Capítulo 5

Após o maghrib, Juragan Adi chegou em casa com seus dois homens de confiança, Ujang e Jajak. Não se sabia de onde eles vinham, e Andrew também não perguntou, pois estava ocupado conversando com sua mãe.

Desde de manhã, o humor de Laras não melhorava após trazer à tona o problema de Maharani. Ela continuava a chorar, com muito medo de imaginar o destino da filha, cujo estado era incerto. Se Maharani tivesse morrido, ela desejava ao menos ver seu corpo, mesmo que fossem apenas ossos.

"Eu vou me esforçar para encontrar a Rani, mãe." Prometeu Andrew.

"Você precisa encontrá-la, meu filho. Eu não consigo suportar pensar que sua irmã pode estar desaparecida sem nenhuma notícia." Disse Laras.

"Antes, a Rani tinha um namorado, mãe?" Perguntou Andrew.

"Não, meu filho. Eu já perguntei à Lisa." Respondeu Laras.

Andrew ficou imerso em pensamentos, tentando imaginar para onde Maharani poderia ter ido. Ele suspeitava que Rani pudesse ter fugido com um namorado, mas sua mãe afirmara que Rani não tinha ninguém.

"Eu vou descansar agora, mãe. Amanhã, vou investigar o paradeiro da Rani." Disse Andrew, dando esperança à sua mãe.

Laras concordou em entrar no quarto. Ela se sentia culpada em relação a Maharani. Se a filha realmente não estivesse mais ali, provavelmente ela estava agora assistindo de algum lugar como sua vida era boa.

Um bom marido que sempre a tratava com carinho, além de um enteado que era como um filho para ela. Se Maharani ainda estivesse ali, Laras certamente se sentiria a mulher mais feliz do mundo.

"Você não deve dar esperanças à sua mãe, Andrew!" Juragan Adi sentou-se ao lado do filho.

"O que o pai quer dizer com isso? Eu só quero me esforçar para encontrar a Rani." Disse Andrew, confuso.

"Você acha que eu não tenho procurado por ela? Tenho ido a todos os lugares, mas os resultados sempre são nulos." Juragan Adi mostrava uma expressão triste.

"Não pode haver nenhuma pista, pai?!" Andrew não acreditava.

Juragan Adi soltou um suspiro pesado, olhando para longe. Seu rosto envelhecido refletia dor e sofrimento. Andrew começou a se sentir mal por seu pai.

"Naquela noite, ela apenas pediu permissão para ir à mesquita. Eu já tinha avisado que tinha um pressentimento ruim, mas ela foi mesmo assim, apesar da chuva forte." Recordou Juragan Adi.

"Ela estava na porta, sorrindo para você, e eu não sabia que aquele seria o último sorriso da sua mãe! Ela nunca mais sorriu desde então." Juragan Adi limpou as lágrimas que escorriam pelo rosto.

Andrew também chorou, olhando para baixo. A garota que era tão alegre e cheia de vida não estava mais entre eles. Talvez seu coração pudesse encontrar paz se soubesse que Rani havia falecido devido a uma doença.

Na cozinha, Diah e Marni escutavam a conversa entre pai e filho. Marni estava irritada porque elas tinham a tarefa de levar oferendas ao templo.

"Você não se cansa de reclamar, Mar?" Repreendeu Diah, enquanto segurava uma tocha para iluminar o caminho.

"Por que não fazemos isso à luz do dia? Eu também tenho medo, mesmo sendo empregada." Respondia Marni, frustrada.

"Você só reclama! É a nossa tradição deixar oferendas." Disse Diah, que tinha uma paciência infinita.

Embora Diah também sentisse medo de andar até o templo à noite, elas seguiram um caminho estreito para chegar rapidamente. Marni carregava uma bandeja grande com diversas ofertas.

Os moradores acreditavam que o templo poderia trazer prosperidade se fosse bem cuidado. Eles seguiam o exemplo de Juragan Adi, que sempre deixava oferendas lá. Na verdade, aquela noite seria para uma grande celebração, pois no dia seguinte haveria a colheita de arroz, mas foi cancelada devido à saúde debilitada de Laras.

Finalmente, as duas chegaram à frente do templo, que parecia muito assustador. Marni hesitou ao subir os degraus, levando suas oferendas. As ervas daninhas que se espalhavam pela parede aumentavam a sensação de terror.

"Deixe isso aqui rápido." Diah parecia nervosa assim que entrou no templo.

Dentro do templo, havia um pequeno poço com água perfeitamente clara, e as oferendas foram colocadas à frente do poço. Havia muitas oferendas deixadas anteriormente, algumas frescas e outras já em decomposição.

Blup, Blup.

De repente, a água do poço começou a borbulhar, causando enorme surpresa em Marni e Diah. Na verdade, elas ainda pretendiam limpar os restos da oferenda.

"O que é isso, irmã?!" Marni abraçou Diah, que estava paralisada olhando para o poço.

A água continuava a produzir bolhas cada vez maiores, e Diah ficou maravilhada ao ver cabelos flutuando na superfície. Uma cabeça também começou a emergir.

Um vento forte soprou, apagando a tocha que Diah segurava. Marni gritou de medo e saiu correndo sem direção, se separando de Diah, que ainda tentava focar o olhar na figura que surgia do fundo do poço.

"Eh... hehehe..."

Uma voz rouca soou em seus ouvidos, e o cheiro de carne podre misturado com o perfume de jasmim invadiu suas narinas. Uma mão gelada tocou o ombro de Diah.

"Me ajude..."

"Aaargh!"

Marni gritou histericamente ao segurar algo incompreensível, um objeto úmido e de cheiro nauseante. Diah, ainda aturdida pela aparição do guardião do templo, finalmente despertou.

"Marni... O que aconteceu, Mar?!" Diah tentava localizar Marni.

Mas, devido à escuridão impenetrável, era muito difícil encontrar sua amiga. Enquanto isso, Marni, que havia escorregado e tremia de medo, finalmente respirou aliviada ao sentir uma mão familiar.

"Estou com medo, irmã." Marni pensou que era Diah.

"Medo de quê, Marni?"

Uma voz que Marni reconhecia bem, a voz que não ouvia há um ano, de repente questionava-a naquela escuridão total.

"Rani? É você, Non Rani?" Marni gaguejou, tentando identificar o rosto.

Mas a mão de Marni acabou tocando um rosto em decomposição, para seu completo horror. Em sua palma, havia também um objeto redondo que exalava um cheiro insuportável.

"Irmã Diah, me ajude..." Marni gritou o mais alto que pôde.

"Mas aonde você está, Mar?!" Diah também estava confusa procurando por Marni.

Clang.

Era, sem dúvida, a bandeja que Diah havia derrubado. Como a escuridão dentro do templo era tão densa, ela decidiu abrir a porta para que um pouco da luz da lua entrasse e iluminasse o ambiente.

"Ó Deus, por favor, nos ajude." Diah orou em seu coração.

Finalmente, Diah encontrou a porta e a abriu largamente. Por sorte, a lua iluminava a terra naquela noite. Ela avistou Marni, encolhida de medo perto do poço dentro do templo.

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