Mil Maneiras De Matar O Herói
Caro leitor, obrigada por me escolher para seu momento de leitura! Desde já, aviso previamente que o romance entre o casal principal é lento, para evitar decepções futuras. De todo modo, espero vê-los nos próximos períodos da trama.
Atenciosamente,
Phantom_Ghost.
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ARCO I
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Em um beco escuro no subúrbio, um dentre cinco garotos se aproximou, cuspindo no menino ferido de bruços no chão.
— Seu ratinho imundo, meu pai já não falou para você ficar longe da nossa lata de lixo?
— Isso mesmo! - outro garoto de doze ou treze gritou — Minha mãe também, todas as madrugadas ele está lá, vasculhando nossa lixeira como um cachorro!
— Ele é um ladrãozinho maldito - um terceiro garoto deu um chute no menino no chão, que gemeu antes de se encolher como uma bola. — Meu irmão disse que ladrões devem morrer. Quando as pessoas que ele dá ordens tentam roubá-lo, ele simplesmente os mata! Por que não chamamos meu irmão para resolver esse problema, então vocês me pagam de volta? - ele disse para os meninos que reclamavam da lixeira, animado, já imaginando o que iria fazer com o dinheiro que ganhasse.
Nash estava a distância, sentado em uma escada de incêndio de um prédio dilapidado. Ele segurou o queixo com o punho, observando a cena se desenrolar. Os garotos continuaram fazendo uma peça, hora outra chutando o garoto no chão e o xingando. Quando Nash viu que a situação estava indo longe demais, quando um garoto puxou um canivete e mostrou a outro, sussurrando para os demais enquanto apontava para o pescoço do menino, ele saltou.
Colocando as duas mãos nos bolsos, ele caminhou vagarosamente. Seus olhos âmbar quase como uma lâmina de luz em meio a escuridão úmida e fria do beco. Ele abriu os lábios, dizendo lentamente para a pequena multidão, que viraram chocados ao ver um intruso que os observava ali o tempo todo.
— Soltem-no.
— Você! Seu merdinha, quem você pensa que é? Saia daqui antes que eu arranque um pedaço da sua cara! - O garoto que propôs chamar o irmão berrou.
Nash sorriu. Ele parecia ter entre quatorze ou quinze anos, mas seu sorriso deu arrepios ao garoto que gritou, tanto que ele deu alguns passos para trás, antes de notar seu equívoco e apontar o canivete contra Nash com um olhar feroz.
Nash o ignorou, passando pelo garoto que tremia de raiva ao apontar a faca para ele. O garoto no chão tinha entre oito ou nove anos, mas era tão pequeno que parecia ter menos. Nash se abaixou, seus cotovelos apoiados no joelho enquanto inclinava a cabeça para olhar para o menino.
Apesar das dúvidas que os outros tivessem, ele não teria nenhuma. O garoto ensanguentado no chão na frente dele era o herói desse mundo.
[Ding! O valor de animosidade do herói por você é 100% ]
Ele olhou para o próprio pulso cheio de códigos que só ele podia ver e teve certeza, a pessoa que ele procurava há dias estava bem na frente dele.
A pessoa que ele deveria matar.
No entanto, ele deveria ser cauteloso. Nos últimos dois mundos, ele descobriu uma coisa. Ele só poderia matar o herói se o herói permitisse, e quanto menos animosidade o herói tivesse contra ele, mais rápido ele conseguirá deteriorar a energia da arma mágica e sair desses vários mundos.
Dessa vez, ele tinha que fazer diferente. Mas é claro, ele não era uma santa madre, ele também não gostava nenhum pouquinho do herói. Ele já viveu esse mundo trinta e quatro vezes, e todas elas teve uma morte a qual não podia controlar. Sua morte teve apenas um motivo: Elay, o pequeno e indefeso garoto sujo no chão.
Claro, isso seria daqui alguns anos.... Nesse dia, Elay estará sufocado com a idéia de que sua amada, Selena, fora sequestrada pelo chefe de uma gangue no distrito mais obscuro da cidade, coincidentemente, pai das minhas várias reencarnações. Dessa forma, com olhos vermelhos injetados de sangue, ele disse aos seus subordinados: "Lide com isso, não importa como, traga-a de volta para mim".
Talvez os subordinados não soubessem do coração compassivo do herói, que tinha tudo para ser mal, mas apenas viu o calor do mundo quando Selena entrou em sua vida, não estava realmente falando sério quando disse "não importa como".
O resultado foi um banho de sangue onde muitos inocentes morreram, entre eles, Nash. Nessa época, ele apenas revivia várias e várias vezes, o ciclo se repetindo 35 vezes antes de passar para o próximo mundo. Ele ainda não tinha tomado consciência como agora, acreditando assim como essas pessoas que o mundo dentro da arma mágica era um mundo real, vivendo uma vida tão miserável quanto poderia ter e morrendo torturado em um galpão deserto longe da vista de todos.
Saindo de seus pensamentos, Nash ignorou as vozes das crianças atrás dele. Elay tinha aberto os olhos. Essa criança com certeza estava fingindo estar desmaiado, mas agora, estava olhando diretamente para os olhos dele, como uma fera encurralada prestes lutar com unhas e dentes, e até mesmo morrer se isso significasse levar o outro junto.
— Não o mate, ele é filho de uma prostituta. Se você o tocar, vai morrer de AIDS.
[Ding! O valor de animosidade do herói por você é -1]
Nash sorriu, seu sorriso se tornando cada vez mais largo ao ver os olhos cada vez mais trêmulos do herói.
— É verdade... - um dos garotos susurrou — Que lixo! Vou dizer para minha mãe trocar as lixeiras, não quero que ela pegue nas coisas que esse imundo tocou! - falando isso, ele saiu seguindo de outro garoto.
— O que importa!? Quem chamou você aqui, eu já não disse para você desaparecer!? - o garoto do canivete ainda estava lá, zangado. Ele não tinha gostado da forma que esse idiota surgiu do nada, ignorando-o e ainda por cima fazendo-o se envergonhar, ele tinha que se vingar!
— Pare... - Outro menino o segurou — Você não sabe quem ele é?
— Quem se importa!? Meu irmão é Skini, se ele não quiser ser morto por ele, deveria vir aqui e se ajoelhar, implorando por perdão. Depois que eu arrancar um pedaço da pele dele, talvez eu o perdoe.
— Idiota! Quem é o inútil do seu irmão perto dele!?
— Quem você chamou de inútil? Seu!
— Cala a boca! - o outro garoto o puxou mais para longe, surrando em seu ouvido — Se você acha que seu irmão é alguma coisa apenas por ser um pequeno peixe nadando na gangue dos damn, imagine o chefe dele! Você não está o reconhecendo? Esse é Nash! O filho do chefe da Damn!
A mão do menino do canivete tremeu, derrubando a pequena lâmina sem querer enquanto dava alguns passos para trás.
— Eu... Eu...
— Idiota, vamos embora daqui. - O outro garoto o puxou, os dois correndo para longe do beco rapidamente.
Vendo que tinham partido, Nash se levantou, esticando os braços e dando alguns tapinhas nos joelhos.
— Não foi difícil mandá-los embora, é só misturar meia verdade com meia mentira que eles fogem como baratas no esgoto.
Nash viu o ressentimento nos olhos do garoto se transformar em confusão. Ele chutou uma latinha, afastando-se lentamente do local, deixando o herói ferido e sozinho no beco.
[Ding! o valor de animosidades do herói por você é 100%]
( Elay, 10 anos.)
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Atualizado até capítulo 65
Comments
🌟OüTıß🌟
sério,um momento ele odeia,outro ele quase gosta e agora odeia de novo!(??)
tem bipolaridade esse menino???
2024-06-14
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🌟OüTıß🌟
como de cem por cento vira DO NADA uma pequena inclinação à afeição???
2024-06-14
0
🌟OüTıß🌟
misericórdia!
tanto ódio assim numa criança faz mau
2024-06-14
0