Quatro meses se passam, e vai ser hoje que vou pegar a garota. Já preparei tudo, a casa, o carro, vesti as luvas, tudo o que usarei no rapto. Estou estacionado na porta da casa de Milena, são sete de manhã e ela ainda não saiu, sua mãe e irmão saíram. Será que ela vai sair hoje?
Se não sair, vou invadir a casa dela e tira - la de lá. Tenho uma pistola para isso, caso seja necessário. Vou aguardar mais um pouco, esses dias pareciam que ela havia percebi que estava a ser seguida. E sempre andava acompanhada, visto que, algumas jovens que matei foram encontradas pela polícia e o caso tomou uma grande proporção nas mídias.
O que amedronta os moradores dessa cidade, e a ruiva estava muito cautelosa. Uma vez, ela estava num parque com a família num domingo, estava a observar e seguindo todos os passos dela. Quase consigo pegá- la, se não fosse a irmã postiça dela, Marina, eu teria conseguido levar ela comigo.
Enfim, após meia hora, a garota sai sozinha muito apressada, provavelmente se atrasou. Que bom, essa é a minha oportunidade perfeita; pensei que escaparia das minhas mãos. Porém, hoje o destino conspirou ao meu favor.
Sempre no seu encalço, Milena adentra num beco grande, desço do veículo sorrateiramente. E seguro na sua mochila, a agarro pela cintura que tenta se debater e escapar, mas sou mais forte. Coloco um tecido com clorofórmio no seu rosto e a mesma desmaia. Ela é muito mais linda de perto, estar vestindo uma camisa rosa larga, uma calça jeans escura e um tênis branco.
Ela tem um cheiro ótimo, doce e inocente. A coloco no porta malas com as mãos e os pés amarrados com cordas. Sei que é horrível, no entanto, não posso me dar ao luxo da ruiva acordar desamarrada. Pode tentar fugir e não quero que isso aconteça. Afinal, não quero mata - la de jeito nenhum, nem penso nessa possibilidade.
Os seus pertences guardo no banco traseiro, dirijo para outra rua. O celular dela toca, e vejo no visor escrito "Vovó". Rejeito a chamada, quebro o aparelho e jogo na rua.
Optei por não enviar mensagem, muito provável que os parentes e amigos dela desconfiariam disso. E, não quero a polícia no meu pé, assim sem rastros é mais difícil chegarem nela e em mim.
Me desloco de carro até a minha casa escondida, no meio de uma floresta densa. Um lugar bem afastado da cidade, perfeito para morar com ela. Retiro a garota do porta malas e a levo nos meus ombros para o quarto do porão.
A coloco sentada numa cadeira, amarro o seu corpo na mesma, e os pés acorrento com duas correntes. Quando acordar, vou dar o meu papo e explicar a sua situação, as regras para ela. Me retiro do quarto, ligo para meu chefe e aviso que não vou poder ir hoje.
Duas horas depois, vou ao cativeiro ver a minha ruiva. Abro a porta, ela olha para mim com muito medo e abaixa a cabeça; continuo a direcionar o olhar para ela, me aproximo. Logo percebo que estar a tremer e suar bastante. Seguro o seu queixo com a minha mão, e digo:
- Olha pra mim, garota!
A mesma olha para mim com muito receio. Uma pequena coragem toma conta dela que questiona:
- O que vai fazer comigo?
Respondo calmamente:
- O que eu faço com todas.
Sinto o desespero se forma dentro dela, e indaga:
- Por que eu? Nunca fiz nada ruim pra ninguém. Por quê?
Sorrio dela e sou direto:
- Porque você me intriga, uma garota gentil, ingênua. Mas ao mesmo tempo tão suja.
Milena me responde:
- O quê?
Observo ela e devolvo:
- Ando seguindo todos os seus passos durante vários meses, quatro meses para ser mais exato. Sei tudo sobre você, saiba que foi a primeira presa que me dediquei a saber tudo sobre a sua vida. Que posso dizer que é uma m3rd4; eu sou criminoso, mas minha mãe não me trata como a sua mãe te trata.
Percebo o seu olhar ficar mais aterrorizado, quase um desespero quase palpável. Que a faz engolir seco novamente e diz:
- Você estar planejando isso há meses, o meu fim foi decretado há quatro meses! Me mata logo, acaba com isso de uma vez.
Solto uma risada, que pensamento mais ridículo. Continuo a rir e respondo:
- Você é muito boba, te matar sem nem me divertir antes? Não teria a menor graça te matar logo, se fosse pra fazer isso nem tinha te sequestrado. Amo essa sua ingenuidade!
Constato nas expressões dela muito terror. É isso mesmo que eu queria. A melhor chave para controlar alguém, o temor. Aviso para ela:
- Escuta aqui, Milena! Olha nos meus olhos! Agora você me pertence, e como minha posse farei o que eu quiser com você! Sei que poucos da sua família vão tentar te procurar, seus amados avós, Amora e Edgar, o pirralho Alan. Mas, a sua mãezinha Cecília, nem vai se importar com você e seu pai te abandonou na infância. Aqueles moleques amigos seus, vão tentar também mas vão fracassar. Afinal, estamos no meio do nada numa casa isolada, a porta desse quarto estar trancada com um ferrolho e cadeado por fora. Ainda tem uma fechadura que só abre com uma senha e a minha digital. E, não vou te matar se me obedecer, acho que estou obcecado por você. Isso não é bom pra mim e nem pra você, mas aconteceu. Não quero ficar longe de você nunca.
Após dar o aviso, a garota entra em colapso, passa mal e perde os sentidos. É uma crise de ansiedade, foi demais para ela, tudo isso num mesmo dia. A retiro da cadeira, desamarro as suas mãos e pés, removo a corrente. Tiro os tênis dos seus pés e a coloco na cama, em seguida, a cubro com um cobertor. Aqui nesse porão é bem frio, saio e tranco a porta, preciso resolver umas coisas. Volto logo para ver se o seu estado mudou.
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Milena
Acordo um pouco zonza, olho em volta e me recordo da minha situação. Estou deitada numa cama com cobertor; fui raptada a não sei quanto tempo, não dá pra saber se já anoiteceu, por causa do porão que não tem janelas. Queria que isso fosse somente um pesadelo, aliás, pesadelos esses que tive foram premonitórios.
Dói demais isso, lembro daquilo que aquele monstro que me trouxe pra cá disse: "Poucos da sua família vão tentar te procurar." Isso tenho que concordar com ele, a minha mãe tá pouco se lixando pra mim. Quem tá me procurando são os meus amigos, mas logo, logo vão desistir de saber meu paradeiro.
Sumi sem deixar rastros, pois ele planejou muito bem isso. Sempre na minha cola, buscando a oportunidade perfeita para me pegar.
Outra frase dele ecoa na minha mente: "Acho que estou obcecado por você", ainda mais grave saber disso, vou viver o resto dos meus dias nesse inferno? Por que meu Deus? O que fiz para merecer esse castigo? Por quê? Quanto tempo vou aguentar viver aqui? Tive uma crise de ansiedade aqui e é a primeira de muitas, pra quê tanto sofrimento?
Temo muito por mim, sei que ele vai me machucar muito. Me matar não estar nos planos terríveis dele para mim, no entanto, isso é bem pior, pois estarei viva sofrendo demais. Ele vai me estupr4r, isso é certeza e dá pra saber pelo olhar dele pra mim. E depois disso, vai me manter viva aqui pra fazer isso diariamente.
Pensando bem, a minha vida antes disso não era ruim não. Pelo menos tinha o bem mais precioso: a minha liberdade, ia pra onde eu queria, era feliz sem nem me dar conta disso. Tenho saudade até das brigas com minha mãe, saudades de brincar com o meu irmão, me encontrar e namorar Juliano, conversar por horas com Alicia e Talita. Sinto falta dos meus avós, eu ia morar com eles. Tempos recentes que parecem agora bem distantes, como se tivesse sido há anos atrás.
Enquanto isso na casa de Milena, Cecília chega do trabalho e pergunta a babá que estar com Alan:
- A Milena já foi, Katarina?
Katarina:
- Não, olhei lá em cima no quarto dela. E as coisas delas ainda estão lá.
Cecília se assusta:
- Como assim?
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Atualizado até capítulo 58
Comments
Maura Ramos
Eu aqui nervosa ,tomara que peguem logo esse cara
2024-08-22
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