MAYA...
Faz sete meses que presenciei a cena horrível do meu ex noivo me traindo, como estou sem ir para a faculdade, pois encerrou, tenho me doado apenas para o trabalho, o meu pai tem estado preocupado comigo, sei disso pela forma que me olha quando chego exausta do trabalho e passo direto para o meu quarto.
Hoje é mais um dos dias que chego cansada depois de dar tudo de mim no restaurante onde trabalho, só não saí dele ainda porque eu estava pagando a faculdade com o dinheiro que recebo aqui, o meu contrato só acaba daqui dois meses, e mesmo... Ainda não recebi nenhuma vaga de emprego com os currículos que distribui.
Assim que piso na sala, vejo os meus quatro irmãos, o meu pai e o meu avô. Todos sentados ao redor da televisão.
— Oi homens da minha vida.
— Filha, vem aqui — o meu pai fala batendo ao lado dele no sofá.
Me aproximo deles e sou recebida com um beijo de cada um, me sento ao lado do meu pai e ele segura a minha mão com carinho.
— Gente... O que tá acontecendo? — pergunto um pouco assustada, pois dificilmente nos reunimos assim.
— Só queremos conversar com você, princesa — o meu avô, com toda a sua paciência, fala segurando a minha mão.
Assinto esperando ouvir o que eles têm a dizer, encaro cada um dos meus irmãos, o George, Pierre, Juan e Martin, mas nenhum deles fala nada, cruzo os braços sobre o peito e me encosto no sofá.
— Qual é, falem logo. Eu quero ir dormir...
— Maninha, nós estamos preocupados com você, desde o dia que fui te buscar em frente aquele restaurante, você não fala com praticamente ninguém em casa, nem sequer nos contou o motivo de ter ficado assim... — George fala, iniciando a discussão.
— Nós queremos apenas o seu bem, princesa — Martin, o mais velho dos meus irmãos — por isso decidimos lhe perguntar de cara, o que aconteceu.
— Exato — Pierre, o do meio — porquê não quis participar da formatura? Sempre foi o seu sonho...
O Juan continuava calado, pois ele sempre foi assim, o calado da família toda, só fala algo quando a decisão sobra para ele. Respiro fundo e continuo quieta, mas sinto os meus olhos arder ao lembrar do motivo que me fez deixar o meu sonho de lado.
— Maya... O que o Rousseau fez?
O Juan fala com a voz carregada de ódio, todos olham para ele e depois para mim, esperando uma resposta minha. Eu apenas nego com a cabeça, me recusando a falar em voz alta o que aquele... Monstro, fez.
— Eu vou acabar com ele — Martin se levanta já com os punhos cerrados.
— Não! — grito — Por favor... — as minhas lágrimas já estão descendo pelo meu rosto, sem controle algum — não façam nada... Por favor... — abraço o meu avô chorando e ele faz carinho nas minhas costas.
Ouço os meus irmãos caminharem para um lado e outro na sala, mas estou triste de mais para se quer tirar o rosto do peito do meu avô. Sinto os meus irmãos, meus guarda-costas, se aproximarem e sentarem no chão, perto de mim, e cada um, colocar a mão na minha perna como sinal de que estão aqui comigo.
— Desculpa... — Martin fala com arrependimento na voz — eu não queria te assustar... É que...
— Só a ideia de que aquele Zé ninguém te machucou, ou te fez deixar de lado um sonho... — Juan, com a sua neutralidade de sempre.
— Dói na gente... — Pierre.
— Só queríamos te entender um pouco... Te ajudar... — George, completa.
Saio do abraço do vovô Alfred e me jogo nos braços dos meus irmãos, posso estar parecendo uma garota mimada, mas eles sempre me trataram assim, não é porque sou a única mulher da nossa família que eles me fizerem de empregada deles, pelo contrário, eles quem sempre fizeram tudo em casa, não deixando nem mesmo que eu lavasse uma louça.
É como se eu fosse quebrar se tentasse fazer qualquer coisa, então, sim, eu sou mimada por eles, como eles mesmo dizem, sou a princesinha da casa.
— Ele me traiu... — falo num fiapo de voz, sentindo todo o meu ser se retrair ao permitir que a lembrança volte a minha mente — com a Felícia e o Garth...
— O quê?! — o Juan fala praticamente gritando.
— Como assim com a Felícia e o Garth? — o George pergunta com calma.
— Eles estavam fazendo um... Ménage...
— Filho de uma...
— Martin! Olha a boca!
Papai repreende o meu irmão, pois a regra da casa é: nada de palavrões. Somos bem religiosos, o meu pai e avô dizem que fazem isso pela minha mãe e avó, pois ambas eram religiosas, e nunca perderam uma missa. Não conheci a minha avó, pois ela faleceu quando o meu pai tinha cinco anos, assim como não conheci a minha mãe, já que ela faleceu quando deu a luz a mim.
— Filha — olho para o meu pai e ele tem uma expressão triste no rosto — sinto muito pelo que aconteceu, não vou deixar ele se aproximar de você nunca mais — ele faz um gesto para que eu vá para o colo dele, não falei? Mimada — nós compramos uma coisa pra você, como presente de formatura.
Levanto uma sobrancelha, o Pierre levanta e vai até o armário da cozinha, na porta mais alta, só porque sou baixinha e nunca iria conseguir pegar, pega uma caixa rosé e volta para a sala, me entrega e deixa um beijo na minha testa.
— Esperamos que você goste — Juan fala com um sorriso fofo.
Abro a caixa e tem algumas coisas dentro, pensei que fosse só uma coisa. Pego uma caixinha de veludo e abro, tinha uma medalhinha, quando abro, era uma foto da minha avó e outra da minha mãe, atrás do coração tinha o nome delas: Aurora e Émelie.
Sinto lágrimas se formarem nos meus olhos, olho mais um pouco a caixa, e vejo duas passagens de avião, uma de ida e outra de volta, olho o destino: Brasil, mais especificamente, Rio de Janeiro, os meus olhos brilham ainda mais.
Olho mais uma vez na caixa e tem uma caixinha menor, quando abro, era um solitário com uma pedra azul, topázio talvez, ele era todo desenhado, como se tivesse sido feito à mão. Era lindo!
— Era da minha mãe... — o meu avô fala com os olhos cheios de lágrima — quando me casei com a sua avó, ela recebeu como sinal de benção, depois... A sua mãe. Agora quero que fique com ele.
Abraço o meu avô e agradeço a ele pelo anel, depois abraço o meu pai e os meus irmãos, eu sabia que não iria ficar na fossa para sempre, tenho seis homens que iriam a guerra por mim, e a partir de agora... Só aceito um homem na minha vida que estiver disposto a fazer o mesmo.
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Alfred D'aramitz, avô.
Elson D'aramitz, pai
Martin D'aramitz, irmão
Juan D'aramitz, irmão
Pierre D'aramitz, irmão
George D'aramitz, irmão
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Atualizado até capítulo 66
Comments
Wilma Marques Machado
Poxa só homens lindos até o avô e o pai.
Essa história vai ser muito boa.
Já estou amando./Heart//Heart//Heart//Heart//Heart//Heart//Heart//Heart//Heart//Heart//Heart//Heart//Heart//Heart//Heart//Heart//Heart//Heart//Heart//Heart/
2025-03-06
4
Vilma Alice
CARAAAAAAMMMMBBBAAAAAAAA.QUE HOMENS LINDOS.EEEEEIIIIIITTTTTAAAAAA FAMÍLIA ABENCOADA.QUE GENE PODEROSO./Angry//Angry//Angry//Angry//Angry//Angry/
2025-02-10
3
Leide Andrade
começando agora e já gostando dos personagens, cada um mais lindo que o outro!!!
2025-01-28
4