Alicia responde:
- Estou tomando muito cuidado, temo muito pela minha segurança. Nem tô mais saindo sozinha, a minha mãe me trouxe aqui.
Eu:
- Também estou sempre alerta.
Cecília:
- E tem que estar, né.
Ela se levanta, e em seguida vai pro escritório dela. Minha amiga questiona:
- Desculpe a pergunta, mas sua mãe tá te dando muito trabalho?
Eu:
- Um pouco, não dorme direito e bebedeira agora.
Alicia:
- Amiga, que barra.
Eu:
- Ela só levantou agora, porque vai ter que analisar currículos e fazer entrevistas.
Alicia:
- De quê?
Eu:
- Ela vai contratar uma babá pra ajudar a cuidar de Alan.
Alicia:
- Tenho uma prima interessada numa vaga de emprego, vou falar pra ela.
Eu:
- Qual das suas primas?
Alicia:
- Antonella Vales.
Eu:
- Diz pra ela mandar o currículo no site iempregos, vou mandar o link.
Alicia:
- Beleza, vou falar pra ela.
Eu:
- E aí, como você tá?
Alicia:
- De boa, mas meu ex me procurou. Quer voltar e tal.
Eu:
- E aceitou?
Alicia:
- Eu não, tô fora. Acabou, já era. Seguir em frente é o melhor a ser feito.
Eu:
- Tá certo, vai e volta é chato.
Alicia:
- E você e Juliano?
Eu:
- Estamos felizes, nos amamos e é muito bom.
Alicia:
- Alguém tem que ter dedo bom pra relacionamento.
Eu:
- Que isso, não fala assim. Em breve, vai aparecer uma nova paixão na sua vida.
Alicia:
- Eu não quero, sem relacionamentos e sentimentos envolvidos.
Eu:
- Desilusão?
Alicia:
- Talvez, quer que eu te ajude a pregar os panfletos, em busca de uma babá?
Eu:
- Nossa, leu a minha mente. Já ia pedir mesmo, bora.
Alicia:
- Bora.
Eu:
- Vou pegar os panfletos, ok.
Bato na porta, e a minha mãe diz:
- Entre.
Eu digo:
- Licença, desculpe o incômodo, vim pegar os panfletos e pregar na vizinhança.
Cecília:
- Tudo bem, entre e pode deixar que eu cuido do Alan. Cuidado, vocês duas.
Eu:
- Sim, mãe.
Recolho os panfletos e chamo a minha melhor amiga:
- Vamos, amiga.
Alicia:
- Partiu.
Saímos, e fechei a porta. E andamos um pouco, pregamos os panfletos em vários postes no quarteirão. E colocamos alguns numas caixas de correio. Durante o percurso, pela a primeira vez em muito tempo, não me senti seguida ou observada.
Foi divertido, Alicia fez várias piadas, fofocamos um pouco. Uma leveza, em meio ao peso dos últimos dias, me distraio e acabo a esbarrar numa pessoa. Levanto a cabeça e peço desculpas, quando vejo me surpreendo. É o mesmo cara estranho que tocou a campainha naquela noite, tem os olhos azuis acinzentados, muito bonito também:
- Desculpe, não vi o senhor. Perdão.
- Eu que devo desculpas, não vi você.
- Claro, tenha um bom dia.
Alicia observa e fala:
- Conhecia esse bonitão, Mi?
Eu:
- Não, nunca vi ele na vida.
Alicia:
- Parece ser mais velho, não sou Marina. Curto caras da minha idade, mas que é gostoso é sim, não posso negar.
Eu:
- Você não presta mesmo.
Alicia:
- Nunca disse que prestava.
Rimos e retornamos para minha casa. Quando o celular de Ali toca, e ela tenta ignorar:
- Não vai atender?
- Eu não, é o Marco.
- Bloqueia o número dele.
- Vou fazer melhor, vou mudar de chip.
- Faz bem.
- Por que ele te ligou?
- Deve ser porque eu apaguei todas as fotos que tinha no meu insta com ele. Tudo, os posts de aniversário, dia dos namorados e aniversário de namoro.
- E ele?
- Ainda não apagou nenhuma.
- Bloqueou ele?
- Sim, mas o filh0 da put4 tem fake e viu. Ainda não consegui descobrir o fake dele, quando souber o arroba, block novamente.
- Ele deve tá arrependido, ainda te ama.
- Ele que se dane com a Sabrina, a vadia que ele tava f0dendo, enquanto ainda me namorava.
- Vish, seguir em frente é melhor.
O celular dela toca e agora a mesma atende:
- Alô, oi mãe. Já vai vir me buscar? Ok, tá tchau, vou esperar.
Desliga a ligação, e me diz:
- É minha mãe, ela vai vir me buscar. Por causa da consulta.
- Ata, vamos a esperar lá dentro.
Entramos, e minha mãe estava a servir o cereal do meu irmão. Alicia fala:
- Bom dia, Alan.
Ele se aproxima, e responde:
- Bom dia, Ali. E aí?
- De boa, Alan. E você? Já tomou café da manhã?
- Vou tomar agora.
Cecília o chama:
- Alan, vem comer!
Corre para a mesa, e começa a se alimentar. A mãe de Ali chega e toca a campainha:
- É a sua mãe, vamos abrir.
Abro a porta, e dona Sônia me cumprimenta:
- Bom dia, Milena.
Eu:
- Bom dia, dona Sônia. Como vai?
Laura:
- Ótima, querida.
Alicia:
- Bora, deve tá lotado a clínica. Tchau, amiga. Nos falamos mais tarde, viu.
Eu:
- Tchau, Ali. Até mais tarde. Tchau, dona Sônia.
Laura:
- Tchau, Milena.
Entram no veículo, o carro liga e some rua abaixo. Volto para dentro de casa, e minha mãe me pergunta:
- Distribuíram tudo?
- Sim, tudo.
- Vou entrevistar as que ligaram pra você hoje.
- Ata, bom trabalho mamãe.
- Cuide do Alan, enquanto faço isso. A primeira é daqui à meia hora.
- Entendi.
Vou para meu quarto assistir série, até dá a hora da entrevista. Meia hora depois, desço e chamo o meu irmão:
- Alan, vamos brincar aqui em cima?
- Por que?
- A mamãe vai trabalhar um pouco e não pode ser incomodada.
- Tá bom, Milena.
Subimos para o quarto dele, e brincamos com umas pecinhas de montar. Depois de um tempo, fomos para o térreo e minha mãe já terminou as entrevistas, pergunto:
- E aí, escolheu?
- Sim, Katarina é a babá do Alan.
Alan:
- Babá?
Cecília:
- Sim, para cuidar de você. Enquanto estou no trabalho.
Alan:
- Não quero, mãe.
Cecília:
- Você não tem querer, não. Eu que mando e vai ter babá sim, é pra obedecer ela tá ouvindo?
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Atualizado até capítulo 58
Comments
Dalziza Rocha
Crianças sempre falando a mesma coisa 🤪🤪
2025-02-12
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