capítulo 5

Félix

Acordei essa manhã cheio de energia, hoje não tenho aula, então quero passar um tempo passeando e lendo um bom livro. Quando desci pra cozinha, os meus pais já estavam lá. Recebi muitos beijinhos como sempre, eu sei que sou muito mimado por eles e eu amo isso demais. Tomamos café juntos e depois meus pais foram trabalhar e eu preparei alguns lanches, montei minha cesta, tomei banho e me aprontei pra sair.

Estava com um sorriso enorme porque ia aproveitar o dia, mas meu sorriso foi por água a baixo quando vi o maldito carro esportivo preto parado na minha porta.

- Bom dia, tampinha!

- Como você achou a minha casa? Tá me seguindo é?

- Sou um menino rico, não existe nada que eu não consiga descobrir.

-O que você quer mauricinho? não tá vendo que eu tô de saída.

- Entra no carro, eu levo você e a gente conversa.

- Ou, você deixa esse monumento ao capitalismo estacionado aí , e vem andando comigo.

- Andando?

- Sim, e o que os meros mortais fazem pra se locomover, consegui fazer isso mauricinho, ou precisa de ajuda nisso também?

- Haha, engraçadinho.

Por incrível que pareça, o alfa almofadinha desceu do carro e veio caminhar do meu lado.

-Agora Desembucha mauricinho, o que você quer?

- Meu nome é Isaac.

- Bom pra você.

Ele ficou me olhando como se esperasse eu dizer o meu nome também. Mas eu não sou obrigada a dizer meu nome pra qualquer um.

- Vai dizer logo o que você quer ou não?

- Você disse que eu não sou capaz de conseguir conquistar um ômega sem o meu dinheiro.

- Sim, eu disse porque é verdade.

- Ok, então você vai me ensinar.

- Ah mas não vou mesmo, tá achando o que mauricinho, que eu sou sua babá? sai fora!

- Já disse que meu nome é Isaac!

- E eu já disse que ouvi!

Nisso já estávamos gritando um na cara do outro.

- O que foi tampinha? tá com medo?

- Medo de que? de não conseguir te ensinar nada? isso com certeza!

- Não, você está com medo de se apaixonar por mim.

- Olha aqui a gente não tá em um filme bobo de comédia adolescente, então vê se se toca.

Ele acha que eu vou cair nessa provocação boba dele. Até parece que eu vou algum dia me interessar por alguém que é exatamente tudo que eu detesto nessa sociedade de merda.

- Achei que fosse mais corajoso Félix Thompson, mas vejo que é só mais um ômega comum e fácil de conquistar.

Tá legal, ele conseguiu.

- Tá certo mauricinho, você que procurou por isso. Se vamos realmente fazer isso, você vai me obedecer em tudo, vai fazer exatamente o que eu mandar você fazer e sem reclamar.

- Você realmente acha que um ômega pode mandar em um alfa?

- Isso é com você bonitão.

- Ok, então quando a gente começa?

- Agora mesmo. Olha só, você está tentando me conquistar, então precisa ser um cavalheiro, ser gentil e atencioso.

- Entendi, eu posso fazer isso.

- Ah é entendeu? Então porque eu ainda estou carregando essa cesta pesada enquanto o alfa bonitão tá só olhando pra minha cara?

- Você precisa ficar atento às necessidades do seu ômega, entender o que ele precisa e fazer isso sem esperar que ele peça. Um bom Alfa deve colocar sempre seu ômega como prioridade.

Isaac

Esse negócio de conquistar é mais difícil do que eu pensei. Achar a casa do tampinha foi fácil, o Grover me deu todas as informações sobre ele,nome telefone e endereço, saldo bancário, tudo.

Estou aqui agora fazendo coisas que eu nunca tinha feito antes, caminhando ao lado de um ômega e carregando as coisas dele. Apesar de ser uma coisinha irritante, o ômega também é muito bonito, agora que eu estou prestando atenção, ele tem um cheirinho gostoso de morango, o que eu acho muito engraçado já que ele é igual a um morango, é azedinho e doce ao mesmo tempo.

Quando chegamos no parque comecei a colocar em prática o que o Félix me ensinou,olhei em volta e procurei o lugar mais afastado e com sombra de árvore, quando achei conduzi o Félix pra lá mesmo ele resistindo. Quando chegamos, estendi a toalha que tava na cesta e me sentei e coloquei a cesta do meu lado e fiz sinal pra ele sentar também. Vi que ele ficou meio surpreso.

- Tá bem, chega de aula por hoje grandão. Eu quero terminar o meu dia de folga.

- O que, como assim? Não vai querer se deitar no meu colo pra que eu leia pra você?

Ele me olhou com uma cara de nojo que me deixou ofendido.

- Pode parecer chocante pra você,mas eu sei ler tá bom. Agora fora daqui.

- Quando vai ser a próxima aula?

- Você não aprendeu nada hoje não? me surpreenda mauricinho.

Eu me levantei e dei um beijinho na testa do Félix , fiz pra deixar ele irritado, e super funcionou, ele me olhou com puro ódio no olhar.

Sai de là e voltei pra casa dele onde estava o meu carro, enquanto dirigia pensava em como fazer pra surpreender o Félix, e mostrar que eu posso ser atencioso e que eu posso dar prioridade a outra pessoa além de mim.

Nem percebi o sorriso bobo que estava no meu rosto desde o começo desse meu encontro com o tampinha.

Não queria ir pra casa e estragar o meu humor com as brigas dos meus pais e as perguntas infinitas da minha mãe sobre eu ter ou não um relacionamento, e também não podia ficar na casa do Levi porque sei que ele não fica a vontade de ser ele mesmo comigo ali. Então decidi passar na empresa e dar um beijo no meu pai e depois segui pro meu apartamento, esse apartamento é meu refúgio, o lugar onde eu posso fugir de tudo e de todos. Quando pedi ele de presente pro meu pai a 2 anos eu não sabia se ele iria entender e me dar, mas ele entendeu, e eu acho que ele queria ter um refúgio pra se esconder também.

Quando cheguei, deitei na minha cama tentando não pensar em um certo tampinha esquentadinho de cabelos vermelhos.

Mas falhei miseravelmente porque aquela coisinha não saiu da minha cabeça nem por um minuto.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***