Katarina responde:
- Pensei que ela ia vir pegar as coisas dela depois.
Cecília fala:
- Estou sentindo que aconteceu algo, vou ligar saber onde ela estar.
A mulher tenta ligar para o celular da filha mas, a chamada cai na caixa postal. A filha de Amora decide ligar para a casa dos seus pais:
- Alô, mãe. Sou eu.
Camila atende e responde:
- Cecília? Sou eu, Camila.
Cecília:
- Cadê a mãe?
Camila:
- Saiu, foi pra aí. Buscar Milena, o pai foi junto.
Cecília:
- Milena não estar aqui, pensei que já estava aí.
Camila:
- Isso é preocupante.
Cecília:
- Nem me fale, vou continuar a procurar ela aqui.
A preocupação da mãe de Milena aumenta, a mesma liga para Alicia:
- Alô, Alicia. Aqui é a mãe da Milena, Cecília. Você viu a minha filha hoje?
Alicia:
- Dona Cecília, ela faltou hoje e não respondeu às mensagens que enviei pra ela. Milena estar aí?
Cecília:
- Ela não estar aqui, acho que ela sumiu.
Alicia:
- O quê?
Cecília:
- Acho que sim.
Alicia:
- Meu Deus, isso explicaria ela não responder as mensagens minhas e do namorado dela. Ele falou comigo na escola, e estranhou isso também.
Cecília:
- Vou perguntar pra algum vizinho, se ela foi vista. Qualquer coisa, se ela aparecer na sua casa me liga. Tchau.
Alicia:
- Qualquer coisa, eu aviso sim. Se ela aparecer aí, me avisa.
A chamada é finalizada e os avós da protagonista chegam. Katarina abre a porta, e os dois adentram. Cecília subiu para o quarto da sua filha, e vê todas as coisas que a mesma arrumou para ir morar com os avós. Cecília se emociona e diz:
- Onde você foi, Milena?
Amora entra no quarto e questiona:
- Cadê a minha neta?
Cecília:
- Não sei, mãe. Liguei pra ela e nada. Não atende, liguei pra amiga e Milena não responde, nem atende a amiga também. E o namorado dela não faz ideia do paradeiro dela. Ela sumiu, mãe.
A mulher chora:
- E a culpa é minha, a desprezei muito. Até a mesma não aguentar e querer não morar mais comigo. E agora ela some, não tenho um bom pressentimento quanto a isso. Sinto que a minha filha estar em perigo, mãe.
Amora:
- Eu e seu pai íamos buscá- la agora, meu Deus. Cecília não se culpe, temos que ir a polícia urgente.
A mãe de Milena sente que algo ruim pode ter acontecido com a sua filha. E já estar sentindo que o pior pode ocorrer. O pai dela diz:
- Vamos na polícia, eu vou com você, filha.
Amora:
- Eu fico cuidando do meu netinho que Katarina colocou pra dormir, e já foi pra casa.
Cecília:
- Eu sou uma mãe horrível, isso sim. Vou logo, quanto mais tempo demorar denunciar pior pra Milena. Vou encontrar a minha filha, tenho fé nisso.
Edgar:
- Isso, vamos logo.
Os dois saem de carro e a campainha toca, é a amiga da protagonista que diz:
- Vim ajudar procurar a minha amiga, sei que algo aconteceu, ela não ia sumir assim.
Amora:
- Entre.
A jovem entra e pergunta:
- Já foram na polícia?
Amora:
- Minha filha foi com o pai dela.
Alicia:
- Tenho medo do que pode acontecer com Milena. Tô tentando pensar positivo.
Na delegacia, Cecília aguarda para fazer a queixa do desaparecimento da sua filha mais velha. Edgar fala:
- Vamos encontrar Milena, minha filha. Só espero que depois disso, você mude o seu comportamento e o jeito de tratar a sua filha.
Cecília:
- Eu sei disso, pai. Mas, não é fácil.
Edgar:
- Olha, vou te falar uma coisa. Tá mais do que na hora de esquecer de vez o pai dela, aquele desnaturado que te abandonou com uma filha pra criar. E outra, a minha neta não tem nada a haver com as decisões dele. Ela se parece com ele, mas não são a mesma pessoa.
Cecília:
- Eu já esqueci dele, até me casei novamente.
Edgar:
- Não parece, fica tratando sua filha mal, por causa de besteira!
Cecília:
- Tem razão, pai. Nunca esqueci o que esse homem fez comigo, nunca. E por causa disso, maltratei a minha filha, se eu pudesse voltar no tempo.
Edgar:
- O daqui pra frente pode ser mudado, tomara que tenha esse tempo.
Cecília:
- Teremos sim esse tempo, tenho que fé que a minha filha vai ser encontrada.
Pai e filha são chamados para serem atendidos pelo delegado Rubens Alves que fala:
- Boa noite, o que houve?
Cecília:
- Minha filha, Milena Santos Valentto desapareceu, era para ela voltar pra casa após o fim da aula; e não o fez. Liguei para o celular dela, e não atende. Liguei para a amiga dela, Alicia que me disse que a Milena não foi pra aula e nem responde às mensagens da amiga, e nem de ninguém.
Rubens:
- Qual foi a última vez que a viu? Anota aí, Luís.
Cecília:
- Hoje de manhã, antes de sair para deixar o meu filho mais novo na escola.
Rubens:
- Quantos anos ela tem?
Cecília:
- Tem dezesseis anos.
Rubens:
- Percebeu alguma vontade ou atitudes que poderiam indicar que sumisse voluntariamente?
Cecília:
- Fugir?
Rubens:
- Isso, é muito comum adolescentes fazerem isso.
Cecília:
- Ela sumiu sem levar nada, nenhum pertence. Apenas com o celular e a mochila que levava pra escola.
Rubens:
- Ok, sua casa tem câmeras de segurança?
Cecília:
- Apenas na entrada.
Rubens:
- Vamos ter que ir até a sua casa, averiguar e investigar tudo bem?
Cecília:
- Tudo bem, estou desesperada. Eu não sou uma boa mãe, e ela ia morar com os meus pais. Mas, ela não foi pra casa deles como ela havia combinado, né pai?
Edgar:
- Sim, fomos a casa de Cecília e a mesma não estava lá. Liguei para minha neta, e a mesma não atendeu. Liguei para a minha filha que estava a trabalhar e não atendeu.
Rubens:
- Milena sempre faz isso, de não atender telefonemas?
Cecília:
- Não, ela sempre atende as ligações.
Rubens:
- Vamos investigar isso, ainda bem que vieram logo denunciar o desaparecimento dela. Ela tem namorado?
Cecília:
- Tem, ele se chama Juliano Miranda Silva, ele tem a mesma idade dela. Ela não atende as ligações, e nem responde às mensagens dele também.
Rubens:
- Ok, Luís, vamos lá trabalhar. Senhora Cecília, me diga o seu nome completo e o endereço da sua casa.
Cecília:
- Cecília Luzia Oliveira Santos Fontes, rua Professor Miguel Lacerda, 330, bairro Veredas.
Rubens franze o cenho ao ouvir sobre o bairro Veredas. Há uma investigação de desaparecimento de uma jovem nesse bairro, e agora mais uma sumiu. Meses antes, uma estudante foi encontrada morta no rio da cidade também residia nessa região.
Luís Fernando, investigador que trabalha com Alves também reconhece o local. E questiona a Cecília:
- No bairro Veredas?
Cecília:
- Isso mesmo.
Rubens:
- Anote nesse papel o número de celular da sua filha, email, redes sociais da sua filha. O que souber dela.
Cecília anota o número, e um email que a sua filha usa. Porém, como não tem redes sociais, não faz ideia do nome do perfil da filha nessas mídias.
Rubens:
- Ok, pode assinar o registro da queixa.
A mulher assina e entrega o papel novamente para o delegado que avisa:
- Vamos ir ao endereço, hoje ainda. Podem ir, ok.
Edgar:
- Ok, vamos aguardar.
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Atualizado até capítulo 58
Comments
Dalziza Rocha
TÁ MUITO BOM ESSA HISTÓRIA 👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾
2025-02-12
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