Capítulo 06.

— Homem: Esse comprovante é apenas um recibo de compra genérico que se encontra na internet. A senhorita foi enganada. Não se compra uma casa pela internet, muito menos se assina os documentos. Vejo que você deu uma boa entrada.

O homem sorriu para ela, enquanto Naysla o olhava desesperada, sem saber o que fazer e para onde ir, pois todo o dinheiro que ela tinha recebido do seu ex-chefe e do Alex foi gasto na viagem e na casa. Ela não tinha dinheiro para mais nada, estava em um lugar que não conhecia, sem ninguém e sem dinheiro. Ela poderia pedir ajuda ao Alex, mas não tinha coragem de ligar para ele. Vendo ele sorrir, ela ficou com raiva e falou:

— Naysla: Pode parar de sorrir, moço. Estou desesperada, não tenho mais dinheiro para voltar para minha cidade, nem para pagar um hotel. Além disso, estou grávida. Me ajude, não sei o que fazer.

O homem, que antes sorria, agora ficou sério e olhou para ela. Na sua cabeça passaram muitas coisas, mas ele levou em consideração que ela falou que estava grávida.

— Homem: Você está grávida?

— Naysla: Sim, de três meses.

O homem olhou para ela e ficou um pouco pensativo.

— Homem: Bem, você pode ficar aqui por enquanto, se não se importar em ficar com um homem desconhecido.

Naysla não podia negar que estava um pouco com medo, mas ela resolveu aceitar, já que não tinha outra saída.

— Naysla: Não tem problema.

— Homem: Certo, e não demora muito para dar um jeito nessa situação.

O homem ajudou-a com as malas. Quando Naysla passou pelo portão, o jardim era igual ao da foto. Os seguranças foram até o homem e ele pediu para eles levarem as malas dela para o quarto de hóspedes. Ele disse para ela:

— Homem: Olha, eu não posso ficar mais e já estou muito atrasado. Se você precisar de alguma coisa, fale com a Íris, a governanta da casa. E por favor, estou confiando em você, não abuse da hospitalidade.

— Naysla: Está bem.

O homem saiu em direção ao portão, e ela ficou no meio do jardim, olhando. Ela caminhou em direção à casa.

— Naysla: Esta casa é muito bonita.

Ela entrou na casa e se sentou no sofá da cozinha. Aproximou-se uma mulher por volta dos seus 35 anos.

— Mulher: Bom dia, senhorita. Deseja alguma coisa?

— Naysla: Bom dia, não, obrigada.

— Mulher: Então você é a moça a quem os seguranças levaram as malas para o quarto.

— Naysla: Sim.

— Mulher: Muito prazer, eu sou a Íris.

— Naysla: Prazer, Naysla. O moço vai demorar muito para chegar?

— Íris: Quem, o Dr. Cavalieri? Como a Naysla não sabia o nome dele, apenas confirmou.

— Naysla: Sim.

— Íris: Ele chega mais ou menos às 5:30 todos os dias.

— Naysla: Entendi.

— Íris: Você quer conhecer a casa?

— Naysla: Não, está tudo bem, eu fico aqui mesmo.

Naysla preferiu que o dono da casa mostrasse para ela quando ele chegasse.

— Íris: Tudo bem, precisando de algo é só me chamar, estou na cozinha.

— Naysla: Está bem.

A Iris foi para a cozinha e a Naysla ficou no sofá. Ela tentou ligar novamente para a imobiliária e a corretora, mas não obteve sucesso. Ela passou o dia indo do quarto para a sala, tentando falar com a imobiliária e a corretora. Na hora do almoço, o homem não foi almoçar em casa. A Naysla estava muito mais tranquila, pelo menos por enquanto, mas ela tinha que dar um jeito de voltar para Nova York ou até mesmo alugar uma casa se ela gostasse da cidade. Às 17h30, como a Íris falou, o homem chegou em casa.

— Homem: Boa tarde.

— Naysla: Boa tarde.

Ele subiu, tomou um banho, desceu e se sentou no sofá.

— Homem: Então, como foi o seu dia?

— Naysla: Eu não fiz nada, apenas liguei e procurei o site, e nada aparece aqui. Nunca existiu o número e nem site. Procurei o nome da corretora de imóveis e não existe nenhuma com o sobrenome que ela me deu.

— Homem: A culpa é sua por ser muito ingênua. Qual a pessoa em sã consciência que faz um negócio desse? Olha, para a gente comprar uma coisa na internet, tem que verificar o site, avaliação e saber se realmente existe aquela empresa com o nome do site.

— Naysla: Obrigada por me lembrar que me deram um golpe. Eu gastei todo o meu dinheiro em uma viagem e uma casa que já tem dono. Estou de mãos atadas, no meio de uma cidade estranha, sem conhecer ninguém, morando de favor na casa de um estranho.

— Homem: Dessa vez, fui eu que me senti ofendido.

— Naysla: Desculpa, esses últimos dias não têm sido nada fáceis para mim. Tenho passado por muita coisa. Primeiro a gravidez, no dia seguinte uma traição e divórcio, demissão e agora não tenho nem onde morar e o que comer. Minha vida mudou de água para o vinho.

— Homem: Nossa, que barra que você está passando. E o pai do bebê?

— Naysla: Desde que descobriu que eu estava grávida, ele nunca quis saber de mim. Ainda por cima, me fez escolher entre ele e o bebê.

— Homem: Caramba, estou impressionado. Sua vida não deve ser nada fácil.

— Naysla: Durante 6 anos, foi uma maravilha.

— Homem: Estou impressionado.

— Naysla: Bom, vamos parar de falar de mim. E você, mora aqui com quem?

— Homem: Sozinho, com os seguranças. A governanta da casa não mora aqui. Ela vem todos os dias por volta das 6:00 da manhã e vai embora às 6 horas da tarde. As outras empregadas entram no mesmo horário e saem às 4:30 da tarde. Eu sou solteiro. E você?

— Naysla: Eu sou divorciada.

— Homem: Que cabeça a minha, você acabou de falar e eu ainda não sei seu nome.

Naysla deu um sorriso.

— Naysla: É verdade, eu também ainda não sei o seu. Prazer, eu sou Naysla Rodriguez.

Naysla Rodriguez.

— Homem: Naysla é um nome muito bonito. Muito prazer, eu sou Leon Cavalieri.

Leon Cavalieri.

— Naysla: Leon Cavalieri, é por isso que eu te achei parecido com alguém. Você é o médico bonitão que eu vi na revista!

O Leon sorriu.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***