CAPÍTULO 11...

KILIAN...

***CINCO ANOS DEPOIS***

Cinco anos se passaram. E o que dizer sobre o que fiz nesse tempo que passou? Bom... Digamos que salvei mais algumas vidas, me especializei numa outra área, pois, como o meu nono Dani diz: "conhecimento nunca é demais".

Recebi uma proposta de emprego em Paris, num dos hospitais de maior renome da Europa, se gostei? Bom... É um grande passo na minha carreira. Passei alguns meses me decidindo, e finalmente, dois meses atrás aceitei.

Os meus pais ficaram orgulhosos de mim, eles sempre se orgulham, mas ver o olhar brilhante da minha mãe, quando voltei de viagem... Não teve preço. Digamos que eu não tenha tido outros relacionamentos depois do que aconteceu entre mim e a Maya, até me envolvi sexualmente com algumas mulheres, mas... Só lance de momento.

Agora estando aqui em solo francês... Bom, digamos que as minhas esperanças em reencontra-la estão altas.

Hoje foi o dia de me apresentar no hospital, conhecer o prédio, os meus colegas de trabalho, então quando dá meio dia, peço indicação de um dos médicos sobre um restaurante para que eu possa ir almoçar.

Chego no restaurante e assim que cruzo a porta, sinto o perfume da Maya. Não... O meu cérebro deve estar me pegando alguma peça, deve ser só alguma pessoa com o mesmo perfume que ela. Mas não... Assim que percorro os meus olhos pelo salão, vejo ela.

A minha Maya, a mulher que roubou o que restava do meu coração, parada olhando para mim. Grande foi a minha surpresa quando não vi em suas mãos anel algum, além do que é herança de família. Nos abraçamos, e nossa... Como senti saudades desse abraço.

Mas... A mágica do momento acabou quando ela desgrudou a cabeça do meu peito e olhando nos meus olhos, os seus já estavam cheios de lágrimas a essa altura. Ela me disse as palavras que me fizeram entender que sim, eu sou a pessoa mais azarada do mundo no quesito amor.

— Eu... Eu tenho um namorado...

Senti todo o meu corpo tenso, foi o famoso "banho de água fria", me afastei um pouco dos seus braços e encaro os seus olhos de mel, estão tristes, ainda mais agora quando ela falou ter um "namorado".

— Você o ama, Maya? — ela olha no fundo dos meus olhos, e fecha os próprios olhos, como se buscasse a resposta dentro de si — se você disser que sim, que o que vivemos cinco anos atrás não influenciou em nada na sua vida... Então eu vou embora sem olhar para trás, não irei interferir no seu relacionamento. Mas se você disser qualquer coisa que me faça entender que tenho uma única chance com você... Então irei lutar por você. Irei lutar até estarmos juntos, Maya.

Ela abre os olhos e vejo eles derramarem algumas lágrimas, e logo em seguida desvia o olhar para o chão.

— Kilian... Eu... Preciso te mostrar uma coisa.

Ela caminha me puxando até uma mesa onde tinha uma moça loira sentada, e pega um cartão dentro da bolsa, me entrega e vejo que é um cartão comercial com o número dela "Maya D'aramtiz, advogada empresarial".

— Me ligue nesse número... Precisamos conversar.

Assinto, ela deixa um beijo na minha bochecha e se afasta indo em outra direção, que eu imagino ser para onde ela ia antes. Assim que ela some pelo corredor, eu escolho uma mesa um pouco distante da dela e me sento.

Depois do meu almoço, fui para o meu apartamento, não é grande como a minha casa em Leesville, mas... É um apartamento. Assim que eu me instalar aqui, peço ajuda do meu tio Arthur para contratar uma equipe para trabalhar aqui, pois sou uma negação na cozinha e em qualquer outra área relacionada ao cuidado da casa, infelizmente não puxei os dons do meu pai.

Arrumo as minhas coisas no closet pequeno que tem no meu quarto, e fico olhando para o cartão na minha mão. O que será que ela quer conversar comigo. Será que isso significa que tenho chance?

No cartão tem o nome dela seguido do seu número, então jogo no notebook e logo descubro muita coisa sobre ela, ah, e só pra vocês saberem, eu sou hacker, digamos que eu e os meus irmãos, além de termos sido criados falando vários idiomas, também fomos ensinados desde cedo a hackear, fazer um curativo, se defender..., só não tinha encontrado ela antes porque a danada é muito boa em se esconder de todo tipo de câmera, e digamos que não consegui o acesso das do Brasil.

"Maya D'aramtiz, 28 anos, solteira — por enquanto — advogada empresarial do escritório de pesquisa especial da França, há quatro anos. Quinta filha dentre quatro homens, pai viúvo desde o seu nascimento."

Leio mais um pouco e vejo dois nomes associados ao nome dela: Aurora D'aramtiz e Émelie D'aramtiz. Não tem fotos dessas outras duas mulheres, mas eu toco no colar que uso desde que a sua dona perdeu, e deslizo o dedo nas letras que formam os mesmo nomes "Aurora e Émelie".

— Ah, Maya... O que será que está prestes a acontecer?! Porque sinto que vai acontecer uma avalanche na nossa vida?!

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***