Capítulo 17

...AURORA BECKER...

> 22 de dezembro.

Se antes eu tinha alguma dúvida de que Christian não era babaca, agora eu tenho certeza. Ele cuidou de mim sem nenhuma malícia, qualquer homem no mundo que não fosse maduro iria tentar alguma coisa e se aproveitar de eu está bêbada. Mas não o Christian.

Eu sei que ele não dormiu durante a noite, eu olhei do corredor de madrugada e vi ele deitado olhando para o teto da sala. Estou arrumada para ir até o Pet shop pegar a Amora, ela deve está com saudades e eu também.

Pego as chaves do carro e desço para o térreo, o trânsito de Boston está mais movimentado ainda por conta das festas que já estão chegando, o dia está nublado, o que significa que irá nevar.

Hoje eu vou tentar ir em Harvard, preciso pegar algumas coisas que estão no meu armário e quem sabe tentar algum experimento, o meu tutor não sabe, mas eu fiz uma cópia de chaves do laboratório. Sabia que não poderia usar sempre que quisesse, então fiz uma cópia.

...[...]...

Estaciono o carro em qualquer uma das vagas, não são muitas que estão ocupadas, poucos alunos visitam o campus durante as férias. Meus irmãos ficaram com a Amora. São 46 minutos de carro de Boston até Harvard, não é uma viagem tão agradável quando se está sozinha.

Meu telefone toca e vejo o nome de Emma na tela, atendo e mantenho a minha atenção na estrada.

Quando eu chego estaciono meu carro em uma das vagas, pego a minha bolsa e entro. Tem poucas pessoas por aqui, talvez somente o time de lacrosse e futebol americano.

— Autora?

— Ah! Oi, Scott.

— O que está fazendo hoje aqui?

— Eu vim buscar algumas coisas que estão no meu armário.

— Quer que eu espere você! já estou indo.

— Não precisa, Scott. Eu vim de carro, pode ir tranquilo.

— Até mais!

Ele beija minha testa e sai com a bolsa na costa, vou direto para o setor onde estudo e pego minha agenda no meu armário. Verifico se não tem ninguém por ali e abro o laboratório.

Vou direto até a minha mesa, que não é minha, mas é a que eu mais uso ali. Os ingredientes do experimento que eu estava trabalhando ainda estão em cima da bancada.

Tranco a porta e visto o equipamento próprio, e depois começo a trabalhar, adiciono os ingredientes e mexo conforme manda, o segredo é ter calma, qualquer dose a mais pode ser catastrófico.

...[...]...

As horas se passam que eu né percebo, olhos pelas janelas e já é noite. Tem alguns grupos de amigos indo embora lá em baixo, não consigo identificar quem é. Eu passei do meu horário, iria ficar até às cinco, já são oito da noite.

Começo a tirar meu avental e minhas luvas, quando estava limpando a bancada, por um acidente, derrubo alguns frascos em cima da bancada e acabo cortando minha mão.

— Merda! – exclamo vendo o sangue descer na minha mão. – Caramba!!!

Os ingredientes eram químicos, então eu preciso limpar esse golpe urgente se não quiser perder a não mais tarde. A dor do corte e dos produtos são horríveis.

Vou até a pia e começo a lavar com soro fisiológico, pego uma gaze para estampar o sangue, preciso sair logo daqui antes que os seguranças venham fazer a vistoria.

Saio de lá correndo e entro no elevador, em poucos minutos estou lá em baixo. Entro no meu carro e saio dali. Nunca voltei para casa a noite sozinha, sempre Scott e Emma me acompanham.

Nao ando nem por cinco minutos e a gasolina do carro acaba, eu havia esquecido de colocar mais antes de vir. Pego meu celular e está descarregado.

— Ótimo! tudo resolveu se virar contra mim agora. – soco o volante do carro. – MERDA!

Não faço ideia de como vou sair daqui, estou com medo, muito medo. Não estou nem perto da cidade ainda, estou mais perto de Harvard do que de Boston.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***