Arrependimento de um erro

Ceifador narrando

Porrä a ruiva dificultou tudo mano, eu pedi pro Duca chamar ela pra nós trocar uma ideia de boa, a mina não foi ao meu encontro na esquina e ainda deixou um recado abusado pro VN, eu fui atrás dela dentro do bar, cheguei na cozinha ela tava toda distraída fritando alguma coisa e balançando o corpo no ritmo da música, deixei até de ver o futebol por causa dessa diaba, falei firme olhando pra ela.

Ceifador : Você vem comigo agora.

A ruiva virou rápido pra me olhar, e logo soltou uns abusos pro meu lado, eu dei dois passos longos na direção dela cheio de raiva e vi ela fechar os olhos com medo, minha vontade era pegar ela de porrada, mas algo dentro de mim não deixou eu tomar essa atitude com ela, tive que respirar fundo, peguei ela pelo braço e saí puxando, a mina tava fazendo maior força pra não ir comigo, quando saímos juntos de dentro do bar os homens que estavam quase babando em cima dela nem quiseram mais olhar, ela pedia pra eu soltar o seu braço, eu fingir nem ouvir, o VN tentou falar comigo, eu não dei ideia, levei ela até um canto afastado onde tinha deixado a moto, e perguntei.

Ceifador : Tu vai querer ir por bem, ou tu vai por mal ? - Encarei os olhos dela.

A ruiva não me respondeu e ficou tentando puxar os braços da minha mão, eu já tava começando a ficar püto, soltei o braço dela e rapidamente segurei o seu maxilar fazendo ela me encarar, os seus olhos estavam cheios de lágrimas, ela me olhava com raiva, eu não pensei duas vezes, tirei a pistola da cintura e apontei pra ela só pra botar medo na ruiva, eu não ia machucar ela sem motivos.

Ceifador : Sobe agora na porrä dessa moto - Falei apontando a arma pra ela.

Fernanda : Por favor, não faz isso, me deixa trabalhar, eu preciso sustentar a minha mãe e o meu irmão, eles precisam de mim - Ela me implorou quase chorando.

Eu abaixei a arma e virei de costas pra ela, respirei fundo tentando me controlar, eu não sei que porrä eu tava sentindo, se fosse com outra eu já tinha metido a porrada, eu me virei pra ela e vi suas mãos tremendo, ela tava com medo de mim.

Ceifador : Pega a visão garota, tu não quer sair daqui comigo né ? Eu vou te falar isso aqui mesmo, você não vai trabalhar mais nesse bar, pode tirar o cavalinho da chuva - Falei bolado com ela.

Fernanda : Como eu vou parar de trabalhar me diz ? Quem vai me sustentar ? - Ela perguntou num tom de raiva.

Ceifador : Baixa a bola porrä, tá pensando que tu tá falando com quem garota ? - Segurei ela pelos cabelos atrás da nuca.

Fernanda : Me larga, você tá me machucando - Ela pediu tentando se soltar das minhas mãos.

Eu olhei dentro do olho dela e disse.

Ceifador : Bora, tu vai entrar lá agora e vai pedir pra sair, se tu não fizer isso, eu te faço passar vergonha na frente de todo mundo - Mandei ela fazer uma escolha.

A ruiva me olhava com desprezo, eu soltei o cabelo dela, e fiquei encarando ela friamente por alguns segundos, até que ela me deu as costas e caminhou em direção o bar, eu fiquei esperando por um tempo, já tava sem paciência, vi ela caminhando as pressas e virando pra entrar na rua da esquina, eu gritei chamando por ela mas a mina é tão mandada que não me deu atenção, eu subi na moto e acelerei indo por outra rua, virei entrando no beco onde ela teria que passar, desliguei a moto e continuei sentado em cima só esperando a ruiva, em poucos minutos ela entrou no beco, ela vinha caminhando de cabeça baixa, tava tudo escuro e ela nem tinha me visto ainda, quando ela chegou mais perto, eu disse.

Ceifador : Você não vai fugir de mim - Falei num tom mais calmo.

Ela se tremeu toda pelo susto e parou no mesmo instante, ela me olhava como se estivesse vendo um fantasma, ela estava com os olhos arregalados e a respiração ofegante, eu desci da moto e parei de frente pra ela, fechei a cara boladão, mesmo sabendo que ela estava com medo de mim, a ruiva não fez por menos e me questionou com sua língua afiada.

Fernanda : Você vai ficar me seguindo ? já não basta ter me feito perder o único emprego que eu consegui aqui - Ela me encarou como se quisesse me peitar.

Eu me aproximei encurralando ela contra a parede, botei minhas mãos à cima da cabeça dela enquanto olhava fixamente nos seus olhos, só aí eu pude sentir o perfume dela, um cheiro doce que me deixou hipnotizado, eu olhava pro rosto dela com vontade de beijar aquela boca rosada, ela toda marrentinha me encarava como se fosse me fuzilar com os olhos, eu não dei importância pra mais nada e ataquei a boca dela num beijo apressado, segurei seus cabelos atrás da nuca e colei o meu corpo no dela, a ruiva não estava correspondendo ao beijo, eu parei de beijar sua boca e ela me empurrou, logo em seguida acertou um tapa na minha cara.

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Fernanda narrando

O Ceifador me beijou e eu não correspondi, estava morrendo de raiva por ele ter me feito perder o emprego e também por me fazer passar vergonha na frente de todo mundo quando me tirou do bar me puxando pelos braços, automaticamente quando ele afastou os seus lábios dos meus, eu empurrei ele e acabei dando um tapa em seu rosto, só aí que eu percebi a merda que eu tinha feito, ele me encarou de uma forma sombria que fez o meu corpo inteiro se arrepiar de medo, o meu coração disparou, e eu falei.

Fernanda : Me.me de.desculpa, eu não queria fazer isso. eu.eu - Não tive tempo para terminar de falar, ele me pegou com muita força pelos cabelos.

Ele me jogou contra a parede puxando muito fortes os meus cabelos, eu só sabia gemer de dor.

Ceifador : TU VAI APRENDER QUE NA CARA DE BANDIDO NINGUÉM BATE - Ele gritou perto do meu ouvido.

Fernanda : Por favor não me machuca, me perdoa, eu tô arrependida - Implorei com muito medo.

Ele não me deu ouvidos e começou a me puxar pelos cabelos para fora do beco, eu continuava implorando para ele não fazer nada comigo, ele me acertou um tapa no rosto fazendo eu me arrepender amargamente por ter batido em sua cara, logo em seguida ele me jogou no chão, a rua estava deserta, ele subiu em cima de mim feito um louco, ele estava transformando no verdadeiro demônio, os seus olhos estavam escuros e sombrios, eu cometi o pior erro da minha vida...

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