Alexandre tomou minha mão, sem se despedir de ninguém, me conduziu até o elevador. Antes de entrar, pude ouvir algo quebrando e um grito familiar. Com toda certeza alguém estava morrendo de ódio por ter seu plano arruinado, mas conhecendo Virgínia, ela não desistiria tão fácil.
Para minha surpresa, que esperava um quadro de hotel com muitos itens de sacanagem, Alexandre me levou para uma sala de reuniões. Havia um sofá, uma enorme mesa com várias cadeiras, um telão, geladeira e um pequeno bar.
— Uma sala de reuniões? Pensei que tinha me dito que era um quarto. Você tem uns fetiches bem estranhos, não é? Não estou julgando, só é bem estranho. Será que você tem uma queda por funcionárias? Por isso, quer fazer no local de trabalho? — Perguntei olhando ao redor. Era bem bonito e organizado, mas completamente impessoal, não deve ser dele.
— A maioria das mulheres normal, não aceitaria a proposta. Normalmente faço isso para mostrar que elas não têm valor algum. Deixando claro que vão ser apenas pagas para desempenharem sua função e depois serão esquecidas. Fiz o mesmo com sua irmã. Ela demorou um bocado para entender. Fiquei tão cansado da falta de resposta delas, que paguei a conta e fui embora. — Alexandre se jogou no sofá me olhando intrigado. — Tenho certeza que você tem ciência disso, mesmo assim, me usou para fazer uma cena. Acho que sou apenas uma peça para uma vingança.
— Me desculpa. E também... Pelo beijo inesperado. Peço perdão. Quando vi minha irmã entrando, não pude controlar meu ódio. Queria atingir ela de alguma forma. Tinha forma maior do que pegar o homem que ela tanto deseja, mas não tem? — tentei me explicar, óbvio que não era algo facilmente aceitável, mas claramente ele é gay, não vai fazer diferença.
— Compreendo, acho que é a primeira vez que sou usado. É interessante. Quero saber um pouco mais do que você quer saber. Você não parece ser o tipo de pessoa que vai para encontros às cegas ou beija desconhecidos. O que realmente quer de mim? — Alexandre foi direto ao ponto. Ele já tinha notado todo o jogo. Faz jus a sua fama de grande empresário. Não é qualquer um que consegue passar. A perna nele.
— Sendo sincera, vai parecer bem bobo e imaturo, mas minha irmã gosta muito de você. Não sei se como pessoa ou o status que vem junto com você, mas não importa para mim. Sei que minha irmã quer você. E eu não quero que ela tenha o que quer. Sendo assim, achei que seria interessante fazer uma proposta de casamento para você. — Fui completamente sincera. Não posso enganar ele. Meu plano é servir de escudo, assim ninguém vai questionar sua sexualidade, ele poderá viver como bem quiser e eu poderei ter o único da minha vingança.
— Então, seu plano não é apenas fazer ciúmes ao seu noivo e à irmã. Você quer casar comigo apenas porque ela gosta de você? Não é um pouco demais? Estamos falando de um casamento. — Alexandre me olhava confuso. Ele estava certo. Havia muitas formas de fazer isso sem ter que me casar.
— Eu preciso de segurança para fazer o que eu quero. Descobri que minha irmã está planejado não apenas roubar meu futuro marido, mas o plano real é tirar a empresa das minhas mãos. Como deve saber, que tenho ações na empresa, herdei da minha mãe adotiva quando ela morreu, além daquelas que devo herdar do meu pai. Isso fará de mim, a maior acionistas e também, a pessoa com mais direito à presidência. Minha irmã quer roubar isso de mim. E acho que o plano dela não deve ser apenas roubar minhas ações por meio de Caio, ela também planeja me matar. — Talvez eu esteja enganada, mas aquela mulher quer mais do que apenas as minhas ações e dinheiro.
— Entendi, mas estamos falando de um casamento. Podemos te deixar segura apenas enviando você para fora. Pode gerir tudo de um lugar desconhecido. Não há necessidade de um casamento. — Alexandre tinha o pensamento lógico, mas eu queria vingança, não apenas proteção, para me vingar, eu preciso está protegida pelo nome da família dele.
— Eu quero vingança. Tirar tudo delas. E eu sei que você precisa de uma esposa, não é? Com todos os rumores sobre sua sexualidade, as ações tanto da empresa da sua família, como das suas estão instáveis. Alguns acionistas até estão ameaçando tirar o investimento caso não se case, por isso, você está se encontrando com o máximo de mulheres possíveis, para acalmar eles, mas eu e você sabemos que eles não vão se contentar com apenas isso. Você precisará casar para desfazer os rumores. — Era uma proposta de não dupla. Eu o protegeria dos rumores e eu iria usar o peso de seu nome para ter o que eu queria. — O que você acha dessa proposta? Um casamento de contrato, onde os dois vão sair ganhando?
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Atualizado até capítulo 101
Comments
Adriane Alvarenga
Normalmente nas histórias, o CEO, quem faz a proposta, nessa é ela quem faz....amando.....❤❤❤❤❤
2024-03-27
40
Marlon Monteiro
caramba eita mulher porreta decidida estou amando não fica chorando se lamentando, vai a luta 👏👏👏👏👏👏
2024-04-20
4
Socorro Castro Castro
esse é um contrato de negociação para os dois certo autora
2024-05-04
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