamos passar muito tempo juntos.

Quando ele me apresenta a Smit empresa,fico tão emocionada porque está numa empresa como essa e sendo funcionária me deixa nas nuvens.

Claro que eu queria mesmo era conhecer o senhor Leon Smit ,o pai do senhor Smit,porque ele é magnífico nos seus modelos.

Mais ele me apresenta o Rodrigo mais conhecido como Dinho,eu fiquei assustada pois ele não parece nada calmo,e algo me intriga ,pois a forma que ele trata o senhor Smit é estranha parece que ele é um garoto irresponsável.

Mais depois que conheço o Dinho ao passear em cada canto da Smit,vejo que ele e o senhor Smit são ótimos amigos ,pois o Dinho me fala como ele conheceu o senhor Smit.

— o Tadeu era um fera na contabilidade,ele sempre foi bom,mais eu não,mais ele sabia que eu precisava de um emprego,afinal tento a cor que eu tenho e sendo filho de uma faxineira, não que eu não goste ,pois tenho muito orgulho da minha mãe,que trabalhava em vários empregos só pra poder paga a minha faculdade.

— infelizmente o mundo dos que tem dinheiro, é preconceituoso.

— mais o Tadeu não,se eu conseguir terminar a minha faculdade foi por causa dele ,pois a minha mãe ficou doente e eu não podia mais pagar então ele foi lá e pagou, e ainda ajudou minha mãe quando eu mais precisei.

— eu gosto do senhor Smit,ele as vezes só precisa de um beliscão.

Digo sorrindo e o Dinho me encara em silêncio por um estante e depois diz:

— o Tadeu é um pouco complicado, Ângela vilela,mais se quer mentir quem você é ok,eu não digo nada,mais o meu amigo sofreu demais na vida, não por conta do amor mais sim por perder a mãe,ele se culpa e isso apaga o Tadeu que acabei de descrever a você, não faz essa cara de assustada ,acha mesmo que eu não reconheceria a filha de Linda vilela? O Tadeu nunca esteve nesse mundo da moda ,assim ele nem sabe quem é Linda Vilela ou Flávio Rodrigues.

— desculpa Dinho,mais eu só quero consegui algo sem precisar usar os nomes dos meus pais.

— eu entendo você,mais eu também não sou burro e vejo que está brotando sentimentos aí dentro pelo o Tadeu.

— nada disso!

— ok,pode tentar se engana ,mais de amor querida eu entendo ,e sei que o meu amigo precisa disso de "amor" ,e se esse amor for você que ele precisa, não desista dele.

— eu adorei os tecidos ,pode mandar todos esses ,preciso encontrar o senhor Smit ,precisamos voltar.

Droga ,eu nem conheço esse Dinho direito e quem ele pensa que é pra dizer que eu sinto algo pelo o senhor Smit,que inferno desse pé também ,eu só quero sair daqui!

E quando ando mais um pouco vejo ,ele o senhor Smit saindo furioso de uma sala ,que ele bateu até a porta com raiva ,e está vindo agora na minha direção.

— já escolheu os tecidos,pois precisamos ir.

Ele está furioso e sério,e sai na frente me deixando pra trás ,ele esqueceu que estou mancando?

— senhor Smit, dá pra me esperar!

— desculpa eu só quero sair daqui!

— ok! Eu também quero,e eu escolhi todos os tecidos necessários.

— ótimo,pois vamos direto para o aeroporto!

Eu paro e penso ,droga minha mãe pediu que eu fosse ao abrigo,sabe aquele que ela me deixou,pois é apesar dele me fazer lembrar de quando eu fui abandonada por ela,eu gosto das crianças de lá,e sempre levo brinquedos pra elas.

— senhor Smit eu sei que quer ir embora mais será que pode me leva ,num lugar?

Ele passa a mão no rosto,e tenho certeza que ele está contando até dez nesse momento.

— eu juro que será rápido, é porque prometi a minha mãe,que eu iria lá,quando ela me ligou ontem.

Ele abre a porta do carro e manda eu entrar,e eu estou aqui pensando ok,vamos pro aeroporto,mais ele entra coloca o cinto e diz.

— onde fica esse lugar eu te levo lá.

Eu dou minha piscada da alegria, e meu sorriso maravilhoso,e digo pra ele onde ele tem que ir mais antes preciso ir em um lugar primeiro.

— loja de brinquedos?

— sim senhor Smit, não posso aparecer lá de mãos vazias ,vem preciso da sua ajuda pois meu pé ainda doe.

Ele respira fundo mais vem comigo ,e acho que ele nunca comprou presentes a alguém,ele coloca tudo ,qualquer coisa dentro do carinho ,ele nem olha o preço,será que ele esqueceu que eu que vou pagar? E meu pai me deu o meu cartão de volta mais ele tem limite.

— pronto,já chega tem muito brinquedo aqui.

Diz ele empurrando o carrinho para o caixa.

— claro que tem ,duvido se você sabe quando custa um brinquedo desse?

— não importa! Deixa que eu pago!

— nada disso!

Seguro a mão dele mais ele é tão chato, que parece que está com raiva que bate na minha mão e diz:

— eu pago!

E assim ele paga ,e coloca tudo no porta mala. E ainda abre a porta pra mim,e dirigir calado até o abrigo ,quando chegamos ele desce em silêncio e pega as coisas ainda calado.

— obrigado senhor Smit,e desculpa incomoda você com isso,mais prometo que será rápido, eu juro...

E infelizmente já é noite ,e nosso dia foi maravilhoso,eu pensei que ele iria odiar ficar aqui no abrigo mais ele brincou até com as crianças e foi engraçado ele jogando bola com os meninos,a tia Dulce gostou dele,e sinceramente eu também gosto dele e da forma que ele me olha agora quando abre a porta do carro.

— vamos antes que a chuva aumente.

Diz ele com a mão na porta do carro,e eu entro pois ele tem razão está chovendo,e parece que vai piorar.

— a chuva está aumentando,quer mesmo ir agora pro aeroporto,pegar um avião com essa chuva toda?

Eu pergunto pra ele ,que mal consegue dirigir nessa escuridão toda e com toda a chuva forte caindo lá fora.

— podemos voltar pro meu apartamento,e amanhã cedo vamos embora.

Seguro no braço dele e digo.

— por mim tudo bem,eu só preciso de um banho quente e uma cama ,as crianças gostaram de você.

Ele sorrir ,e como esse sorriso dele é bonito.

— uma das crianças me disse que você já morou lá.

Ele me diz isso e eu respiro fundo!

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