Tentativa De Fuga

Fernanda narrando

Eu acordei assustada sendo sacudida pela mulher que me encarou assim que eu cheguei nessa casa, ela estava muito nervosa me chamando, mesmo sem entender nada eu levantei, ela só disse para eu segui-la, saímos do quarto onde aquele monstro tatuado me trancou e fomos para um outro quarto, só que estava vazio, não tinha cama, não tinha nada, apenas um grande tapete preto no chão, eu não estava entendendo nada, até ouvir muitos tiros.

Fernanda : Oque está acontecendo ? isso é uma invasão ? - Perguntei preocupada.

A mulher de meia idade me olhou com desprezo e respondeu.

Vânia : Se você está ouvindo tiros, só pode ser uma invasão né - Ela disse num tom bem ignorante.

Eu olhei estranho para ela e não respondi nada, a mulher então levantou o tapete e pegou um controle escondido em baixo do mesmo, ela apertou o botão e um buraco médio abriu no chão, eu olhei aquilo assustada, ela se aproximou do buraco e colocou o pé numa escada, após ela descer, eu fiz o mesmo indo atrás dela, chegamos num porão muito bem escondido, eu olhei ao redor impressionada, nunca na minha vida eu pensei que tivesse uma coisa dessa numa casa, ela apertou o botão fechando o buraco, tinha um sofá bem confortável no canto, um mini frigobar ao lado do sofá, e um pequeno banheiro, eu estava realmente impressionada, minha boca estava aberta, mais logo me bateu um desespero por lembrar que a minha mãe e o meu irmão não estariam seguros como eu, a mulher sentou no sofá tranquilamente, eu olhei para ela e falei.

Fernanda : Olha você pode ficar aqui sozinha, eu vou atrás da minha mãe, me dá o controle por favor - Pedir educada mesmo sem querer.

Vânia : Você não pode sair dessa casa, senta aí - Ela apontou para o seu lado no sofá.

Eu sentir muita raiva do jeito que ela estava me tratando e falei.

Fernanda : Escuta aqui, eu não vim para essa casa porquê eu quis, eu estou aqui obrigada por aquele imbecil, então me dar a merda desse controle agora - Encarei ela e falei na ignorância.

A mulher começou a discutir comigo e eu também respondia ela no mesmo tom, após alguns minutos de tanto bater boca com ela, eu me cansei e fiquei quieta, o silêncio reinou, eu estava bufando de raiva, mais não podia fazer nada, ela me deixou quieta no meu canto, e eu nem olhava para ela, depois de horas me bateu uma fome, eu me levantei do chão e fui até o frigobar, tinha alguns sanduíches e refrigerantes, eu peguei um sanduíche e comi com muita vontade pois estava morrendo de fome, peguei o segundo e comi também ficando satisfeita, voltei para o meu canto e me sentei, eu só pensava na minha mãe e no meu irmão, estava muito preocupada com eles, e também com aquele monstro, não sei porquê eu estava me importando com aquele escroto, se passou uns minutos e a mulher levantou, ela apertou o botão abrindo o porão, eu me levantei bem rápido para sair, e ela disse.

Vânia : Você fica aí, eu vou olhar primeiro para ver como está - Disse e logo subiu a escada.

Se passou alguns segundos e ela logo voltou dizendo.

Vânia : Pode subir - Falou me chamando lá de cima.

Eu fui até a escada e subi, ela fez o mesmo esquema cobrindo o chão com o tapete e escondeu o controle, saímos do quarto juntas, eu fingi que estava acompanhando ela, quando a mulher se distraiu eu aproveitei para tentar fugir, saí correndo pelo corredor e desci as escadas quase caindo, ela veio atrás de mim gritando, eu não parei, abri a porta e saí para rua dando de cara com os vapores e o com o monstro tatuado, eles estavam machucando um homem, o Ceifador ao me ver na porta me encarou de um jeito frio e disse para um dos meninos que trabalha com ele.

Ceifador : Leva ela pra dentro, depois eu acerto as contas contigo - Ele disse olhando pra mim.

Um dos meninos estava armado e fez sinal me mandando entrar, a mulher logo chegou atrás de mim e começou a falar.

Vânia : Essa garota só pode ser louca, ela saiu correndo - A mulher disse ofegante com as mãos no peito.

O Vapor saiu me empurrando para dentro da casa, eu estava toda me tremendo por medo do que o monstro iria fazer comigo, a mulher e o vapor me levou até o quarto onde eu estava e me trancaram novamente, eu chorei de raiva, por medo e desespero...

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Ceifador narrando

Eu e os vapores ficamos atrás de um muro só esperando aqueles ärrombädo subir, os tiros estavam cada vez mais perto, em minutos avistamos a tropa do desgraçado, eu peguei uma granada e esperei, quando eles deram a cara eu tirei o pino e joguei a granada que em poucos segundos fez um estrondo, eu saí na frente avançando e trocando tiro com aqueles cüzão, os vapores também foram avançando e não paravam de larga bala em cima deles, mais o desgraçado também tacou uma granada e nós voltamos correndo pra trás do muro, nenhum dos meus soldados foram atingidos, entramos no beco e corremos dando a volta pra sair atrás deles, na saída do beco tinha outra parte do grupo do Terror, nós saímos metendo tiro neles, os desgraçados não tava dando mole, eles também estavam pesados de armamento.

Vapor : Patrão e melhor nós recuar

Ceifador : Recuar ? Só se for pra pegar impulso. Mete bala neles cärälho

Nós saímos do beco varado indo pra cima deles com tudo, foi muito tiro, um dos vapores acabou morrendo na hora, mais os outros manteram junto comigo, foram muito tempo trocando tiro com eles até não sobrar nenhum, nós conseguimos passar, o rádio tocou e um dos vapores que faz a segurança da minha casa falou que o Terror tava perto de chegar lá em cima, no mesmo instante eu chamei os vapores e nós saímos correndo subindo o morro, tava todo mundo ficando cansado de correr, mais ninguém parou, entramos em vários becos pra chegar lá o mais rápido possível, de longe já dava pra se ouvir os tiros, um tempo depois conseguimos chegar num beco ao lado da minha casa, os vapores da segurança tava trocando tiro com eles pra não deixar o ärrombädo se aproximar da minha casa, eu joguei outra granada fazendo explodir alguns deles, os tiro parou de rolar, eu e meus vapores saímos do beco, eu vi o Terror e os soldados dele correndo e entrando em outra rua, nós já fomos atrás, eu tava doido pra matar aquele miserável, quando entramos na rua não tinha mais ninguém, descemos indo atrás daqueles ratos, eles já tinham recuado querendo meter o pé, mais eu tava querendo ir até o fim pra caçar eles, até que chegando na esquina que divide a subida do morro com a descida, eu vi o desgraçado do TG sentado não chão sangrando, ele tava baleado, quando ele me viu abriu maior olhão, eu me aproximei enquanto os vapores faziam a minha contenção, o ärrombädo tava com um buraco na barriga do tiro que levou, eu pisei na ferida dele e falei.

Ceifador : É muito bom te ter aqui de novo traidor, te deixaram pra trás né ? Agora tu vai pagar com a vida - Falei e dei uma coronhada com o meu fuzil na cara do verme.

Meus vapores depois de fazer a ronda, me passaram a visão que não tinha mais nenhum deles no meu morro, um bando de cüzão, eles tinham que ter ficado pra trocar tiro comigo, mandei eles pegar o ärrombädo do TG, eles saíram arrastando ele pelo chão, fomos subindo o morro, até que chegamos em frente a minha casa, os vapores jogaram o cüzão no chão e eu comecei a socar a cara dele, acendi um cigarro e queimei a ferida dele, o miserável já tava quase desacordado, quando eu olhei pro lado a ruiva tava na porta, os olhos dela ficaram arregalados quando viu oque eu estava fazendo com o traidor, mandei o vapor levar ela pra dentro, continuei torturando mais um pouco o desgraçado, mais eu não queria ele morto, então falei pro vapor.

Ceifador : Leva esse verme pro galpão, deixa ele lá, mais tarde eu faço ele conhecer o inferno - Falei e dei as costas.

Caminhei e entrei em casa, fui andando em direção à escada e falei sozinho.

Ceifador : Agora eu vou cobrar você Ruiva - Falei bolado por ver que ela queria fugir .

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