A noite desceu sobre Eclipsis como um véu de segredos, suas torres e domos iluminados pelos reflexos da lua prateada. Bella, a jóia resplandecente do reino, caminhava pelos corredores do castelo, seu cabelo prateado capturando a luz lunar, transformando-a em uma visão etérea. Às margens da cidade, o Castelo de Eclipsis erguia-se majestoso, suas torres altas e sinuosas como agulhas no céu noturno.
A paisagem ao redor do castelo era uma sinfonia de contrastes. Bosques densos circundavam os muros, suas árvores parecendo sentinelas silenciosas. À distância, as colinas ondulantes cobertas de flores noturnas criavam uma tapeçaria de cores suaves e fragrâncias delicadas. O ar noturno estava impregnado com o perfume doce das flores, adicionando um toque de encanto ao ambiente.
Ao entrar no grande salão do castelo, Bella cumprimentou os nobres presentes. Alistair, o estrategista perspicaz, recebeu-a com um aceno grave. Seraphina, conhecida por sua elegância e astúcia, lançou a ela um olhar de reconhecimento. Entre os presentes, outros nobres destacavam-se, cada um representando uma casa influente em Eclipsis.
Bella, aos 21 anos, personificava a beleza do reino. Seus olhos cinzentos, como nuvens tempestuosas, expressavam uma sabedoria que ultrapassava sua idade. A pele alva, sem imperfeições, parecia esculpida pela própria lua. Vestida com um longo vestido negro adornado a ouro, Bella emanava uma nobreza que desafiava sua posição ambígua na corte.
Seu corpo esguio e curvilíneo era realçado pelo vestido que seguia suas formas com elegância. A seda negra fluía como sombras líquidas, criando uma sinfonia de movimentos graciosos enquanto ela caminhava. Uma coroa de prata entrelaçada com gemas noturnas adornava seus cabelos, acrescentando um toque de realeza à sua presença.
O murmúrio dos nobres preenchia o salão, mesclando-se com o murmúrio da paisagem noturna além das janelas. As velas douradas lançavam uma luz suave sobre os presentes, destacando a atmosfera de intriga e incerteza que permeava a corte.
Bella, com sua coragem e gentileza, aproximou-se dos membros da corte, desejando obter mais informações sobre os rumores que circulavam sobre a suposta doença do rei Auranos.
Bella: Boa noite, Lord Alistair, Lady Seraphina. Parece que há um peso no ar esta noite. O que aflige nossos corações?
Lord Alistair: (com seriedade) Rumores circulam sobre o estado de saúde do rei Auranos. Dizem que a doença ameaça o trono e a estabilidade do reino.
Lady Seraphina: (lançando um olhar significativo) Se isso for verdade, Eclipsis pode ser afetada por essa instabilidade. Devemos considerar nossas opções com cautela.
Bella, com sua habitual coragem, expressou sua preocupação pela situação e instigou uma conversa mais aprofundada entre os nobres presentes.
Bella: (com determinação) Se o rei está doente, é nosso dever agir com prudência. Precisamos garantir a estabilidade de Eclipsis e manter nossos laços com o reino central. A incerteza exige sabedoria e decisões ponderadas.
Lord Alistair: (concordando) Bella, sua sabedoria é notável. Contemplei a possibilidade de formarmos uma aliança mais estreita com as casas vizinhas.
Lady Seraphina: (refletindo) E se a doença do rei for mais grave do que imaginamos? Devemos considerar todas as possibilidades.
Bella: (com determinação) Mesmo que meu sangue seja marcado pela linhagem de uma prostituta, não permitirei que minha posição defina meu compromisso com Eclipsis. O destino do reino está em nossas mãos.
A conversa continuou pela noite adentro, com Bella liderando as discussões. Outros nobres, como Lord Cedric, conhecido por sua perícia militar, e Lady Isolde, uma diplomata astuta, expressaram suas opiniões sobre as possíveis ramificações da doença do rei.
Lord Cedric: (com pragmatismo) Se o rei está fraco, nossa defesa deve ser reforçada. Nunca sabemos que desafios podem surgir durante uma transição de poder.
Lady Isolde: (com sagacidade) Além disso, devemos manter olhos e ouvidos abertos para intrigas que possam surgir de reinos vizinhos. A instabilidade interna pode atrair ameaças externas.
A reunião continuou até altas horas da noite, cada nobre oferecendo sua perspectiva única sobre o futuro de Eclipsis. Enquanto a lua prateada permanecia como testemunha silenciosa, Bella emergiu como uma voz respeitada na corte, superando as limitações de sua origem.
Bella, apesar de ser uma bastarda, demonstrou uma força que transcende as expectativas impostas pela sociedade. Seu sangue real, marcado pela linhagem de uma prostituta, não a impediu de influenciar os destinos de Eclipsis.
Lady Isolde, notando o silêncio de Bella, abordou o assunto delicado sobre a sucessão real em Eclipsis.
Lady Isolde: (com tato) Bella, sabemos que a Rainha não tem o sangue da família principal. Isso pode complicar a questão da sucessão.
Bella, com uma expressão séria, reconheceu a realidade da situação.
Bella: (com determinação) A Rainha não pode governar, pois ela não possui o sangue que liga nosso reino. O destino de Eclipsis está nas mãos do rei, e é nosso dever garantir que o próximo governante seja alguém digno de liderar.
Lord Cedric: (assentindo) A estabilidade de Eclipsis depende de uma transição suave. Devemos garantir que o próximo monarca seja reconhecido e aceito pelo povo.
Bella, enfrentando a verdade inegável de sua própria exclusão da sucessão, respondeu com uma dignidade firme.
Bella: (com serenidade) Meu destino pode ser diferente, mas minha lealdade permanece inabalável. Eclipsis prosperará com um líder que compreenda as nuances de nosso reino.
Lady Isolde duvidosa pergunta: e seus meio-irmãos?
Os meio-irmãos de Bella, legítimos herdeiros da família principal, eram figuras contrastantes em relação à bastarda corajosa. Eram três no total: Lord Gareth, Lady Elara e Lord Darian. Cada um deles possuía uma parcela do sangue real, mas também carregava a arrogância inerente à sua posição.
Lord Gareth, o mais velho, era conhecido por sua habilidade na manipulação política, mas sua natureza ambiciosa muitas vezes o levava a decisões que favoreciam seus próprios interesses acima do reino. Sua postura dominante e voz autoritária impunham respeito, mas também geravam desconfiança entre os cortesãos.
Lady Elara, apesar de sua beleza notável, era famosa por sua frieza calculista. Sua mente afiada tornava-a uma estrategista competente, mas sua falta de empatia frequentemente criava tensões nas relações pessoais. A nobreza admirava sua astúcia, mas não podia ignorar a frieza que emanava dela.
Lord Darian, o mais jovem dos três, destacava-se por sua habilidade nas artes marciais. No entanto, sua personalidade impulsiva e sua tendência a buscar confrontos físicos levantavam dúvidas sobre sua capacidade de liderança estável. Apesar de suas proezas no campo de batalha, sua habilidade em questões políticas era questionável.
Embora esses meio-irmãos fossem os herdeiros legítimos, os cortesãos sussurravam em segredo sobre suas inaptidões e rivalidades internas. Bella, consciente das fragilidades dos herdeiros, observava em silêncio, ciente de que, em caso de uma reviravolta no destino do rei, seriam eles que liderariam Eclipsis.
Enquanto isso, nos salões do castelo, as disputas entre os herdeiros pelo favor do rei eram evidentes. Cada um buscava a aprovação do monarca de maneiras distintas, manipulando a política e envolvendo-se em intrincados jogos de poder.
Bella, embora excluída da linha direta de sucessão, tornou-se uma observadora astuta desses conflitos. Seus talentos e habilidades, forjados nas adversidades, permitiam-lhe enxergar através das artimanhas da corte e antecipar as consequências das disputas internas.
O futuro de Eclipsis pendia numa balança delicada, com herdeiros arrogantes e inaptos à frente da sucessão. Bella, com sua coragem e visão clara, via-se destinada a desempenhar um papel crucial no destino do reino, mesmo que suas reivindicações ao trono fossem negadas pelo peso da linhagem sanguínea.
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Atualizado até capítulo 26
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