Capítulo 13.

Um mês depois...

A Naysla já está no sexto mês de gestação, faltando apenas duas semanas para ir para o sétimo. A barriga dela já estava enorme. O Leon já havia apresentado o irmão para ela. O Alex ainda continua procurando por ela, até que a procura acabou. Ele viajou para Toronto, como só era uma hora de viagem, ele chegou rapidinho e pediu um táxi. Foi para o endereço que o detetive deu para ele. Por coincidência ou não, a Naysla tinha acabado de chegar de mais uma consulta com a obstetra. Quando ela viu ele, ela ficou pasma. Ela desceu do carro e ele foi até ela. Ele ficou olhando para a barriga dela sem dizer nada, até que ele falou:

— Alex: Naysla.

Alex.

— Naysla: Alex.

O clima entre eles ficou um pouco tenso. Nenhum dos dois conseguiu falar nada.

— Naysla: Eu soube que você andava me procurando. Para quê? - fala com o tom de voz frio.

Nessa situação, o Alex não soube nem o que falar.

— Alex: Nós precisamos conversar.

Naysla ficou olhando para ele em silêncio e alguns minutos depois ela disse:

— Naysla: Tudo bem, aqui perto tem uma lanchonete.

— Alex: Vamos.

Eles entraram no carro em que Alex estava e foram para uma lanchonete ali perto. Chegando na lanchonete, eles desceram do carro e se sentaram em uma mesa, e o garçom foi até eles. Eles pediram dois sucos e o garçom se retirou.

— Naysla: Dá para você me explicar o que você quer comigo?

— Alex: Meu amor, me perdoa. Volta comigo, vamos criar nosso filho juntos.

Naysla não estava acreditando no que estava ouvindo. "Esse homem, sem dúvida nenhuma, é um cara de pau. Isso é o cúmulo, depois de tudo que ele fez", pensou.

— Naysla: Nossa filha, Alex. É uma menina. Você só pode estar de brincadeira com a minha cara. Alex, sabe quando eu vou voltar com você? Nunca.

— Alex: É por causa daquele médico, não é?

— Naysla: Não, Alex. Não é por causa dele, e sim porque eu tenho vergonha na cara. Eu não vou ficar com um homem que, quando descobriu que você estava grávida, nem sequer pensou em mim, no que eu estava sentindo. Você passou a noite com outra mulher e mandou eu escolher entre você e a minha filha. E pelo simples fato de eu escolher a minha filha, você tirou tudo que eu tinha por capricho.

— Alex: Naysla.

— Naysla: Eu ainda não terminei, Alex. Você me colocou na rua sem saber para onde ir, com uma mão na frente e outra atrás. E agora, porque você se arrependeu, eu vou voltar com você e fingir que nada aconteceu? Sendo que você nunca quis esse bebê. Quer saber? Eu estou muito melhor com a minha filha longe de você, Alex. A gente não precisa mais de você. Quando a gente precisou, você não entendeu. Deu as costas. Agora que a gente está bem, você quer fazer parte da nossa vida. Já é tarde demais. Não tem mais espaço para você na minha vida, não como homem.

Alex, você tinha todo o meu amor. A nossa vida era perfeita, nós éramos muito felizes juntos, mas você decidiu jogar tudo no lixo. Agora, eu que não quero mais você na minha vida. - deixa cair uma lágrima - Agora, você que escolhe o que você quer da sua vida, porque você não tem mais nenhuma chance comigo.

O garçom interrompeu-os, e a Naysla enxugou as lágrimas e agradeceu. O garçom serviu os sucos e se retirou. A Naysla tomou um gole do suco e continuou falando.

— Naysla: Era só isso que você queria ouvir? Eu espero que você esteja satisfeito.

— Alex: Meu amor, me desculpa, eu não sabia que...

— Naysla: Não sabia o que, Alex? Você tem 26 anos, não é mais nenhuma criança, sabe muito bem o que é certo ou errado. Eu só vou dizer uma coisa: não me procura mais.

— Alex: E o bebê?

— Naysla: Não seja cínico. Você nunca se importou com ela. Você queria que eu abortasse a minha filha, se lembra?

O Alex ficou calado.

— Alex: Eu sinto muito.

— Naysla: O problema é seu, Alex. Quer saber de uma coisa? A minha filha foi a melhor coisa que você me deu. Eu não me arrependo das minhas escolhas.

— Alex: Não, eu posso pelo menos ver minha filha quando nascer.

Naysla realmente não esperava por isso.

— Naysla: Na última vez que nós entramos em um acordo, você me enganou, Alex. Eu não confio em você e, para falar a verdade, minha filha não merece ter o seu sobrenome.

— Alex: Eu tenho direito de registrar minha filha.

Naysla sorriu.

— Naysla: Eu vejo cada coisa na minha vida. Direito na hora de querer abortar, não tinha direito de registrar, agora tem. É cada uma que me acontece, que eu estou precisando me benzer.

— Alex: Então você vai deixar ou não?

— Naysla: Claro, quando ela nascer. Por enquanto, eu não quero que você chegue perto de mim. Essa é a condição para você registrar a sua filha.

— Alex: Tá certo. Quando você voltar para Nova York.

Naysla sorriu como se tivesse contado uma piada.

— Naysla: Você só pode estar brincando. Eu não vou embora daqui e vou continuar morando com o Leon. Então, se você quiser ver a sua filha, venha aqui. É só uma hora de viagem.

— Alex: Você só pode estar brincando comigo.

— Naysla: Não, Alex, eu não estou brincando de forma nenhuma. Eu vou colocar todas as cartas na mesa e se você quiser jogar, vai ser do meu jeito. Se não, vai catar coquinho bem longe de mim e da minha filha.

Alex não disse nada.

— Naysla: Em primeiro lugar, eu não vou embora daqui de jeito nenhum. Enquanto eu quiser e o Leon também, eu vou morar com ele. E quando a minha filha nascer, ela também, você gostando ou não. E se você quiser ver a sua filha, vai ser aqui em Toronto. Eu não sinto vontade de voltar para Nova York, então vai ser desse jeito. É pegar ou largar. Eu não vou dar outra oportunidade.

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