Capítulo 7 - Trinta anos mais velho

Olho para dona Cecília e digo:

- Gostei, foi legal.

- Que bom, filha.

- Vou sair, posso?

- Pode e cuidado, não é pra dormir fora de casa. Tem aula amanhã, outra coisa é pra ir pra escola junto com Marina e Antônio.

- Sim, senhora.

Depois disso, o meu namorado me liga:

- Alô, amor.

- Alô, amor. Você vem me buscar?

- Claro, já estou indo pra ir. Tenho uma surpresa pra você.

- Amo, vou te esperar.

- Que bom, vai valer a pena. Tchau, beijos.

- Beijo, tchau.

Meia hora depois, Juliano toca a campainha e vou atender:

- Oi, amor entra.

Nos beijamos, e a minha mãe aparece e fala:

- Boa tarde, Juliano. Juízo vocês dois, hein. Quero Milena aqui as oito da noite, bom encontro pra vocês.

Eu:

- Sim, senhora.

Juliano:

- Tudo bem, dona Cecília. Vamos, Milena.

Entrei no carro, o pai dele dirigia e me disse:

- Boa tarde, Milena. Vou levar vocês pra um lugar bem legal, ok?

Eu:

- Ok.

Após alguns minutos, chegamos no shopping e Juliano fala:

- Vamos no cinema, assistir um filme, amor.

Eu:

- Que fofo, amei.

Fomos para o cinema, e assistimos um filme de suspense. No qual, a protagonista estava sendo perseguida por um stalker. Ela precisa ser forte o suficiente para enfrenta - lo; e no início, ela sentia que estava sendo seguida, assim como, eu me sinto. E no caso, ela estava sendo observada.

No meu caso, é só coisa da minha cabeça afinal, estou segura e vivendo a minha vida tranquilamente. Era o que eu pensava na época, meu Deus, eu era tão inocente. Talvez, se eu tivesse entendido os sinais teria sido diferente ou não.

Nunca saberei, mas voltando para a minha história; saímos da sala de cinema e fomos lanchar na praça de alimentação. Foi um muito bom e agradável demais, a calmaria estranha antes da tempestade.

Voltei pra casa, depois de transar com Juliano. Marina estava com uma cara de paisagem, e parecia que tinha chorado e Antônio estava transtornado:

- Você vai pegar suas coisas, e ir morar com sua avó! Fique longe desse homem, ele acabou com sua vida!

Marina grita:

- Nunca que vou abandonar o homem que eu amo, que me banca e me dar tudo do bom e do melhor!

Antônio:

- Ele é vinte anos mais velho que você! Esse maldito tá de usando, te comprou igual uma puta!

Cecília chora e questiono:

- O quê que estar acontecendo aqui?

Cecília:

- Marina estar tendo um caso com um homem vinte anos mais velho que ela. Você sabia de alguma coisa?

Eu:

- Eu? Não, suspeitava como disse mais cedo. Ficou de joelhos, mas não foi pra rezar.

Cecília:

- Quem contou foi uma amiga dela.

Eu:

- Foi mesmo? Não precisa desse circo todo, eu sabia que ela queria ser sugar baby. Normal.

Marina grita:

- Eu vou embora daqui! Já arrumei minhas malas e liguei pro Pedro meu namorado me buscar! Tchau, tchau pai! Tchau, Alan! Tchau, Milena! Tchau, Cecília! Nunca vou esquecer que vocês três sempre quiseram meu bem. Vou sumir da sua vida, seu Antônio!

Ela sai e bate a porta. Olho pela janela, e a vejo entrando numa Land Rover prata. E um homem muito bonito, de aparentemente trinta e cinco anos, pegando as malas dela e colocando no porta - malas. Ele entra no veículo, sai até sumir da minha vista.

Antônio passa mal e desmaia, minha mãe o socorre e fala:

- Liga pra emergência, anda!

Pego o meu celular, e ligo para ambulância:

- Alô, meu padrastro desmaiou e estar desacordado. Mandem uma ambulância urgente, para Rua Professor Miguel Lacerda, 330, bairro Veredas, próximo ao cartório de ofícios.

- Qual o nome da vítima?

- Antônio Fontes, tem 52 anos. Venham com urgencia.

- Estou enviando uma ambulância para o endereço, aguarde que chegará o mais rápido possível.

Após quinze minutos, a ambulância chega e leva o homem na maca. Minha mãe mesmo desesperada diz:

- Busque seu irmão na casa da sua avó, não esquece! Vou com ele, eu ligo quando chegar lá.

Eu:

- Sim, senhora.

Ligo para minha avó Amora que atende logo:

- Alô, vó. Sou eu, Milena. O Alan tá aí?

Amora:

- Alô, minha netinha. Como estar? Seu irmão estar aqui sim, mas seu avô vai levar ele pra casa. Tá tudo bem?

Eu: