Bom, era certo, ela não queria que eu a ajudasse. Garota, você sabe que sou um vampiro? Eu sorri com a ideia. Provavelmente ela conhecia nosso segredinho, e isso me deixou intrigado, era difícil encontrar um humano que sabia sobre nossa existência.
— Vou te dar uma chance, vá embora! — Eu disse, chegando perto do lobisomem.
— Idiota, você é apenas um híbrido ordinário! — Seu olhar irritado me fez rir, ele odiava vampiros, principalmente híbridos.
— Como pode dizer tal coisa sobre híbridos, se você mesmo é um? — Metade lobo, metade humano. Claro, a sociedade que não era híbrida praticamente não existia mais.
Ainda existiam alguns lobos que não eram filhos de humanos e lobos, e esses são os Alfas. Resumindo, atualmente apenas os Alfas são os mais fortes, existem apenas algumas famílias que dão continuidade aos Alfas.
— Entendo, você está irritado por ser híbrido? Queria nascer em uma família de Alfas? Haha, acho melhor guardar todo esse rancor, nada vai mudar quem você é! — As minhas palavras o deixaram furioso.
— Pare de provocá-lo, isso só vai piorar a situação! — Ela finalmente abriu a boca, mas sua expressão continuava afiada, e o seu tom de voz foi frio.
— Ei, se acalma princesa! — Eu provoquei. Normalmente sou alguém sério, mas eu não veria essa garota outra vez, então por que não?
— Eu não preciso da sua ajuda, e não me chame de princesa! — Ela disse, rangendo os dentes. Sua raiva era tão evidente, não sei porque ela tinha tanto ódio por mim.
— Tudo bem. — Se ela não quer minha ajuda, não irei insistir, afinal humanos ainda são apenas humanos. Servem apenas para saciar nossa fome, a única que tem valor é minha humana destinada, e mais ninguém!
O lobo veio para cima atacar, e eu saí do caminho. Ele estava indo diretamente para ela, pronto para matá-la.
(Ele vai rasgar a pele dela tão facilmente...)
Cheguei a pensar que seria desinteresse observar, pretendia sair, mas o cheiro dela ainda era magnífico.
— MORRA! — Nesse momento, ela superou todas as minhas espectativas. Aquela garota puxou algo que parecia ser um spray, e jogou no focinho e olhos do lobo.
Por pouco, ela não seria morta. Ele caiu, atordoado. Foi nesse momento que ela tirou uma adaga bem afiada, e referiu golpes contra o lobo sem parar.
— Impressionante... — Eu sussurrei. Ela só parou quando teve a certeza que ele estava morto.
— Eu disse que não precisava da sua ajuda! — Ela me olhou ameaçadoramente. Logo, ela pegou suas coisas e começou a se afastar, foi nesse momento que eu decidi tentar.
Por que não? Ela é uma humana, afinal. Por mais que eu duvide que seja ela, é uma garota extremamente interessante, não seria ruim se fosse ela a minha humana.
— Espera, princesa! — Eu segurei o braço dela.
— Me larga! — Ela não parecia sentir medo de mim.
— Eu só vou fazer um teste, coisa rápida! — Então foi nesse momento que eu a beijei. Foi meio estranho, na verdade foi muito estranho.
Não sabia dizer o que era aquela sensação, mas eu tive a certeza, tínhamos uma afinidade. Aquela garota era compatível comigo.
Que sorte, eu encontrei tão fácil... foi o que eu pensei enquanto a beijava, por conta do meus pensamentos, eu ignorei o fato que ela estava com a adaga na mão. Ela me apunhalou.
Claro, aquilo não era o suficiente para me matar, mas iria me deixar um pouco fraco.
— Ei, calma! — Eu a puxei, e então passei a língua naquele sangue que estava escorrendo.
(Incrível, por que esse sangue é tão bom?)
Algo diferente de tudo que eu já havia tomado, definitivamente aquela mulher era diferente...
— O que você está fazendo, seu louco? — Eu joguei o spray dela longe, e também a adaga. Ela ficou em choque com a forma que fiz tão rapidamente.
(Por que eu me sinto tão diferente?)
O sangue dela... por alguma razão eu me sentia mais forte, e saciado com apenas algumas gotas. Mas, minha maior surpresa foi quando meu corpo começou a queimar. Nas minhas costas, eu senti como se estivessem colocando um ferro quente em mim.
A dor era insuportável, mas o mais estranho de tudo... foi que ela também parecia estar sentindo a mesma coisa. Nós dois caímos no chão, mas ela perdeu a consciência, e eu não. Como não podia ver o que estava nas minhas costas, eu fiquei mais próximo dela, e olhei.
— I-Isso..? É a marca? — Eu fiquei surpreso, mas para ter a certeza, eu precisaria olhar em mim mesmo.
A dor durou alguns minutos, e depois passou. Ela permaneceu desacordada, acho que foi demais para uma mera humana aguentar. Mesmo sabendo que talvez pudesse não ser o meu caso, eu a levei comigo. Se ela tinha uma marca, deveria se tornar a minha parceira.
Mal sabia eu que estava levando minha própria inimiga para debaixo do meu teto...
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Atualizado até capítulo 103
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