Capítulo 11

Daphny voltou para o quarto completamente desnorteada, Máximo estava mexendo com sua cabeça de uma forma que jamais imaginou ser possível e isso a deixava confusa, abriu a porta da suite em silêncio e se assustou com a jovem mulher que dormia nela, não disse nada, era a mesma que viu com Elliot na sala e se lembrava bem de que Máximo havia ordenado para ele a colocar em qualquer um dos quartos.

— Ei.

Daphny tocou gentilmente o ombro de Any.

— Pode chegar um pouco para lá?

Apostou o canto da parede, Any se assustou, sentou bruscamente com os punhos cerrados, era boa de briga e estava sempre pronta para ela.

— Quem é você?

Gritou assustada, estava escuro mal conseguia ver que se tratava de Daphny.

— Desculpe, não queria assusta-la, está na minha cama, bem, na cama que me deram quando cheguei a essa casa.

Any se sentou esfregou os olhos ainda sonolenta.

— Daphny, certo?

— Sim, é um prazer.

— Sou Any, bem, acho que o prazer é meu, que bom que aquele louco não a machucou.

Daphny suspirou, ainda sentia o gosto delicioso de Maximo em seus lábios, se sentou aos pés da cama.

— Estou bem, ele não é tão mal.

— Estamos falando do mesmo cara? O grandalhão tatuado que me intimidou na sala é sem dúvidas a encarnação do diabo, Elliot me trouxe para cá, eu não queria vir mais pelo que ele disse não tinha outra pessoa em que confiasse.

Daphny ficou calada.

— Posso ficar aqui? Eu não quero ficar sozinha sabendo que ele está no quarto ao lado.

Daphny assentiu, se deitou ao lado de Any que a olhou curiosa.

— Como acabou aqui?

Perguntou, Daphny pensou em desconversar mais a verdade é que precisava desabafar, contou a Any a história desde o início, que era médica na Itália e que havia acabado nas mãos de bandidos quando chegou ao Iraque, todas as torturas e estupros também foram detalhados, Any se viu em lágrimas, naquele instante havia caído a ficha das coisas que Elliot a havia livrado, quando chegou a taberna trazida por Sancler foi logo levada por ele a um quarto, em momento algum foi exposta no salão como fizeram com Daphny.

— Eu sinto muito.

— Obrigada.

Ela disse.

— Não pensa em fugir? Eu, eu poderia ajudar.

— A princípio eu pensava, quando cheguei ontem pela manhã eu até mesmo tentei.

— Desistiu?

— Sim, eu e Máximo fizemos um acordo, pode ser loucura mas não tenho dúvidas de que não haveria outro modo de sair dessa casa.

Daphny já tinha se dado conta que havia se tornado uma obsessão para Máximo, não tinha qualquer chance de sair do Egito sem dar a ele o que queria, já havia perdido tanto que decidiu se sacrificar mais um pouco em busca da paz que ansiava.

— Um acordo?

Any a olhou curiosa.

— Sim.

Respirou fundo.

— Lhe darei um filho em troca da minha liberdade.

Any não disse nada, na verdade sentiu pena de Daphny, um filho com um monstro sem coração e maligno como Máximo seria castigo maior do que qualquer coisa pela qual havia passado, agradeceu por ter caído nas graças de Elliot pois depois de conhecer Máximo viu que tudo poderia ser muito pior.

— Estou morta de fome, sabe se tem algo para comer nessa casa?

— Tem sim, o Máximo Sempre prepara.

— Ele cozinha?

— Acho que sim, desde que cheguei não vi ninguém além dele e as submissas dele nessa casa, não acho que elas vêm aqui para trabalhar.

Any coçou a cabeça, seu estômago roncou alto.

— Vamos.

Daphny se pôs de pé.

— Para onde?

Any fez o mesmo.

— Procurar comida.

Any sorriu, seguiu Daphny em silêncio dos corredores até a escada, sentadas na cozinha em meio a escuridão do comôdo conversaram por muito tempo quando a luz se acendeu na sala, Any queria correr mais foi impedida por Daphny.

— Xiiiu, silêncio.

Disse cobrindo lhe os lábios.

— Que se foda você, o quero fora da minha casa.

Ambas olharam em silêncio Máximo adentrar a casa, um homem jovem e tão tatuado quanto ele o seguiu.

Hefestos Trajano

— É sempre bom vê-lo maninho, é tão receptivo todas as vezes que venho aqui.

— Acha que é uma boa ideia ficar de deboche com a minha cara.

Máximo lhe agarrou pela gola da camisa.

— Me conhece bem Hefestos, o que me impediria de arrancar sua cabeça agora.

Daphny deixou cair no chão o copo que segurava.

— Quem está aí?

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Comments

Ivanilde T. Serra

Ivanilde T. Serra

É muita tentação para um livro só

2025-01-24

0

Erica Jesus

Erica Jesus

o relato da Daphny foi bom para Amy entender o Elliot

2024-12-13

1

TaTa

TaTa

ai meu deus eu quero um trisal pode?

2024-07-19

4

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