Alguns dias atrás...
— Tem certeza que devo fazer isso, mãe? — Ruel estava sendo empurrado para fora do palácio por Úrsula.
— Eu já falei, é para o seu bem! Eu descobri seu problema, mas deve manter segredo. — Ela continuava o empurrando. — Vá e encontre uma humana que seja compatível com você!
— Mas para isso, eu teria que... — Beijar todas as garotas que ver pela frente? Teoricamente era isso que Úrsula sugeriu.
— Os sábios disseram que sua marca é oculta! Você deve encontrar sua humana através da compatibilidade. — Claro, ela não tinha obtido nenhuma resposta dos sábios, então precisou inventar.
— Por que minha marca é oculta? — Ruel claramente não estava entendendo.
— Porque sua humana é especial! Digamos que há algo errado com ela. — Úrsula inventou a primeira coisa que veio à mente.
— Então minha humana é defeituosa? — Ruel parou, olhando para Úrsula.
— Sim, é isso... pare de se preocupar, cuidarei dos assuntos internos! Já avisei a todos que você estará supervisionado em alguns lugares para descobrir se há irregularidades no reino. — Ela havia preparado tudo.
— Entendo... eu farei isso. — Como sempre, Ruel era obediente a Úrsula, e simplesmente fez o que ela pediu.
...[...]...
...Ruel:...
Eu sentia que aquilo não era a resposta. Por muito tempo, eu duvidei da minha própria mãe. Eu visitava o túmulo dela e me desculpava por pensar assim quando o arrependimento batia, mas Ainda assim, eu tinha aquela dúvida impregnada dentro de mim.
Bom, eu tentei ser um bom rei, mas ainda era apenas o começo para mim. Pelo meu povo, eu abri mão da mulher que amo, e fiz de tudo para que vivessem em paz. O único problema era essa marca, a minha humana não havia sido encontrada, e como seria? Tive que mandar fazer as buscas, como se eu possuísse a marca de nascença.
— Faz quanto tempo que não saio do palácio? — Desde que o meu pai morreu, eu não pisei os pés fora dos muros do castelo.
Não havia mudado muito, estava tudo igual. A diferença, é que o meu pai não estava mais comigo, não iríamos mais caçar juntos, ou conversar sobre tudo.
Eu fui primeiro aos lugares que já conhecia, e alguns me traziam tantas lembranças. E pensar que meu pai simplesmente morreu, e ninguém sabe a causa. Viver eternamente é uma dádiva concedida a nós, mas Ainda assim, há razões que nos levam à morte. No final, a imortalidade é apenas um nome, já que ninguém é imune à morte, nem mesmo um vampiro. É assim que eu comecei a pensar desde a morte do meu pai.
— Majestade! — Bom, eu ainda era o príncipe herdeiro quando vim até aqui. Agora, essas pessoas me bajulam agora, mas esse era o papel do meu pai, e eu fui ignorado, como se não valesse a pena olhar para mim.
— Estou fazendo uma vistoria, espero que não se importem! — Eu sorri, como sempre fiz em todos os momentos da minha vida, sejam bons ou ruins.
Eu saí logo de lá, afinal era uma vilã híbrida, os humanos ficavam distantes de nós. Na verdade, eles sabiam que existia um rei, mas o fato que eu sou vampiro, é desconhecido aos humanos.
— Acho que vai levar horas até encontrar a minha humana... — Me imaginei beijando a primeira humana que encontrar, isso foi estranho.
Esse método, queria que não fosse assim... mas seja eu, ou minha humana que sejamos defeituosos, devo continuar até que nos encontremos.
Eu cheguei na primeira vila humana, era tudo tão simples e comum. O cheiro deles era inebriante, eu ainda não tinha total controle sobre os meus extintos, afinal eu ainda não tinha a minha parceria, aquela que deveria ser a única que eu poderia tomar o sangue.
Quando a encontrar, como será o seu gosto? O meu pai disse que o gosto dos humanos marcados é superior aos comuns.
Eu olhei para as mulheres que estavam passando, nenhuma delas chamava minha atenção, ainda mais para que eu quisesse beijá-la.
— Talvez aquela... — Eu dizia a todas que passavam, sem coragem de ir diretamente tentar.
No final, escureceu, os humanos entraram nas suas casas, o movimento se dispersoHavia poucoscos do lado de fora, as pessoas aqui acreditavam em lendas sobre animais mitológicos que apreciam nas florestas, mas não acreditavam em vampiros.
— Tsk, a ignorância deles se tornou uma benção para predadores como nós... — Eu fiquei olhando para o céu.
E assim, se passaram mais dois dias. Eu não beijei nenhuma humana, até mesmo as que usei para me alimentar, não tive coragem de fazê-lo.
— Eu não posso voltar assim... — Não sei se minha recusa tinha haver com meus sentimentos por Ivone, ou se porque eu sentia que nenhuma delas era a minha parceira.
Como eu voltaria e diria a minha mãe que não tive coragem de beijar alguém? Eu estava pensando nisso quando aquilo aconteceu...
Era tarde da noite quando resolvi andar para acalmar os meus pensamentos que estavam a mil. A floresta era exatamente como me lembrava, claro que não mudaria, ainda mais em um ano.
Sinceramente, eu já nem tinha interesse em tentar achar minha humana, estava começando a pensar em como seria rejeição por todos e expulso do trono.
"O herdeiro de Hayden é um fracasso". Já imaginava todos dizendo isso, na verdade, provavelmente a minha mãe seria acusada de adultério, e como ela já está morta, quem seria julgado e queimado vivo, seria eu.
— Essa situação... — Eu suspirei. Foi então que eu senti um cheiro delicioso...
(Sangue, mas por que é tão diferente?)
Eu segui o cheiro de sangue, era inebriante e delicioso. Foi quando eu vi uma mulher, era apenas uma humana comum, mas estava lutando contra um lobisomem? Ela estava com o braço arranhado.
(Devo interferir? Ela vai morrer...)
Eu simplesmente ataquei. Talvez porque quisesse provar aquele sangue.
— Quem é você? — O lobo me olhou torto, depois que eu o joguei longe.
(Enquanto ele não for um híbrido de lobisomem, não é páreo contra mim...)
Híbrido vampiro/lobisomem, até mesmo eu sei que não sou forte contra um desses. Mas claramente aquele homem não era um.
Aquela garota me olhou de forma estranha, acho que não estava grata pela minha ajuda.
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Atualizado até capítulo 103
Comments
Isadora Santos
É impressionante q em todas as suas histórias eu fico viciada
2024-01-10
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Isadora Santos
Continua tá muito bom
2024-01-10
1