Cartes Claires sur la Table

...Bia, por outro lado, estava a resolver tudo para voltar ao seu país, mas não estava nada animada. Ela não achava nada tão contagiante voltar para seu país, não o porque ela achasse o Brasil inferior ao país europeu onde ela morava, mas lá havia muitas lembranças ruins do seu passado....

...Ela só estava indo porque era casamento da sua amiga, porque senão ela só iria aos natais como tem feito nos últimos três anos....

- Por que não me disse que ia ao Brasil? - Thomas estava transtornado de chateação ao descobrir por terceiros que a sua suposta futura namorada ia viajar sem lhe avisar.

Logo pela manhã, Thomas foi até a casa de Beatriz para questiona-la. Não que ele era um narcisista que queria medir cada detalhe da vida de sua amiga, mas seria o mínimo de consideração se ela avisasse a ele que iria viajar para o outro lado do mundo.

...E lá estavam eles, como um belo casal de jovens apaixonados sentados ao redor de uma deliciosa mesa de croissant, pães, suco de laranja e uma garrafa de café. - só que não....

Bia estava o encarando tentando decifrar nos olhos dele se toda essa preocupação, se isso era mesmo sincero, enquanto balanceava a sua xícara branca de porcelana esfriando a sua bebida.

- Eu ia te falar, mas acabei esquecendo. - ela assoprou o café e deu um gole curto saboreando o gosto azedume do líquido.

Thomas pegou uma xícara de cima da mesa e serviu-se também com uma xícara de café e completou com duas doses de leite. Nada que uma refeição reforçada para aguentar o desdenho de Bia.

- Meu Deus, Beatriz. - ele murmurou ainda esbravecido com ela - Você não me fala nada.

Bia perdeu a paciência, franzindo o cenho como se não devesse satisfação nenhuma a ele, e largou a sua bebida em cima da mesa.

- Thomas, nós ainda não temos nada. Lembre-se disso

- Eu sei, mas quero muito você. - ele falou enquanto olhava consternado para ela, mas ao mesmo tempo se sentindo um idiota que estava se humilhando por ela

- Eu também quero investir nisso, mas você está indo rápido demais.

- Não é que eu esteja indo rápido. - ele discordou - Só quero que você queira tanto quanto eu quero. - Thom faltou cair aos seus pés.

Beatriz pensou em tudo que lhe foi dito.

- Ah Thomas - ela expirou quase desistindo de continuar a sua conversa com ele - Você é muito difícil.

- Eu sou difícil? - ele indagou ironizando.

- Não sou difícil, apenas quero pensar bem nisso. - ela afirmou pegando ao seu pão francês e dando uma mordida.

- Quero ir conhecer a sua família no Brasil. Vou com você - ele revelou convicto da sua atitude.

Bia quase engasga com o pedaço de pão.

- O quê? - ela tosse cobrindo sua boca com a mão.

- Eu tenho que ir ao Brasil para ver os meus parceiros de lá, quero ver a sua família também.

- Você ficou maluco? - ela perguntou como se estivesse negando na hora.

- Sério mesmo, Bia? - Thomas não ficaria contentado com a resposta dela.

Ela limpa o canto da sua boca com o guardanapo e enche o ar dos seus pulmões pensando se deveria ser sincera ou apenas permanecer quieta.

- Você está indo rápido demais.

- Tudo bem - ele se levanta da mesa - nem rápido, nem devagar, apenas não temos mais nada. Absolutamente nada!

Bia contorceu os seus olhos sem entender o porquê dele querer tanto ela. A hipótese de ser pela fama que ela tem não foi descartada de sua mente brilhante.

- Thomas...

- Já entendi, Beatriz - ele falou se tirando da cozinha quando ouviu Beatriz bradando por seu nome.

- Thomas, espere.

Ele se virou sentindo seu peito pesar.

- Thomas... Não é que eu não goste de você, só quero ir devagar.

- Mais devagar do que isso, só se for parando.

Bia abriu um delicado sorriso e se levantou com suavidade e caminhando calmamente em direção a ele fitando-o a cada passo até chegar em sua frente.

- Tudo bem, pode viajar comigo. Porém, não vamos como namorados, mas sim como amigos... - ela pensou sugerindo astutamente fazendo um suspense sensual - amigos coloridos. Depois quando voltamos para França eu te dou uma resposta sobre a gente.

Aí sim!

Agora Thomas concordou com a sugestão de Beatriz sobre os dois.

...Ele chegou perto dela, enrolou os seus braços por volta do quadril de Bia e a puxou com força pela cintura....

— Isso eu concordo bem. — ele assentiu e deu um beijo na boca da jovem que se cedeu nos seus braços retribuindo ao clima.

Às vezes você gosta tanto de uma pessoa e quer tanto ficar com essa pessoa que a sua mente deturpada, os seus olhos enfeitiçados e o seu coração imaturo acaba criando algo que não existe sobre essa pessoa.

No caso de Beatriz, ela realmente gostava um pouco de Thomas, mas ela não o amava. E mesmo ela sabendo que não sentia isso, ela também não deixava Thomas ir embora. Ela não deixava ele partir e talvez até encontrar alguém que compartilhasse da mesma história e sentimentos dele.

Um dos pilares de uma relação, o principal, na verdade, é o amor. Se você não tem isso, se você não sente como se essa pessoa fosse parte da sua vida... não entre numa relação. Isso dói. Isso machuca a todos os lados da história.

É como se Isso fosse uma empresa com dois sócios. Um sócio pode ser muito rico para investir nisso sem miséria nenhuma, mas se o outro sócio não tiver nada, absolutamente nada para contribuir, é melhor deixar este negócio para o outro liderar sozinho.

Só que dessa vez o casal queria mesmo investir nisso e ir para frente. Bia queria dar o seu melhor para ser uma parceira bacana para Thomas que lhe oferecia seu amor além do seu corpo. Depois da viagem a resposta estaria na ponta da agulha.

...Mas......

^^^Será que depois que eles voltarem para Brest o casal vai realmente acontecer?^^^

^^^Será que Bia e Thomas iram ter uma conexão verdadeira?^^^

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***