Pior Pesadelo
Amanhece, e mais uma vez, sou acordada por esse barulho insuportável, esse barulho do meu querido despertador; seis da manhã se encerra o meu amado sono. Como não sou uma vagabunda, e tenho apenas dezesseis anos, me forço para levantar para ir, rumo a minha penitência diária chamada escola.
O meu único motivo de ir para à escola, é a minha mãe, Cecília que me obriga. E, se eu não levantar, ela me dar uma surra e ordena ir para lá. Às vezes, me pergunto por que meu pai, Gian Valentto, não me levou com ele, antes de dizer que ia trabalhar, e sumir no mundo? Pelo menos assim, não seria agredida por Cecília, minha mãezinha adorável.
Contudo, de adorável, a minha mãe não tem nada. Parece que eu nem saí de dentro dela, porque ela me trata muito mal, já disse que não deveria ter nascido, e coisas piores. Já com a minha irmã postiça e o meu irmão mais novo de quatro anos Alan, enteada dela é toda bondosa, legal, até ser chamada de mãe por Marina Fontes; sim, minha mãe fez a burrada, que foi se casar com Antônio Fontes, que no combo, ainda veio a filha ridícula dele.
A única coisa boa que, saiu desse casamento foi eles terem feito o Alan, único que me ama de verdade aqui em casa, eu amo meu maninho demais. Uma criança sabe desmonstrar mais amor e carinho, do que umas cacuras de mais quarenta anos.
Marina é uma cobra criada, o pai dela não é tão ruim comigo, mas é indiferente a minha presença. Também, trato o velho da mesma maneira, já a querida cobra me inferniza, sempre que pode.
Tomo um banho, visto a minha roupa de ir para a escola, e desço. Quando chego na cozinha, a minha mãe, Marina e o pai dela tomam seu café da manhã:
- Bom dia, filha.
Não respondo, e Marina solta o veneno:
- Nossa, perdeu a voz enquanto dormia, Milena?
Cecília:
- Responde, Milena!
Eu:
- Bom dia pra vocês. Bom dia, coral. Cadê o Alanzinho?
Marina:
- Agora sim, ridícula do jeito que conheço. Sua jararaca!
Cecília:
- Estar dormindo, hoje ele não tem aula a professora estar de licença. Você me respeita, sua malcriada!
Antônio:
- Chega vocês três, respeitem a hora da refeição!
O idiota agora que mostrar que é macho? Patético, pego um pão, bebo o meu café com leite. Em seguida, me retiro da mesa e digo:
- Já vou mãe, até mais tarde. Tchau, sr. Antônio e Marina. Mando tchau pro Alan.
Pego a minha mochila, abro a porta e saio rumo a casa da minha melhor amiga, Alicia Vales. A conheci ano retrasado, quando a mesma voltou dos Estados Unidos com a mãe e a irmã mais nova. Alicia é meio doidinha da cabeça, namora o primo de segundo grau, Marco que também é meu amigo.
Eles formam um casal legal, eu também namoro com um garoto chamado Juliano, ele tem a mesma idade que a minha. Ele é um amor comigo, e a cada dia me apaixono mais ainda por ele. Tenho mais uma amiga, Talita Silva, que com os meus amigos antes citados, e meu namorado são a minha família.
Visto que, a minha mãe é fria demais comigo, e me trata que nem lixo, meu pai me abandonou com Cecília, quando eu era apenas uma criança, tinha apenas sete anos. Lembro do meu pai se despedindo de mim, e dizia que ia trabalhar, bateu a porta e desapareceu.
Nunca mais ouvi falar dele, e a minha mãe usa ele para me ofender, sendo que isso não me afeta, quero mais que o meu pai nunca apareça na minha vida. Nos abandonou a própria sorte, isso não é ser pai. Tomara que esqueça que sou sua filha.
Chego na casa de Alicia, que me recebe com um sorriso:
- Bom dia, e aí? Entra, amiga.
Sorrio de volta, entro e me acomodo no sofá. Ela diz:
- Vou pegar a minha bolsa e já vou.
Eu:
- Tá bom, eu espero.
Depois de um tempo, ela desce:
- Demorou, v4dia.
Alicia:
- Tive um mal estar, acho que é fome.
Eu:
- Não quero ser tia com dezesseis.
Alicia:
- Não tomei café ainda, a minha mãe saiu cedo com a Celine para um exame de sangue. Fiquei de fazer o café, mas acordei atrasada pra c4ralho.
Eu:
- Vamos na lanchonete, perto da escola e você se alimenta, antes de entrarmos.
Alicia:
- Quanto a eu ficar grávida, tô fora, eu e Marco nos cuidamos.
Eu:
- Eu sei, mas zoar um pouco é bom.
Alicia:
- Você também, cuidado. Você e o Juliano vivem se agarrando pelos cantos, hein.
Reviro os olhos, e fomos para a lanchonete, lá estava Marco e Juliano, conversando. Quando Ali ficou tonta novamente, e quase caí, e é amparada pelo namorado dela e por mim. Marco a leva para uma cadeira, e Juliano me questiona:
- Oi, amor O que aconteceu?
Eu:
- Oi, querido. Alicia saiu sem tomar café, porque se atrasou e a mãe dela não estar em casa, pois foi levar a filha mais nova, para um exame.
Juliano:
- Ata, vem aqui.
Ele me puxa pela cintura e me beija, em seguida paro o beijo, e digo:
- Tá muito saidinho, hein.
Juliano rir e responde:
- Tava com saudades de você, Milena. Vamos matar as saudades hoje?
Eu:
- Claro que vamos, depois da aula combinado?
Juliano:
- Combinado, então.
Me beija novamente, e vai para a aula:
- Já vai?
Juliano:
- Eu vou, se não a minha mãe e a minha consciência vão me matar.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 58
Comments
Laura Roberta Neves de Souza
então, sua vida não é tão ruim assim...
2024-06-26
2
ARMINDA
HISTÓRIA INTERESANTE.
2024-06-20
2
Roseli Esteves
começando a ler 14/06/24
2024-06-14
2