"Senhor, eu sou inocente. Eu não matei aquele bandido. Eu fui incriminado." Jonathan gritou por trás das grades de ferro. Ele nunca admitiria uma culpa que não lhe pertencia, nem mesmo em face da morte.
Ele havia repetido essa frase inúmeras vezes, mas nenhum policial se dispôs a ouvi-lo.
Jonathan estava detido há três dias, acusado de homicídio qualificado. As câmeras de segurança do local haviam sido propositalmente danificadas. Tudo parecia meticulosamente planejado, como se Arga estivesse conspirando com a polícia para remover Luna da lista de testemunhas, criando a ilusão de que ela nunca estivera presente.
Um plano impecável, no qual Arga apresentou duas testemunhas pagas que alegaram ter presenciado Jonathan matando Bima.
Jonathan era acusado de assassinar Bima premeditadamente, alegando-se que ele tinha uma dívida com o homem, mas se recusava a pagá-la. O motivo apresentado foi que, Jonathan, incapaz de suportar as cobranças insistentes de Bima, o matou durante um encontro na rua.
Essa era a versão apresentada por uma das testemunhas pagas. A polícia encontrou indícios para corroborar a história: um caderno no bolso do casaco de Bima, listando os nomes de seus devedores. O nome de Jonathan estava entre eles.
Dadas as circunstâncias e a acusação de homicídio qualificado, com a alegação de que Jonathan carregava uma adaga consigo, era altamente provável que ele fosse condenado à morte.
Sentado em um canto da cela, Jonathan era a imagem da derrota e do desespero. Sua vida estava arruinada. Sua reputação, manchada, todos o rotulando como um assassino. Seu rosto estampou as redes sociais e os noticiários da televisão.
Sua irmã mais nova teria alta do hospital no dia anterior. A preocupação corroía Jonathan, ciente da saúde frágil da irmã. Quem cuidaria dela se ele estivesse preso? Quem zelaria por ela?
As palavras de sua última conversa com Vanya ecoavam em sua mente. Jonathan havia lhe perguntado: "Quando você voltar para casa, o que você quer que eu cozinhe para você, maninha?"
Mesmo debilitada, Vanya não queria parecer frágil diante do irmão e respondeu com entusiasmo: "Quero comer espinafre feito por você, irmão. Sua comida é a melhor. E quando eu melhorar, quero ir à praia com você e a Luna."
Vanya e Luna haviam desenvolvido um laço especial. O comportamento de Luna com Vanya era notavelmente diferente do modo como ela o tratava. Apesar da arrogância característica de Luna, Jonathan encontrava consolo em saber que ela era capaz de gentileza com sua irmã.
No entanto, ele não conseguia entender por que Luna não o havia visitado nos últimos três dias. Nem mesmo um advogado havia sido enviado. E para piorar, segundo os depoimentos, Luna não estava presente na cena do crime.
Ao avistar um policial passando pela cela, Jonathan correu em direção às grades. "Senhor, por favor, me ajude. Eu preciso falar com a Luna, a CEO da YBS, ela é minha esposa. Ela pode confirmar minha inocência. E eu preciso saber como está minha irmã. Por favor."
O policial respondeu com um tom cansado: "Pare de inventar histórias. Você já repetiu isso várias vezes. Luna Xander não está no país, ela está em uma viagem de negócios no exterior."
Jonathan ficou atônito. Em um momento como este, Luna havia viajado para o exterior?
"E os policiais que me prenderam? Eles não viram a Luna comigo? Ela até lhes disse que eu era inocente!" Jonathan questionou, a voz embargada pela frustração.
Na noite do incidente, Luna havia se apresentado aos policiais, afirmando ser capaz de testemunhar a seu favor, pois Jonathan era inocente. Os policiais prometeram investigar o caso a fundo.
No entanto, o policial ignorou os questionamentos de Jonathan e se afastou, deixando-o sozinho com suas dúvidas.
Por que Luna viajaria para o exterior em um momento crucial como este? Seria possível que ela tivesse mentido para ele? Ela era a única testemunha que poderia provar sua inocência, mas não apenas havia se ausentado como também não cumprira a promessa de enviar um advogado. E ele estava preso, enfrentando as consequências de suas ações para protegê-la.
A terrível suspeita de que havia sido incriminado se instalou em sua mente. Alguém poderoso o suficiente para manipular a polícia e orquestrar sua queda.
Jonathan cerrou os punhos, tomado pela raiva e impotência. Era assim que o mundo o via, um homem pobre e feio, desprezível e descartável? Por causa de sua aparência e status social, era alvo de manipulação e condenado por um crime que não cometeu.
A angústia corroía seus pensamentos. Se Luna estava no exterior, quem estava cuidando de sua irmã? Ele jurou para si mesmo que nunca perdoaria Luna, nem ninguém que estivesse por trás dessa armação, se algo acontecesse com sua irmã.
Mas se ele soubesse o que Luna havia passado por ele, será que ainda a odiaria?
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Atualizado até capítulo 115
Comments
Fatima Gonçalves
COITADA DEVE ESTAR PASSANDO UM DOBRADO
2025-02-06
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