Respondo a minha amiga:
- Pediu antes de sair, pelo menos.
- Já é um bom começo.
- E a Talita? Como será que ela estar?
- Hoje foi o enterro da Duda, eu fui. Foi bem triste, pensei que iria.
- Não queria ir, me sinto mal em funerais.
- Eu sei, mas foi uma choradeira só. Talita estava péssima, viajou para o interior.
- Tomara que ela fique bem.
- E ela vai ficar, tô com um pouco de medo. Esse bandido a solta, tomara que peguem esse lixo logo.
Anoitece, e dona Sônia busca a minha amiga e as duas voltam pra casa. A minha mãe e os outros retornaram, Alan quando me viu correu, e me veio me abraçar:
- Maninha, que bom que voltou. Mamãe comprou esse boneco pra mim, não é legal?
Sorrio e respondo:
- É muito lindo, você gostou bastante. Quer brincar?
- Sim.
Fui brincar com o meu irmão, e ele estar muito empolgado com o novo brinquedo. Estou um pouco distante e o pequeno percebe:
- Tá cansada, Milena?
- Não, só um pouco com sono. Já fez a sua tarefa de casa? Vai querer a minha ajuda?
- Não, consigo sozinho.
- Tudo bem.
- Milena, amo você, maninha.
Ele me abraça novamente e Cecília observa a cena da cozinha. Sorrir e diz:
- São os meus filhos, gosto de vê - los assim.
Voltando pra mim, amo o meu irmão e é o único que gosta de mim de verdade. Entramos, e a mamãe diz:
- Alan, vamos subir pra tomar banho. Milena trouxe o iogurte que me pediu.
Eu:
- Tudo bem, obrigada.
Marina diz:
- Foi legal o passeio, chato é guardar as compras.
Antônio:
- Que isso, Marina? Vem me ajudar.
Eu:
- Passeio? Que interessante, amo ver a família unida.
Cecília:
- Estava triste e estudando, não quis atrapalhar você.
Eu:
- Imagino.
Vou para sala assistir televisão, e cobra se senta perto de mim:
- Adorei o entretenimento de hoje de manhã, a sua mãe e você sempre entregam.
Eu:
- Você não se cansa de encher o meu saco, Marina?
Marina:
- É divertido, mas confesso que dona Ceci pegou pesado.
Rio e respondo:
- Bateu a cabeça no passeio?
Marina:
- Não é justo contigo isso.
Pego na testa dela e falo:
- Só pode estar doente, sem febre pelo menos.
Marina rir:
- Sei reconhecer quando é pesado, apesar de tudo não quero o seu mal.
Eu:
- Pelo menos isso, tem coração?
Marina:
- Tenho de pedra, cadê aquele pirralho?
Eu:
- Foi banhar, não chama ele assim. Ele é teu irmão também.
Marina:
- É meu apelido carinhoso pra ele.
Após isso, Alan desce e o jantar é servido. Todos comem em silêncio, até que Marina fala:
- Tenho uma novidade, me matriculei numa escola de teatro. Quero ser atriz.
Antônio:
- Que legal, filha. Tem todo o meu apoio.
Cecília:
- Que bom, Marina.
Eu:
- Escolheu certo, ganhar dinheiro fazendo o que mais ama. Encenar.
Marina:
- Já faço de graça, porque não ser paga pra isso.
Alan:
- Que legal, Mari.
Depois disso, conversei com Juliano por vídeo chamada:
- Oi, e aí amor?
- Queria que viesse hoje de novo.
- Não vai dar, mas amanhã quem sabe.
- Você estar um pouco abatida, ou é impressão minha?
- Briguei com minha mãe, mas já estar tudo bem.
- Que merda, não fique triste. Saiba que eu te amo.
- Eu também.
- Tenho que desligar agora, boa noite linda. Sonhe comigo.
- Boa noite, bons sonhos pra você, meu amor.
Desligo, e tomo um banho. Em seguida, visto o meu pijama e durmo rapidamente. Um sono tranquilo até que tenho um pesadelo horrível: onde uma pessoa me puxa pelo pescoço e tenta me sufocar, tento me desvencilhar, mas ele é mais forte que eu. Quando estou quase a perder o fôlego, acordo ofegante, com uma respiração pesada.
Olho para a janela, e já é manhã. Levanto e faço as minhas higienes, desço e a minha mãe, Antônio já estão na mesa:
- Bom dia, mãe. Bom dia, Antônio.
Antônio:
- Bom dia, Milena. Como estar?
Eu:
- Muito bem, e você?
Antônio:
- Bem, graças a Deus.
Cecília:
- Bom dia, filha. Acordou cedo, é domingo.
Eu:
- Acordei e não consegui pegar no sono.
Cecília:
- Tudo bem, vamos para o parque almoçar num restaurante lá. Quer ir?
Eu:
- Quero sim, se não for incomodar.
Cecília:
- Esteja pronta às nove.
Eu:
- Ok.
Marina desce a usar um vestido branco e fala:
- Bom dia, Ceci; pai e Milena.
Antônio:
- Vai pra onde?
Marina:
- Vou pra missa com uma amiga.
Eu:
- Sei muito bem que missa é essa e o que vai rezar. Vai ficar de joelhos?
Cecília:
- Que isso, Milena? Ela vai rezar, ué? Deveria fazer o mesmo.
Rio, e digo:
- O que ela vai fazer, eu já faço.
Antônio:
- Cuidado, Marina. Esteja aqui às nove, pois vamos passear.
Marina:
- Sim, senhor. Bom dia, pessoal.
Ela sai, a minha mãe comenta:
- Você pensa muito mal dela.
Eu:
- Eu sei, mas ela gosta de fazer tudo as escondidas.
Cecília:
- Gosta de atormentar ela, né?
Eu:
- Sim, é divertido. E ela faz o mesmo.
Após isso, fui pro meu quarto ver séries até a hora de sair. Quando chegou o horário, vesti um short jeans e uma blusa amarela, um tênis branco, um colar de lua e brincos de pérola. Deixou o meu cabelo solto de lado, tenho o cabelo pintado de ruivo, mas sou loura natural.
A minha mãe me chama, e fala:
- Vamos, estar pronta? Falta só eu terminar de arrumar o seu irmão e Marina chegar.
Aguardo na sala, mas descido ir pra calçada de casa. Sinto novamente a sensação de estar sendo observada que coisa ruim. Vejo Marina descendo de um carro no início da rua:
- Olha lá, sabia.
Ela caminha para direção de casa, e se assusta quando me ver na calçada:
- Ai que susto, quase me mata.
Rio e falo:
- Sabia que você foi ficar de joelhos, mas não na igreja.
Marina:
- Não conta nada pro meu pai, Milena. Te imploro, por favor.
Eu:
- Não precisa se humilhar, tenho um bom coração.
Marina:
- Dá tempo de trocar de roupa e secar o cabelo?
Eu:
- Acho que sim, eles ainda tão se arrumando. Corre hein.
Entra apressada e foi se arrumar. Vejo um carro preto, passando e estaciona mais abaixo. E é o filho mais velho do meu vizinho, Bernardo, ele é um gato, se não namorasse. Caso quisesse pegaria ele. O mesmo entra, mas antes me diz:
- Bom dia, Milena.
- Bom dia, Bernardo.
Decido entrar, e Alan já estava lá embaixo:
- E aí, baixinho?
Alan:
- Milena, olha a minha roupa nova. Tá boa?
Eu:
- Sim, estar bonitão.
Alan:
- "Bigado", maninha.
Marina desce:
- Ai deu tempo, e aí pirralho?
Alan:
- Ai Mari, deixa de ser chata.
Marina:
- Roupa nova, hein. Melhor que eu, hein.
Alan:
- Tá com inveja, né?
Marina:
- Um pouco, eles tão te mimando demais.
Alan:
- Tão nada, Mari.
Eu:
- Vestido azul, parece novo. E ainda é de grife?
Marina:
- Um presente de um amigo.
Eu:
- O mesmo que te levou pra "missa"?
Marina:
- Sim, ele lindo né?
Eu:
- Ficou bem em você.
Os mais velhos descem e todos fomos pro carro. Após uma hora, chegamos no parque da cidade, Marina reclamava que estava longe, e eu conversei com o meu namorado por mensagem. Vou ver ele a tarde, é melhor. Andei um pouco, e senti de novo uma sensação de estar sendo seguida.
Olhei em volta e não vi nada, sentei na grama e Marina me seguiu:
- Temos que tomar cuidado, aquele maníaco ainda estar solto por aí.
Eu:
- Bem lembrado, vamos.
Saímos dali, e fomos até onde a minha família. Brinquei com o meu irmão, almoçamos e ficamos um tempo lá no parque. Após isso, voltamos pra casa, Marina foi a correr para seu quarto, e Alan foi dormir.
Minha mãe me questiona:
- Gostou do passeio?
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Atualizado até capítulo 58
Comments
Dalziza Rocha
É complicado para a mãe tratar ela bem sendo que é a cara do ex
2025-02-12
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