Fernanda narrando
Depois do Ceifador ter me acertado um tapa no rosto e me jogar no chão, ele me levantou e tentou me abraçar, eu afastei ele de mim e disse que sairia do morro, dei as costas para ele e fui caminhando para casa chorando, eu perdi o único emprego que consegui por um capricho daquele cretino, eu estou morrendo de raiva dele, porquê os homens pensam que podem fazer oque bem quiserem com as mulheres ? eles são uns idiotas, machistas, aí que ódio de homens assim, pensei enquanto andava apressada.
Ao chegar na casa da Mel, todo mundo estava dormindo, só o Jota que não estava em casa, fui direto para o banheiro e tirei a minha roupa para tomar um banho, enquanto a água caia sobre o meu corpo minhas lágrimas rolavam sem parar, eu não merecia ser tratada como o Ceifador me tratou, aquele homem só pode estar doente da cabeça, nós nem nos conhecemos e ele quer mandar na minha vida, mas eu não vou permitir que isso aconteça novamente, amanhã bem cedo eu vou embora desse lugar, para evitar outra tragédia, ele não vai ser mais um " Terror " na minha vida, eu não vou me sujeitar a passar tudo de novo, após terminar o meu banho, eu me sequei e sai do banheiro enrolada na toalha, tomei um susto ao ver o Jota me olhando sem disfarçar, ele se aproximou e disse.
Jota : Desculpa ruivinha, te assustei né ? - Ele perguntou e sorriu.
Eu senti a minha bochecha ficar quente de vergonha, e respondi.
Fernanda : Oi Jota, é você me assustou, mas está tudo bem - Disse sorrindo fraco para ele.
Jota : Precisa conversar ruivinha ? - Ele perguntou num tom preocupado.
Fernanda : Não, muito obrigada por perguntar, eu só preciso descansar - Falei desanimada.
Jota : Tudo bem, se precisar tô por aqui se ligou ? - Ele perguntou me fazendo sorrir do seu jeito de falar.
Fernanda : Pode deixar, boa noite Jota - Disse entrando para o quarto.
Jota : Boa noite linda - Ele me olhou de uma forma diferente e sorriu de canto.
Eu fechei a porta do quarto e pensei comigo mesma " Será que o Jota está interessado em mim ? " neguei e afastei esses pensamentos da cabeça, vestir uma roupa confortável e me deitei na cama ao lado da minha mãe, o meu irmão estava dormindo no colchão no chão, por ser só dois quartos, a Mel está dividindo o dela com o Jota, e o quarto do Jota estamos dormindo eu, minha mãe e o meu irmão, por fim, eu acabei dormindo por estar muito cansada e tarde.
Acordei bem cedo com o sol batendo no meu rosto, minha mãe já não estava mais na cama, só o meu irmão que continuava dormindo, eu me levantei e fui para o banheiro fazer minhas higienes, voltei para o quarto e coloquei um short jeans, uma blusa preta de alça fina, e prendi o meu cabelo em um rabo de cavalo, fui para à sala e a minha mãe estava ajudando a Mel à preparar o café da manhã, me aproximei e contei para elas oque havia acontecido ontem, minha mãe muito assustada disse que não poderíamos continuar morando aqui no morro, e eu como já estava decidida à ir embora com eles falei que hoje mesmo sairíamos aqui, a Mel ficou muito triste, mas não tinha nada oque fazer, nada iria mudar a minha decisão, tomamos café juntas e assim que terminamos fomos para o quarto arrumar as nossas coisas.
Melissa : Amiga eu queria tanto que vocês ficassem aqui, é uma pena não poder ir com você - Ela disse com os olhos marejados.
Fernanda : Não fique triste meu amor, nós vamos continuar nos falando por telefone, eu ainda não sei para onde vamos, mas com fé em Deus vai dá tudo certo - Eu disse com a única esperança que havia sobrado.
A Mel me abraçou forte, e logo a minha mãe disse.
Tânia : Mel, eu quero te agradecer por ter nos acolhido em sua casa, me desculpe por tantas despesas, um dia se Deus permitir, eu voltarei aqui para lhe retribuir toda ajuda, e foi um prazer te conhecer, em pouco dias eu já criei um enorme carinho por você e pelo o seu irmão - Minha mãe disse segurando a mão dela.
Depois de muito tempo, ficamos prontos para ir embora, a despedida foi muito triste, logo saímos da casa da Mel, estávamos andando em direção à saída do morro, meu irmão ainda sonolento e minha mãe carregando as bolsas, eu também estava levando minha mochila e algumas bolsas na mão, quando estávamos na metade do caminho, o Ceifador parou sua moto na minha frente, ele desceu me encarando friamente, e disse que eu não iria sair do morro, eu já estava de saco cheio, cansada de ter medo, eu decidi debater.
Fernanda : Porquê eu não vou poder sair ? Por acaso você me manda ? Eu acho que não né, então faça o favor de sair da nossa frente - Disse com muita raiva olhando para ele.
Minha mãe apertou o meu braço querendo me repreender por está enfrentando um traficante, eu não me calei, continuei falando.
Fernanda : Você manda no seu morro, da minha vida cuido eu, nem você e ninguém tem o direito de mandar no que eu faço - Falei com toda minha coragem.
Ele me olhava como se quisesse me matar, algumas pessoas que passavam ficaram olhando, ele chegou bem perto de mim, e eu pude ver a escuridão nos seus olhos, ele então apertou o meu braço sem querer saber de ninguém, e disse.
Ceifador : Tenta sair daqui pra tu ver, paga pra ver sua mandada - Sua voz saiu carregada de raiva.
Fernanda : Solta o meu braço, você tá me machucando - Eu pedi empurrando ele.
Meu irmão começou a chorar e minha mãe não sabia oque fazer, o Ceifador não estava ligando para quem estava olhando, ele me puxou pelo braço e me encostou na parede.
Ceifador : Tu não vai conseguir sair daqui, tá me ouvindo garota ? Tu pode tentar oque quiser, mas não vai sair desse morro - Disse com o rosto próximo do meu.
Eu não fiz por menos, se eu já estava na merda, não tinha mais oque temer, empurrei ele com toda minha força, mas ele voltou com tudo para cima de mim, minha mãe tentou falar com ele, mas o doente estava transtornado outra vez, ele gritava dizendo que eu não ia ir embora, eu debatia com ele falando que ele não me mandava, a rua encheu de pessoas.
Ceifador : SE TU TENTAR SAIR DAQUI EU TE METO BALA, SUA FILHA DA PÜTA - Ele gritava furioso.
Fernanda : ATIRA, ME MATA LOGO NESSA MERDA - Disse ficando frente a frente com ele.
Ele tirou a arma da cintura e atirou duas vezes para cima, eu fechei os meus ouvidos com a mão, ele me pegou pelos cabelos e gritou.
Ceifador : PAGA PRA VER PORRÄ, EU TE MATO SUA MANDADA, BORA FILHA DA PÜTA - Ele saiu me arrastando na frente de todos.
Tânia : LARGA ELA, DEIXA A MINHA FILHA - Minha mãe agarrou ele pelo braço.
Ceifador : Me larga porrä, ela vai comigo - Ele continuou me puxando pelo cabelo.
Tânia : ALGUÉM FAZ ALGUMA COISA PELO AMOR DE DEUS - Minha mãe chorava com medo.
Meu coração batia acelerado, ele com certeza iria me levar para algum lugar e me matar, eu estava morrendo de medo, eu sei que confrontar ele foi um erro, mais eu não podia ficar calada e aceitar tudo como se fosse normal, ele soltou meu cabelo e foi me empurrando com a arma apontada para mim, eu já sabia que ia sofrer, então enquanto caminhava eu já me preparava esperando o pior...
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Atualizado até capítulo 84
Comments
Cida Souza
ele está fazendo a mesma coisa que o outro, qual a diferença...
2025-04-02
0
Maryan Carla Matos Pinto
é o antigo ditado: bateu , levou
2025-03-27
0
Gabriella Esteves
ue mina vc q bateu na cara dele e ele só te devolveu aff n aguenta n é
2025-01-08
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