Quando perguntei a primeira vez, me lembro de toda irá que ela ficou naquele dia...
— Mãe!_ chamo sua atenção e ela continua no celular. — Mãe, eu posso fazer uma pergunta?_ ela para de mexer no celular e volta a sua atenção para mim, com raiava.
— O que você quer?_ ela pergunta já gritando. Fico com receio mais sigo em frente para fazer a pergunta.
— Eu sou sua filha?_ pergunto, com receio.
— Infelizmente você é minha filha! _ ela grita vindo me minha direção para me bater acabei caindo no chão e ainda apanhei.
O que leva uma mãe tratar assim uma filha? Fico com essa pergunta em minha mente.
Nunca recebi um carinho, nem mesmo a escola eu fui.
Vivo sobre a sobra dos outros nessa casa.
Eu preciso mudar isso.
Meu pai sempre ausente, nem quando está em casa ele fala comigo, me trata como uma empregada.
Meu irmão de um tempo para cá só fica me humilhando. Só a minha irmã que ainda fala comigo e as vezes me faz companhia quando eu estou no jardim.
Com passar dos anos tive que procurar um refúgio, e vivendo a tanto tempo aqui na fazenda descobrir uma cabana, onde fica da mata a dentro. As vezes quando eu não quero dormir no chão do quarto, eu venho para esse lado tarde da noite, na cabana tem uma cama velha, alguns móveis quebrado e muitas coisas mais toda vez eu fico com preguiça de olhar tudo, toda vez que venho eu só quero um pouco de descanso, lá é mais confortável do que a casa do meus pais, lá não tem ninguém para me humilhar, me bater ou até mesmo me desprezar.
Mais não posso ficar muito lá para ninguém desconfiar onde é o meu refúgio. Então sempre ao sair os primeiros raios do dia volto pra casa dos meus pais. E tento ser forte para superar mais um dia.
Faço as coisas sem ânimo só no automático, meus irmãos vão para escola, o ônibus passar a uma légua de distância da casa dos meus pais, eles passam o dia na escola, e eu fico na casa o dia todo sozinha fazendo as coisas, as vezes minha mãe sai e só chega a noite com meus irmãos e meu pai, ele ficam comentando o quanto foi legal sair com eles e eu apenas já me acostumei com essa indiferença.
Em umas das saída da minha mãe fiquei assistindo a tv, foi quando eu vi uma notícia de que estavam procurando um bebê que foi sequestrado assim que nasceu o caso me chama atenção, e foto que fizeram estava digital não dava para entender direito mais consigo compreender, eles disseram que o bebê foi sequestrado e estão a procura desse bebê que hoje em dia já estaria com 15 anos, fico com essa imagem na minha cabeça e quando vou levantar para cuidar do jantar paro me olhando no espelho, chego até imaginar que eu poderia ser esse bebê. Será? Não pode ser eu! Solto um suspiro perdendo a esperança.
Logo jogo esse pensamento para longe, como a minha mãe tinha dito que sou filha dela, essa ideia para longe para não sofrer ainda mais.
Tenho que parar de ficar impressionada com essas coisas, minha vida é aqui com meus pais, vivendo nesse inferno chamando de casa!
Só não sei até quando eu irei aguentar tanto isso?
Começo a organizar a cozinha todos já jantaram, e eu estou aqui tentando deixar a cozinha organizada, sinto o meu corpo mole, desde de cedo que estou sentindo meu corpo quente, no mínimo estou ficando doente, enquanto eu finalizo a cozinha faço um chá para me ajudar melhorar, quando eu finalizo tudo me sento na varanda atrás com as luzes todas apagadas, aproveitando esse sossego, aproveitando um pouco a paz que fica quando todos estão dormindo.
Fico com a reportagem na minha mente, e com o sonho que venho tendo.
O que isso pode significa o por que estou com isso em minha mente.
Eu queria tanto que eu tivesse outra família, tentar ser feliz, viver no ambiente de uma família boa, com amor, atenção e cuidado comigo, será que isso é pedir demais? Solto um suspiro audivil, de puro cansaço.
Termino meu chá e sigo para o quarto para me deitar, só espero que amanhã eu amanheça melhor.
Vou passando pelo corredor, e escuto uma conversa dos meus pais e paro para ouvir pois ouço eles falando meu nome.
Discussão....
— Você precisa da um jeito nessa menina!_ minha mãe fala nada feliz.
— O que foi dessa vez?_ meu pai pergunta.
—Ela estar crescendo e ficando muito curiosa daqui uns dias ela vai acabar descobrindo._ ela diz e eu fico atenta a conversa.
—Você sabe que temos que manter ela aqui. Ainda não é tempo de nós livra dela não._ ele fala e sinto um arrepio.
— Por que você não coloca ela em algum lugar que não precise ficar cuidando dela!
— Você sabe que não pode tocar nela, até o chefe mandar. Enquanto ele não dizer nada Melissa fica aqui, e acho bom encerrar essa conversa._ paralisou em ouvir isso.
— Não sei até quando eu aguento essa pentelha! _Fico com medo quando ela diz isso...
Fico em pânico por ouvir essa conversa, eu não acredito que eles querem se livrar de mim! Eu tenho que fugir, eu não posso ficar aqui. Eles não são meus pais, por isso dessa indiferença comigo....
Vou em direção ao quarto eu preciso me organizar e sair logo dessa casa para não eles não fazer nada contra mim.
Entro no quarto, vou para o meu cantinho onde fica minha cama improvisada, me deito no meu cantinho e fico com essa conversa em minha mente. Choro baixinho para não acordar meus irmãos, eu preciso ser forte, eu não posso vacilar, eu tenho que sair daqui....
Acabo adormecendo com isso em minha mente.
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Atualizado até capítulo 39
Comments
Ameles
com certeza é vc
2024-10-10
1
Joandeci Almeida
muito triste 😢
2024-03-28
3
Katia Sousa
tadinha
2024-01-07
4