Capítulo 12

MAXIMUS

Recebi a ligação do hospital falando que Alice acordou, mas eu não vou pra lá. Pedi a Ygor pra vigiar ela de longe, ele contratou uma equipe de vigilância que nos mantém informados em tempo real. Ela não me atende, não responde as minhas mensagens, nem entra em contato comigo.

Por hora vou deixar assim, é mais seguro pra ela.

9 meses depois

Bom, vocês já sabem que eu voltei ao Brasil, só não sabem que com o boletim de atendimento da Alice, comprovando que ela perdeu o nosso filho, consegui o testemunho do vizinho, nada que uns milhares não faz milagre. E com o lençol que eu guardei, os velhos cancelaram o contrato, o que fez o Ivan ter um ataque, ele teve a petulância de me ameaçar.

A Diana ficou louca, mais ainda. Essa peste já estava atormentando os empregados da mansão e falando a quem queria ouvir e quem não queria que era minha noiva e em breve seria minha esposa. Doida de pedra.

Ela acha que sumiu do mapa, mas uma das coisas que acontece no treinamento e que ninguém sabe, é que implantamos um chip em todos e nesse momento sua localização informa que ela voltou ao Brasil. Por isso estou de volta, tenho que proteger minha Alice.

Estou morrendo de saudade dela, a culpa me castigou todos esses meses, não sei como vou encontrar ela, não sei se ela está com outro, se estiver ele vai sumir, Alice é minha! Da janela da sala eu vejo a casa dela, vejo também a casa onde Diana acha que está escondida, o ciúme a deixou muito amadora.

Vejo ela chegar sozinha, está linda como sempre. Vou correndo pra sua casa e bato na porta.

ALICE

Vocês sabem que eu quase morri, se não fosse o Mario eu estaria morta. Fiquei em coma, me recuperei, foram umas semanas ainda no hospital. Maximus tentou falar comigo de todas as formas, mas eu recusei todas.

Ele ligava pra Magali, ela me falava que ele perguntava por mim, que mandou dinheiro pra toda a minha recuperação, justo, tô desse jeito por causa dele.

Passei vários meses na casa da Katy, a mãe dela cuidou de mim, como se fosse a própria Katy, dona Maria tem um coração muito bondoso e sempre gostou de mim, mas já passou da hora de voltar pra minha casinha.

Magali me falou que Maximus mandou consertar os estragos feitos por aquela louca, e o que mais dói é saber que perdi meu bebê, nem sabia que ela tava ali, mas ele estava, também esperar o quê? Transando igual a uma safada, ele ria e eu abria as pernas sem proteção, sem anticoncepcional, queria pegar o quê? Uma virose?

Cheguei na minha casa e parei bem onde tudo ocorreu, meus olhos se enchem de lágrimas, alguém bate na porta e eu não acredito no que vejo.

- O que você faz aqui?

- Eu vim te ver.

Ele entra, fecha a porta e assim que fecha começa uma chuva de tiros, ele se joga em cima de mim, ouço mais tiros, mas parece que estão um pouco longe e logo cessam.

Ele ainda está em cima de mim, eu estou desesperada, uns homens estouram a porta falando em, acho que é grego, com Maximus.

- Alice pega só seus documentos e vamos!

- EU NÃO VOU COM VOCÊ!

Ele faz um aceno para um dos homens e ele entra no quarto e volta com uma mochila com poucas roupas, pega a minha bolsa e a carteira e Maximus me joga por cima do ombro.

Saio me debatendo, ele cumprimenta o Mario e desce comigo. Nunca vi tantos homens armados dessa forma, tô começando a pensar no que Maximus trabalha. Entramos no carro e já tem um rapaz no volante.

- Chefe, estão todos mortos!

- Era pra pegar pelo menos 1, e ela?

- Não saiu do local.

- Vamos pra lá. Limpem tudnumahegamos nuema casinha bem perto da minha.

-No sei como ela conseguiu achar, mas o micro chip esta em cima da mesa, ensanguentado, com uma faca pequena suja de sangue ao lado.

- Vamos pro jantinho.

- Você vai me tirar do país?

- O lugar mais seguro pra você é ficar ao meu lado agora e isso não tem discussão.

Entramos no jantinho, eu estava de bico, minha vida virou do avesso por causa dele, nem trouxe meu celular, nem pude me despedir de ninguém.

- Quando chegarmos, você fala com quem quiser falar, mas é só assim que eu posso te proteger.

O vôo foi longo, adormeci na poltrona e fui acordada por ele, mas eu tava num quarto dentro do jatinho, nunca vi tanto luxo num lugar só.

Nos posicionamos nas poltronas e a aeromoça só falta sentar no colo dele, aff. Descemos e já tem uns carros com uns homens tão altos como meu Maximus. Meu Alice? Toma jeito mulher! Te manca viu. Esses homens são mal encarados e estão armados.

- Maximus você trabalha com quê exatamente?

- Hummm, não tenho só um ramo de atuação, em casa conversamos melhor.

- Que casa?Aqui eu não tenho nada!

- Amor, vamos nos casar na semana que vem, tudo que é meu é seu e você vai mandar eu tudo que vc vê aqui!

Olho em volta, uma cidade linda!

- Quando você fala em tudo que eu vejo...

- Falo da cidade toda, e se você quiser até no país você vai mandar.

- Só me caso com você obrigada! Assim com eu estou aqui obrigada!

Ele sorri pra mim, aquele sorri de lado, molhador de calcinha, safado, eu arfo e ele passa a mão por trás de mim, circulando a minha cintura e me aperta, minha pele arrepia com um simples toque dele.

-Tem certeza que vai ser obrigada?

Chegamos numa mansão tão grande que eu tenho certeza que o quarteirão que eu morava cabe todo aqui dentro. Assim que descemos do carro, Hellen vem nos receber.

- Oh minha querida! Pedi tanto a Deus por você, que bom que está recuperada.

Ela diz me abraçando e me beijando.

- Obrigada senhora.

- Nada de senhora querida.

Limpo as lágrimas que banham o meu rosto e passo a mão na minha barriga.

- Querida! Agora ele é nossa estrelinha, vocês terão outros bebes, e ele brilhará sobe vocês.

- Não vou ter mais nada com o seu filho, me desculpe, mas tudo que me aconteceu é culpa dele!

Ela se cala e me dá um sorriso meio amarelo.

- Me desculpe, não quis te tratar mal.

- Não se preocupe querida!

Entramos, essa casa é muito maior por dentro, como pode? Maximus sobe as escadas e me leva para o corredor dos quartos.

- Esse é o nosso...

- Nem pense nisso, quero um quarto só pra mim.

- Tem certeza?

Ele me pergunta me impressando na parede, logo sinto sua ereção crescer entre nós, eu sinto meu rosto esquentar, minha pele arrepiar, eu arfo quase gemendo.

- Tenho!

- Seu corpo me diz outra coisa.

- Meu corpo é um traidor burro.

Ele me levou a um outro quarto, próximo ao dele e saiu. Eu guardei as poucas coisas que eu trouxe, quase nada mesmo. Logo ele volta com um cartão.

- É pra você ir com a minha mãe comprar roupas e o que mais precisar.

- Não preciso de nada seu!

- Para de ser orgulhosa! Claro que precisa ou você vai revesar as 5 peças que trouxe?

- Eu tenho mais roupas no Brasil, não pude pegar minhas roupas e nem se quer respeitaram a minha vontade de ficar lá. Tá parecendo a bosta de um mafioso.

Ele me olha bem sério, fechou o semblante.

- Aí meu Deus! Você...você...você...

- Amor eu...

- Não encosta em mim! Pelo amor de Deus me leva de volta pra casa!

- Não posso!

- Como não? Você não pode me manter aqui.

- Quando você se entregou pra mim, eu te falei que não tinha volta.

- E VOCÊ NÃO ME FALOU A VERDADE!! SAI DA MINHA FRENTE, NÃO QUERO TE VER!

Peguei a primeira coisa que vi pela frente, um porta-retrato vazio, mas muito pesado. Arremessei nele que se esquivou.

- Ficou maluca? Podei ter me machucado?

- NÃO FICARIA MAIS DO QUE EU! EU QUASE MORRI POR SUA CAUSA, EU PERDI MEU FILHO POR SUA CAUSA.

- Nosso filho, não esqueça disso e eu também sofri e tudo que eu fiz nesses meses que você não quis falar comigo, foi tratar de cancelar esse maldito contrato pra eu ficar totalmente livre pra você. Sofri sem você, sem o nosso filho por uma decisão que eu não tomei. MEU PAI DECIDIU MEU CASAMENTO! VOCÊ DECIDIU ME MANTER LONGE! NINGUÉM ME PERGUNTOU SE EU ESTAVA DE ACORDO! ENTÃO AGORA VAI SER ASSIM.

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