Do meu jeito!

Os dias se passam e Serena se sente cada vez melhor, a melancolia que havia tomado conta dela nos últimos meses sumiu e seu humor estava visivelmente melhor. Muitos achavam que era a proximidade das férias e do descanso, mas só ela sabia o motivo da sua alegria.

Faltam dois dias para Marcos voltar e desde aquela noite ele não a ligou mais, mandou uma mensagem perguntando se ela ainda estava o esperando em casa e ela disse que sim. Rafael também não a procurou, do jeito como havia dito que faria, na verdade até o número dela estava bloqueado,estava decidido a não mais vê-la. Ela também não se sentia mais vigiada estava finalmente livre!

Aproveitou o clima de festas e saiu na noite, foi a confraternizações ,bebeu ,dançou e se divertiu como há muitos anos não fazia. Às vezes olhava para um lado e para o outro tentando ver se encontrava Rafael, mas imediatamente retornava as conversas com os amigos, uma vez ou outra parecia tê-lo visto , mas ele mesmo havia dito que nessa época do ano evita circular pela cidade para a própria segurança. Após uma dessas noites, ela chega de madrugada em casa, toma seu banho e deita, quando está quase dormindo o telefone toca,número desconhecido ...ela sabia quem deveria ser. Seu corpo deu sinal de desejo lembrando das torridas cenas de sexo entre Rafael e ela.

—Alô? Quem é?

—Sou eu...abre a porta! O som da voz grave e sexy de Rafael fez correr arrepios pelo seu corpo.

—O que você quer comigo? Ela volta a razão imaginando se ele veio para matá-la.

—Quero te ver Serena, abre...por favor!

Ela desce e olha pela janela da sala, ele está sozinho e parecia triste. Ela abre a porta devagar "Posso tomar um tiro agora e morrer...A minha vida foi boa.."

—Oi...ela diz

—Posso entrar?

Ela abre a porta e ele entra, estava com a barba grande demais e o rosto abatido.

—Achei que você nunca mais me procuraria.

—E me decidi a isso. Mas...

—Mas...

—Eu não consigo ficar sem você,eu não durmo mais, tô bebendo pra caralho, matei muitos inimigos pra descontar a raiva e não tiro você da minha cabeça!

Ela continua em silêncio e o deixa falar.

—Saí da minha casa e estou no flat, Érica assinou o divórcio depois de um bom acordo pra ela. Meu babbo e minha mama querem conhecer a mulher que está mexendo comigo,mas essa mulher decidiu ir embora sem olhar pra trás.

—Eu te disse como eu queria que fosse mas ...

—Eu sei como você queria. E eu aceito !

Serena não entende.

—Rafael não tem o quê aceitar. Acabou ,segue seu caminho! Ainda te fiz um favor, te livrando da Érica!

—Você não está entendendo, eu não posso viver sem você! E se for sendo apenas minha amante é a forma como você quer estar comigo, então eu aceito! O que não posso é ficar sem te ver, sem ter você na minha cama...eu amo você Serena! Eu te amo, porra!

Ele acaba de falar e Serena o agarra num beijo insano, agressivo e repleto de desejo. Ele a joga na parede e a beija o corpo todo, enquanto ela puxa os seus cabelos. Ela o conduz até seu quarto, eles tiram as roupas e caem na cama,enquanto se beijam com cada vez mais força e desejo,ela sobe em cima dele e senta no seu membro pulsante de veias saltadas,enquanto rebola e geme ,Rafael a xinga.

—Vagabunda, desgraçada! Você me tem nas mãos!

Ela ri e continua mais rápido, cheia de tesão,movido pelas palavras dele.

—Continua vai, fala mais! - ela pede.

Ele levanta e dá um tapa não muito forte na cara dela e fica por cima a prendendo pelos punhos.

—Safada,sem vergonha - ela ri mais alto - descarada...você me deixou fodido, tirou o meu juízo.Eu não sei mais quem eu sou!

Ele a penetra com força e ela geme alto.

—Me fode porra! Me devora seu filho da puta!

Ele vai mais rápido e com mais força fazendo a cama bater na parede.

—Eu vou encher sua bu**ta de porra!

Ela goza e ele logo em seguida.

Após terminarem eles ficam longos minutos olhando para o teto em silêncio.

—Eu queria casar com você, te dar uma família, mas você não quis.

—Queria? ela provoca.

—Não faz isso Serena, não brinca comigo! Eu tenho amor de verdade por você. Por que você não acredita?

—Pelo o que você é! Pelo o que vi de você.

—Eu sei...não começamos bem. Eu errei com você.

—Aquele Rafael daquela primeira noite no motel,era um cavalheiro,sedutor, educado ...depois eu vi realmente quem você era e descobri que era apenas um personagem.

—Eu vou fazer você acreditar em mim e no meu amoe. Ainda iremos nos casar e te farei um filho.

—Que ideia fixa é essa de me engravidar?

—Eu quero ter a chance de ser pai por meu querer, quero ter um filho da mulher que eu amo de verdade!

—Então começa sendo pai do filho que você já tem. Se aproxima do Enzo.

—Eu vou levar ele pra morar com meus pais no Leblon. Assim que eu tiver comprado uma propriedade pra mim ele fica comigo.

Serena ri aprovando a decisão dele.

—Ele está reprovado!

—Puta que pariu! Um ano pagando aquela escola cara pra caralho pra nada!

—Ninguém queria, mas eu fiz questão de reprová-lo, não fez um trabalho o ano todo, a maior nota que ele tirou foi 5,0. Estava na hora disso acontecer.

—Você faz de tudo pra me provocar, morena!

—E aí, qual vai ser a nossa a partir de agora? ela questiona.

—Vai ser do jeito que você quiser! Já me convenci que sou seu cachorrinho...

Ela dá uma gargalhada sonora.

—Não conta isso pra ninguém!.Aliás, você já falou de nós dois para alguém?

—Só para o meu irmão. Ele é o meu melhor amigo. Aliás o casamento dele é no final de janeiro na Bahia e eu sou a madrinha com o Marcos. Quero só ver se ele vai continuar a ser.

—Por que?

—Pedi o divórcio. Definitivamente!

—Então agora você é só minha?

—A partir de agora só transo com você.

Eles se beijam, e quando o desejo vem, recomeçam tudo de novo.

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Serena acorda pela manhã com Rafael ao seu lado na cama. "E eu pensei que estava livre! Não sei viver sem uma dor de cabeça!"pensa.

Ela se levanta toma banho e se arruma.

—Rafael! Acorda! Tenho que ir sair para trabalhar.

—Eu fico aqui...pode ir minha deusa... ele boceja.

—Não Rafael! Você está na minha casa, o Marcos chega hoje durante a tarde. Vem,levanta!

Ele vai ao banheiro para a sua higiene e ela confere se ele não esqueceu nada.

Ele sai escondido no carro dela, e ela que o deixa na restinga atrás no condomínio, onde estava o carro dele, dois de seus capangas dormiam lá dentro.

—Está bem com esses soldados! - ela ri.

—Até isso tô deixando passar, culpa sua que revirou minha vida do avesso.

Eles se despedem e ela vai para a Universidade concluir seus trabalhos do ano para enfim estar de férias.

"Mais tarde tenho que encarar Marcos, quero entrar no próximo ano em uma nova etapa da minha vida ,em todas as áreas!"

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