CAPÍTULO 15...

KILIAN...

Saber que tenho duas filhas com a Maya, me deixou assustado, feliz, ansioso e muito animado.

Eu começo trabalhar no hospital só segunda-feira, e hoje vou conhecer minhas filhas pessoalmente... Estou suando de nervoso faz meia hora, fiz o possível para não contar a minha família ainda, pois, por mais que eu esteja saltitando de felicidade, quero primeiro falar com a Maya a respeito disso.

A minha família é enorme. E eu sei que assim que eu falar a eles, vão desabar de lá dos Estados Unidos, Rússia, Portugal e Espanha, só para conhecer as minhas princesas. Por isso... Prefiro manter elas em anônimo por uns dias.

Pretendo primeiro conhecer elas, me familiarizar... Fazer elas se acostumarem a ter um pai. Só então... Eu cogito a possibilidade de apresentar elas a minha família gigante.

Chego no parque da cidade e já avisto a Maya sentada num banco, me aproximo dela e ela abre um sorriso enorme.

— Oi...

— Oi, você chegou! — ela me abraça e deixa um beijo na minha bochecha — as meninas estão brincando com uns amiguinhos.

— Tá bom. Você contou a elas? Sobre mim...

— Não. Disse apenas que iríamos vir ao parque.

— Entendi — não sei se me sinto feliz ou desanimado por ela não falar sobre mim — como vamos falar a elas?

— Elas são bem inteligentes... Então... Não precisa inventar muito. Pode contar a verdade. Que nos conhecemos numa viagem, e que depois que eu voltei para a França, perdemos contato, por isso você não sabia delas...

— Tudo bem. Acho que posso fazer isso.

A Maya chama as meninas, e logo elas duas vem correndo até nós, os meus olhos enchem de lágrimas quando as vejo de perto, são tão idênticas... E... Deus... Elas... Elas são idênticas as minhas irmãs. Parece até que voltei no tempo e estou vendo as minhas irmãs aqui.

— Filhas. Quero que vocês conheçam uma pessoa... — elas olham para mim com curiosidade — esse é o Kilian... Ele é o papai de vocês.

— É verdade? — uma das gêmeas me pergunta.

— Sim.

— A mamãe disse que você tava longe... — a outra fala agora.

— E que não sabia da gente.

— Ela não mentiu. Eu estava mesmo longe, e não sabia sobre vocês duas até ontem de noite.

— E como sabe agora? — a que falou primeiro diz.

— A mamãe contou ontem... Olhem... Eu não sabia sobre vocês, nem imaginava que vocês eram as minhas filhas. Por quê... Eu só vi a mãe de vocês uma vez e foi numa cidade bem longe daqui. A gente estava numa viagem, de férias...

— Ah... — elas duas falam ao mesmo tempo.

— Depois que a mamãe voltou para a França, eu fui para a minha casa, nos Estados Unidos... Não tive como falar com a mãe de vocês depois desse dia, porque ela não me deu nem o número de celular dela — as meninas dão risada — eu fiquei esses anos todos sem saber nada sobre ela, e vocês. Por isso o papai nunca veio aqui. Se eu soubesse de vocês... Eu teria vindo para cá no mesmo instante.

— Ainda vai ficar longe? — a mais tímida pergunta.

— Não. Eu tô morando aqui agora. Em Paris. Na verdade fica há umas duas quadras daqui só, vim a trabalho. Mas... Por nada nesse mundo vou ficar longe de vocês outra vez.

— O papai trabalha com o quê? — só me dou conta do que acabo de ouvir quando elas vêm até mim e pedem colo.

— O que disse? — pergunto fazendo carinho no rostinho dela.

— Perguntei no que o papai trabalha... — ela repete um pouco mais baixo, olho para a Maya e ela está sorrindo.

— Não pode perguntar, papai?

A outra me pergunta, falando a mesma palavrinha que eu sonhei tantas vezes em ouvir... E em todas as vezes chorava, pois, imaginava que nunca fosse ouvir ninguém me chamar assim.

Abraço elas duas, sentindo os meus olhos arder. Dou vários beijos nos cabelos loiro escuro delas.

— Eu amo vocês, minhas princesas... E prometo que vou fazer o que eu puder para ver vocês sorrindo sempre.

Elas deixam, cada uma, um beijo na minha bochecha e isso me faz aumentar o sorriso. Abraço elas de novo e puxo a Maya para o abraço, beijando ela também.

— Obrigado... — sussurro no seu ouvido — obrigado por me permitir viver isso...

— Não me agradeça... Apenas faça as minhas meninas feliz. Se não... Vai ter que encarar a fúria de cinco homens apaixonados por nós três, e que são capazes de destruir o mundo por ver uma única lágrima de tristeza escapar dos nossos olhos.

Sorrio para ela e beijo a sua testa. Em seguida volto a minha atenção as minhas filhas. Respondo todas as perguntas que elas me fazem. Minha profissão: médico; quantos anos eu tenho: 31; minha cor preferida: azul, a cor dos olhinhos delas; tenho irmãos: 3; eu tenho uma mamãe e um papai: tenho.

— Papai?

— Oi princesa Aurora.

— O papai vai morar com a gente?

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Comments

Jaqueline Morares Moraes

Jaqueline Morares Moraes

vai né chega de desencontro.

2024-03-08

3

Aline Campos de almeida

Aline Campos de almeida

meu Deus estou apaixonada na história, não demora a atualiza autora...😍😍😍

2024-02-23

1

Sophy Silva

Sophy Silva

Que capitulo lindo

2024-02-23

1

Ver todos

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