Capítulo 10

O oposto da realidade vivida por Alice

Já vi que a minha convivência com o meu chefe será bem complicada porque ele é bem diferente de mim em todos os aspectos além de chato pra caramba, mas como preciso do emprego tenho que suporta tudo pelo menos até a minha língua permanecer quieta na boca. Ele não gostou muito quando o questionei sobre a educação que ele dava aos sobrinhos, mas que criança consegue ficar sem doces.

Alice - Droga\, um engarrafamento justo agora\, vou aproveitar para comer o meu sonho\, quer um pedaço?

Christopher - Não obrigado\, não sou muito fã de doces.

Alice - Está explicado. - "tadinha das crianças".

Christopher - Não entendi a sua ironia\, mas deixa para lá

Alice - Você não gosta de ouvir música chefe?

Christopher - Gosto\, mas em momentos apropriados e esse não é o momento.

Alice - Como você é chato liga o som ai pra gente ouvir uma música enquanto não saímos desse engarrafamento.

- Ele me olha feio e mesmo assim liga a som do carro e deixa a música tocar\, por incrível que pareça a música que está tocando eu gosto pra caramba e como estamos presos em um engarrafamento e o vidro do carro está baixo\, coloco a cabeça para fora e assim que passa o refrão começo a cantar bem alto.

O amor é o calor

Que aquece a alma

O amor tem sabor

Pra quem bebe a sua água

Lá, lalá lalá

Lalá lalá

Lalalá

Lá, lalá lalá

Lalá lalá

Lalalá

O amor é o calor

Que aquece a alma

O amor tem sabor

Pra quem bebe a sua água

Christopher - Ei sua maluca\, vão achar que você é doida.

- Ela continua cantando feito uma louca então decido desligar o som do carro para vê se a maluca para de cantar.

Alice - Ahhhhhh não desliga não eu adoro essa música do  Jota Quest.

Christopher - Também gosto\, mas não sou maluco como você.

Alice - Já ouviu a frase "quem canta seus males espantam?"

Christopher - Já. mas desse jeito você está espantando as pessoas\, dá para tirar o cotovelo daí que vou subir o vidro.

Alice - Claro senhor Bruner como quiser.

- Faço o que ele me pediu e assim que o vidro do carro sobe volto a comer meu sonho que por sinal está uma delícia e eu amo. Parece que o fim de tarde está bem complicando porque estamos paradas em plena rodovia piaçaguera a caminho do Guarujá  bairro nobre de São Paulo.

- Como levei bronca do meu chefe mal-humorado decido ficar quieta no carro enquanto como o meu sonho aos olhares dele que por incrível que pareça é extremamente lindo e tem um perfume maravilhoso.

- Ele sorrir meio que sem querer enquanto como e acabo perguntando o motivo do sorriso e porque me olha.

Alice - O que foi\, porque está me olhando assim?

Christopher - Nada\, não posso olhar para você?

Alice - Pode\, mas não assim.

Christopher- Assim como?

Alice - Assim do jeito que está me olhando mano.

Christopher - Você é lésbica?

Alice - Claro que não\, gosto de homem meu filho e bem macho mesmo.

- Ele faz um ar de riso e para a nossa sorte o trânsito começa a andar\, não falamos mais nada até porque ele está concentrado no volante. Após alguns minutos chegamos ao Guarujá e logo me deparo com casa belíssimas em condomínios luxuosos e enormes quando o carro dele entra em um deles e assim que paramos em uma das casas engulo seco.

- Nem juntando todo dinheiro do mundo conseguiria uma casa como essa\, ela é linda demais meu Deus\, muito diferente das casas do bairro da Consolação onde moro.

Christopher - Fecha a boca garota\, não é pra tanto.

Alice - Minha nossa senhora da Consolação\, pra quê uma casa tão grande dessa?

Christopher - Para morar uê.

Alice - Eu sei\, mas...

- Interrompo porque o carro entra na garagem e logo avisto uma senhora se aproximando dele e imagino ser a mãe dele eu acho...

Nalva - Até que em fim Chris\, pensei que não chegaria em casa hoje\, quem é a moça?

Christopher - A babá dos gêmeos\, chama o Flávio para me ajudar com as malas e aproveito e o libero para ir embora.

- A Nalva concorda e vai até o motorista pedi para que me ajude\, a Alice sai do carro assim como eu e fica parada a minha espera já que precisa entrar na casa\, mas não sabe por onde. Rapidamente o motorista se aproxima e logo olha para a rosada dos pés a cabeça a deixando incomodada.

Alice - O que foi nunca viu uma mulher de rosa não?

Christopher - Flávio essa a Alice\, a nova babá dos gêmeos.

Flávio - Me desculpe senhorita\, é que...

Alice - Nunca viu uma mulher vestida assim\, pareço uma palhaça para você?

Christopher - Flávio por favor\, vi como olhou assim que se aproximou\, me ajuda aqui com as malas e está liberado para ir embora.

- O meu funcionário só abaixa a cabeça e pega uma das malas levando-a para dentro de casa quando olhando para a Alice falo.

Christopher - Deveria está acostumada com as pessoas te olhando assim\, você é bem pavio curto né?

Alice - Eu não sou pavio curto\, só não quero ser palhaça para as pessoas por causa das roupas que visto\, tem pessoas que me olham curiosos pela forma que me visto e outras que me olham como se eu fosse uma tração de circo.

Christopher - Então deveria repensar nas suas vestimentas já que o jeito que as pessoas te olha te deixa incomodada\, mas não se preocupe que isso nunca mais irá acontecer\, pelo menos aqui em casa\, agora vamos entrar.

- Ela não fala mais nada e me acompanha já que estou segurando a sua outra mala\, sei que ficou incomodada pela forma que o Flávio a olhou\, mas não foi pela sua vestimenta rosa e sim pelas suas belas curvas. Mesmo magra a Alice consegue deixar qualquer homem paralisado com a sua beleza\, menos eu já que o projeto de boneca Barbie não faz meu estilo...

Continua...

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