6. Capítulo

No dia seguinte eu estava tentando fingir que o merecimento que tenho é por mim mesmo.

João: Você deve está se achando agora que conseguiu a promoção que buscava. Agora, conseguiu fazer o mesmo em casa? 

Danilo: Do que está falando? 

João: Você sabe. Conseguiu chegar na fonte da sua esposa ou ainda está na seca?

Bato na sua mão largada na minha mesa.

Danilo: Ei! Respeita minha esposa… e não, eu não consegui isso e nem sei se vou. Ela é um osso ruim de roer. 

João: E pra você que sempre teve as mulheres nas mãos. Deve ser muito ruim isso agora. 

Danilo: Pior! Um amigo dela chegou lá em casa e eu estou começando a sentir ciúmes dos dois juntos. Penso bobagem e também quero fazer outras coisas que me deixariam como um vilão diante os olhos dela.

João: É só não fazer. Você mesmo me disse que fugiria assim que pegasse o dinheiro do contrato. Quando isso vai acontecer? 

Danilo: Aí é que tá. Ela só vai me pegar depois de um ano de casamento. 

Eu não via essa espera uma tontura, mas eu não achava justo esperar isso tudo para receber esse dinheiro. Eu não me casei a prestação com ela. Por isso, acho que tinha que ter um pouco de consideração. Afinal, eu preciso do dinheiro agora que minha mãe fechou a carteira para mim e que meu emprego paga super mal. 

João: Você pode iniciar a chama se você quiser. 

Danilo: Mas do que está falando? 

João: Leva ela para a cama. Muito fome consegue dinheiro depois de uma transa.

De novo, eu não teria coragem de fazer isso com a Fernanda. Ela é a minha esposa e mesmo não gostando dela às vezes, eu tenho respeito por ela e pelo compromisso que temos. Não quero a tratar com interesse.

Voltando para casa, eu encontro Jean ajudando ela a colocar uma cortina. Logo me pergunto onde está os milhões de empregos que ela tem. Como sei que não vou ter essa resposta porque não vou fazer cena de ciúmes, troco de lugar com ele para segurar a escada da minha esposa. Ele me encarou com um riso e acho que ele sabe que eu não gosto deles dois juntos. Ele pode querer me irritar.

Fernanda então desce da escada e eu a surpreendi com um beijo. 

Ela parecia ter gostado da sua fisionomia, mas o peso da sua mão no meu rosto me mostrou o contrário. Fernanda é tão atrás que esperou seu amigo sair de cima para me agredir. isso não foi legal, sra.Fernanda. 

Eu vou para a cozinha e a deixo sozinha na sala. Ela até me procurou, mas seu amigo roubou sua atenção mostrando alguma tatuagem nova que fez.

Um ser desnecessário na nossa história. 

Eu me levanto e saio da cozinha para subir até o nosso quarto. Penso e penso e não sei como separar esses dois. Fingir que o amigo já não está funcionando e eu só quero que ele saia da casa da minha mulher. 

A porta se abre e Fernanda aparece e senta do meu lado na cama. 

Fernanda: Sinto muito pelo o tapa. É que você me pegou de surpresa. 

Danilo: Então um marido não pode beijar a esposa? Eu não sabia que eu era apenas um brinquedo em suas mãos. 

Olho em seus olhos e toco em sua mão.

Danilo: Não gosto dele com você. 

Fernanda: Você tem que entender que somos apenas um contrato. Você prometeu que não iria envolver sentimentos nessa.

Sentimentos? É você?! 

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