Cárcere Privado

Ceifador narrando

Eu não queria fazer oque eu fiz com a Ruiva na frente da mãe dela, mais a mina tem a língua afiada e gosta de me confrontar, ela tem que aprender a falar com bandido, eu não posso baixar a bola não, senão neguinho monta nas minhas costas, sou Dono dessa porrä toda aqui, todo mundo me deve respeito, se eu não for assim vägäbündo faz covardia por achar que eu sou bom, eu tenho que ser ruim mesmo, botar medo em geral pra não virar defunto nas mãos dos cana ( Polícia ) se bandido for bom demais só se föde.. Peguei ela pelos cabelos e saí arrastando, os Zé povinho do morro estavam tudo olhando pra depois fazer fofoca, mais se eu pegar alguém falando sobre a ruiva eu vou meter a porrada, a mãe dela veio tentar tirar a ruiva da minha mão, eu mandei ela pular fora do bagulho, oque me deixou putö foi ver o irmão dela chorando, o menor tava assustado, eu não gosto desses bagulho não, mas ela procurou, soltei o cabelo dela e fiz ela andar na minha frente, eu estava com a glock apontada pra ela, fui empurrando ela até a minha casa, deixei até a minha moto pra trás, os vapores quando me virão com a Ruiva não entenderam nada, mais ninguém ousou sequer abrir a boca, eles não são doido, quando eu ia entrar com ela em casa, chegou a mãe dela junto com o irmão, e a irmã do Jota, a ruiva quando viu elas começou a chorar, eu já tava boladão e falei.

Ceifador : Ela vai ficar comigo tá ligado ? vocês podem ir embora parceiro - Falei enquanto segurava o braço dela.

A mãe da ruiva chorava e pedia pra eu soltar ela, a irmã do Jota deu um passo a frente me olhando, e falou.

Melissa : Olha Ceifador, eu sei que não te conheço muito bem, mas eu venho fazer um pedido....

Ceifador : Pode parar, ela não vai sair daqui, pronto e acabou, agora mete o pé daqui vocês - Falei curto e grosso sem deixar ela terminar.

Melissa : Por favor deixa ela voltar lá para casa então, eu prometo que ela não vai sair daqui, o meu irmão estava até querendo ter um relacionamento com ela - Ela disse me deixando furioso por dentro.

Eu perdi a paciência depois de ouvir que o Jota tava querendo a ruiva e atirei pro alto assustando elas.

Ceifador : ELA NÃO VAI PORRÄ, VOCÊS ESTÃO QUERENDO MORRER ? - Perguntei ameaçando elas.

A Ruiva ficou desesperada e começou a falar.

Fernanda : Vão embora por favor, eu.eu vou ficar bem, vão logo - Ela implorou chorando.

A mãe dela e a outra lá saíram chorando, eu empurrei ela pra dentro de casa, ao chegar na sala a Vânia parou de varrer a casa e se aproximou sem entender nada, ela olhou pra ruiva e logo em seguida me olhou séria, ela colocou as mãos na cintura e perguntou.

Vânia : Eu posso saber oque está acontecendo Pedro ? - Ela acabou revelando o meu nome na frente da ruiva.

Eu encarei a Vânia boladão e mesmo tendo muito respeito por ela tive que chamar sua atenção.

Ceifador : Qual foi coroa, tu sabe muito bem que eu não gosto que me chame pelo nome na frente dos outros - Falei num tom bem sério.

Vânia : Deixa os teus chiliques para depois, eu quero saber oque essa moça está fazendo aqui ? - Ela encarou a ruiva.

A todo momento a mandada ficou calada, e eu até achei bom ela manter a boca fechada pra eu não me estressar mais do que já estava estressado.

Ceifador : Ela vai ficar aqui, e eu acho bom você ir se acostumando - Mandei o papo reto.

Vânia : Você tá ficando maluco ? Você lembra oque aconteceu quando colocou aquela ...

Eu arregalei os olhos encarando a Vânia como eu nunca havia feito, ela entendeu o meu olhar e se calou na hora, ela sabia que se continuasse eu não responderia pelas minhas atitudes, mas pra ela não tentar falar desse assunto novamente, eu fiz questão de reforçar.

Ceifador : Você não tenta tocar nesse assunto tá me ouvindo ? Eu te respeito pra cärälho, mas se você abrir a boca pra falar disso outra vez, eu te coloco pra fora daqui - Falei revoltado por ter que lembrar do que mais me dói.

Sem dizer mais nada eu peguei a ruiva pelo braço e puxei ela em direção as escadas, ela não me deu trabalho nenhum, não dizia uma só palavra, ao chegar de frente pra porta do quarto de hóspedes, eu falei.

Ceifador : Tu vai ficar aqui, não vai te faltar nada, tudo que é seu eu vou mandar alguém trazer - Olhei pra ela que estava de cabeça baixa.

Fernanda : Oque eu quero, eu não posso ter, você é outro monstro - Ela disse com a voz falha.

Eu não dei ouvidos e abri a porta do quarto jogando ela lá dentro, logo em seguida eu tranquei, caminhei pelo corredor até chegar no meu quarto, eu precisava esfriar a mente, tava muito bolado, fui pra varanda e fumei um bäsëado, minha mente parecia que ia explodir, um tempo depois saí de casa à pé feito um furacão e fui pra boca.

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Fernanda narrando

Agora estou aqui, trancada num quarto muito bonito mais que nem enche os meus olhos, com a merda da minha liberdade privada por monstro que me fez mau na frente da minha mãe e do meu irmão que é apenas uma criança, eu me pergunto porquê levo uma tão sofrida, as vezes chego à pecar pensando que Deus pode ter esquecido de mim, eu não entendo o motivo de tanto sofrimento, eu sou uma pessoa tão boa, meu coração é puro, eu só queria uma chance de ser feliz, de poder dar o melhor para minha mãe, de colocar o meu irmão numa escola boa, mais agora aqui trancada todos os meus sonhos foram por água abaixo, eu não sei se ele vai me soltar um dia, talvez eu passe a vida inteira como prisioneira de um monstro, penso em tudo enquanto as lágrimas rolam pelo meu rosto, me levanto do chão e vou até a grande cama, me deito ainda chorando e fico pensando na minha mãe e no meu irmãozinho, eles não mereciam ter visto aquilo tudo, já não basta estar sofrendo pela perca do meu pai, agora tenho que sofrer nas mãos de um homem que nem me conhece, que vida difícil, se eu tivesse uma oportunidade de tirar a minha própria vida, eu não pensaria duas vezes....

Depois de tanto chorar eu acabo pegando no sono com os olhos inchados e a cabeça doendo sem parar.

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